Exposição ‘Afogada’, de Emília Santos, reúne série de pinturas inspiradas em paisagens aquáticas

Abertura da mostra, contemplada pela Lei Paulo Gustavo, será dia 28 de setembro na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí – SP…

 

 

 

Com trabalho voltado para reflexões a partir de uma série de pinturas inspiradas em cenas marinhas, a Exposição ‘Afogada’, da artista visual Emília Santos, será aberta ao público a partir de 28 de setembro, na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí. A mostra é contemplada pelo edital da Lei Paulo Gustavo (LPG 21/2023), realização da Prefeitura de Jundiaí e do Governo Federal. A entrada é gratuita.

Mestre em Multimeios pela UNICAMP e graduada em Licenciatura em Artes Visuais, Pintura, Gravura e Escultura pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Emília Santos apresentará ao público 21 pinturas que exploram a representação do mar. Por meio de um QR Code, as obras terão audiodescrição e poderão ser acompanhadas por uma playlist especial.

Com uma abordagem simbólica, a artista provoca o público a refletir sobre as mudanças drásticas que afetam as paisagens e a necessidade urgente de assumirmos nossa responsabilidade em relação ao meio ambiente.

“É uma expressão de cenas marinhas que evocam a sensação de submersão. Em minhas criações eu exploro a relação entre o figurativo e o abstrato, com um foco especial em representar movimentos aquáticos e reflexos. Meu trabalho artístico é voltado para reflexões sobre torções entre materiais e gêneros da pintura”, explica Emília que mora em Jundiaí e é professora.

 

Reflexões nas telas
A Exposição ‘Afogada’ aborda, de forma simbólica, angústias geradas pelos acontecimentos das catástrofes climáticas, do desgoverno sobre políticas ambientais, a fim de refletir sobre as bruscas mudanças na paisagem provocadas pelo desequilíbrio ambiental, catástrofes climáticas, deslizamentos, enchentes e alagamentos, que transformam o cotidiano do olhar, construindo uma imagem modificada da paisagem presente.

Sem retratar lugares específicos, a artista opta por trazer a sensação de estar ilhada, afogada, em isolamento para tratar sobre o assunto. A série busca promover reflexões sobre a sensação de submersão, sinônimo de vencida, alagada, escondida, esquecida, inundada e perdida, escondimento e esquecimento diante de uma crise tão profunda.

Em suas pinturas, a artista explora a gestualidade, a cor e a pincelada para retratar o movimento da água e as diferentes sensações que esse movimento pode promover, abordando desde uma instabilidade gerada pelo mal-estar das ondas até uma sensação de calmaria e conforto.

As pinturas possuem dimensões variadas e uma paleta de cores que propõe diferentes momentos de um dia, do amanhecer até o anoitecer. Utilizando tintas à base de água, a ideia é produzir efeitos em que a pincelada seja visível, destacando o gesto da construção da cena.

A artista incorpora a dualidade presente na simbologia da água, compreendida como signo de origem da vida, transformação, abundância e bem como rituais de transformação e morte. Diante da tragédia climática e social que assola as cidades, a artista busca transmitir sua visão crítica e sensível à problemática ambiental por meio de sua arte, utilizando a cidade como palco dessa reflexão.

 

 

 

 

 

‘Afogada’ de Emília Santos
Pinacoteca Diógenes Duarte Paes
Rua Barão de Jundiaí, 109 – Centro – Jundiaí – SP
Abertura da exposição: 28 de setembro de 2024
Período de visitação: De 28 de setembro a 10 de novembro, das 10h30 às 13h
Entrada gratuita

 

Sobre Emília Santos
Emília Santos, artista visual com Mestrado em Multimeios pela Unicamp e Graduação em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Sua obra é caracterizada pela exploração da interseção entre materiais e gêneros na pintura. Em 2022, realizou a exposição “Diálogos Insurgentes”, na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí. Ganhou o edital dos Cadernos Pagu, promovido pelo Grupo de Estudos de Gênero e Sexualidade da Unicamp, com sua obra destacada como capa da edição nº 67.

Além de seu trabalho como pintora, possui experiência como ilustradora em projetos editoriais, incluindo uma colaboração com Iara Rennó no livro sensorial “Afrodisíaca”. Selecionada pelo edital Aldir Blanc em 2021, sua obra “Paisagem Imaginária” integrou o acervo da Prefeitura de Jundiaí. Atualmente, Emília explora a relação entre o figurativo e o abstrato em suas criações, com um foco especial em representar movimentos aquáticos e reflexos. Sua série “Afogada” é uma expressão de cenas marinhas que evocam a sensação de submersão.

https://emiliasantosobras.wixsite.com/artes
Instagram @emiliasemidia

 

Foto: Arquivo pessoal

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