O Homem Que Queria Ser Livro será apresentado na cúpula do Theatro Municipal

A montagem fala sobre o poder da superação e o sentido da vida, tendo nos livros seu alicerce. Sessões de 24 a 26 de junho, às 20h…

 

 

 

 

 

O Homem Que Queria Ser Livro, idealizado e protagonizado por Darson Ribeiro, ganha sessões na cúpula do Theatro Municipal, nos dias 24, 25 e 26 de junho, às 20h.

Com texto de Flavio de Souza, O Homem Que Queria Ser Livro é um trocadilho entre “li-vro” e “li-vre” numa busca de elaboração do cotidiano da vida e da morte, mas, principalmente da superação do viver. A montagem tem a canção Coração de Luto interpretada a capella por Ney Matogrosso. Para as apresentações, a cúpula do Theatro Municipal será transformada numa grande biblioteca, como cenário para a peça.

Diante do enigma da morte e do vazio deixado pela perda de um ente querido, um homem parte em busca do sentido da vida. Nos livros, encontra seu refúgio, enquanto narra os motivos que o afastam do convívio social e o conduzem à solitude das letras. Quando suas forças se esgotam, ele recorre à imaginação para escapar da realidade, mas ainda assim é puxado para um profundo e escuro abismo. Para se proteger, começa a encarnar física e psicologicamente diversos personagens. É nesse processo de “virar letra” que ele encontra o Cavaleiro da Triste Figura: Dom Quixote, que o faz renascer e se redescobrir.

“O espetáculo conta a trajetória de um homem que demorou para descobrir qual era sua missão na vida: fazer parte do grupo que mantém acesa a chama da sabedoria no mundo, neste momento histórico em que a falta de valores da maior parte da humanidade leva cada vez mais à desvalorização de virtudes e humanismo”, explica Flavio de Souza

O texto é um misto de história pessoal, desde a infância marcada pelo teatro, que se universaliza ao abordar temas filosóficos e essenciais à vida de todos.

 

A trajetória de criação
Darson Ribeiro criou o espetáculo como uma forma de superar várias perdas, incluindo o luto pela mãe. Ele foi precoce no aprendizado. Aos cinco anos, num sítio, passava horas debaixo da mesa da professora, sua mãe e, por isso, a homenagem que ao mesmo tempo serviu de elaboração do luto daquela mulher.

O solo estreou na Livraria da Vila, nos Jardins, e teve temporada esgotada nos três meses iniciais.Isso levou a um convite da Secretaria Municipal de Cultura, permitindo que a peça se apresentasse em bibliotecas desde a periferia até o centro da cidade.

Durante a pandemia, foi um dos espetáculos mais assistidos pelo #emcasacomosesc e também pelos canais das Secretarias do Estado e do Município. Anos depois, deu origem ao Teatro-D, inaugurado por Ney Matogrosso em 26 de novembro de 2019. Apesar das dificuldades, Darson comemorou o sonho realizado, embora suas atividades tenham se encerrado após apenas dois anos e sete meses, com o espetáculo de Heloísa Périssé.

“A estreia foi sob a direção de Rubens Rusche que saiu do projeto meses depois. Assumi a complexidade da montagem principalmente para poder adequá-lo em bibliotecas, casas de cultura, livrarias e espaços não convencionais, mas, sem macular a essência. Criamos a personagem pensando primeiro na lógica da escrita para demarcar laços de vogais as sentenças, dando volume e peso; dramaticidade humor ao que se lê e aí, transpor o foco para o corpo do ator”, explica Darson.

Ao contrário de um “anjo caído”, ele desafiou a vontade dos homens, não a vontade divina, e flutuou entre as palavras usando as capas dos livros como base, e ao se envolver tanto nas histórias, ele se torna como Dom Quixote e os livros então, o ajudam a sair da fantasia e entender a realidade.

Então, se segurou nos livros e ficou suspenso no ar – também no sentido figurado de escapar da realidade, tendo as palavras como poder de transportá-lo para um mundo imaginário – as pessoas já não sonham mais, nem mesmo conseguem imaginar.

 

Sinopse
Diante do enigma da morte e do nada provocado pela morte de um ente querido, um homem sai em busca do sentido da vida, tendo nos livros seu alicerce, enquanto vai narrando os motivos à solitude das letras ao convívio social. Não reunindo mais forças, recorre à imaginação para fugir da realidade, e mesmo assim vê-se tragado por um escuro e profundo abismo. Para se defender, passa então, a encarnar física e psiquicamente vários personagens, e é nesse “virar letra” que se depara com o Cavaleiro da Triste Figura: Dom Quixote, que o faz ressurgir renascido.

Ficha Técnica
Texto: Flavio de Souza. Participação Especial: Ney Matogrosso. Assistente de Direção, Operação de Luz e Som: João Marcos Barbosa. Fotografia: Eliana Souza e Moisés Pazianotto. Criação da logo: Iago Sartini. Diagramação e Manipulação: Torino Comunicação. Assessoria de Imprensa: Adriana Basanelli. Campanhas e Mídias: King Artes Online. Edição de Som: Lalá Moreira DJ. Gravação: Estúdio Alma Sintética – RJ. Trilha: Rubens Rusche. Cenário, Luz e Figurino: Darson Ribeiro. Armazenamento Oficial: GOODSTORAGE. Realização: DR Produções Teatro-D.

 

 

 

 
O Homem Que Queria Ser Livro
Cúpula Do Theatro Municipal de São Paulo
Praça Ramos de Azevedo, S/N
Informações 11-3367-7200
Capacidade: 150 lugares
Dias 24, 25 e 26 de junho, segunda a quarta, às 20h.
Duração: 50 minutos
Classificação Indicativa: Livre
Ingresso: R$ 33,00 (inteira) / R$ 16,66 (meia)
Site de Compras: https://www.sympla.com.br/

 

Foto: Eliana Assumpção

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