Onde Houver Céu, criação de Marcus Moreno, estreia no Arquivo Histórico Municipal

“Onde houver céu”, trabalho concebido por Marcus Moreno, que também integra o elenco formado por Maria Basulto, Maria Fernanda Machado, Mariana Molinos, Rebeca Tadiello e Raony Iaconis, estreia nos dias 29 e 30 de novembro, dentro da programação do Festival Arquivo Aberto, que acontece no Arquivo Histórico Municipal, e segue em temporada no mesmo espaço, de 3 a 6 de dezembro. A entrada é gratuita…

 

 

 

 

 

 

Instigado por escritos do aclamado pensador italiano Emanuele Coccia, com destaque para o texto ‘Astrologia do Futuro’, que aborda temas como a metamorfose, a relação entre a origem da vida e a discussão do tempo presente a partir da relação com passado e futuro, “Onde houver céu” desperta memórias corporais individuais, encontros sensíveis e desejos de transformação, para criar memórias coletivas inventadas e acionadas pela fisicalidade.

Rastros de corpos, que se desprendem e se reconectam, formam quadros tridimensionais que suspendem as temporalidades e intensificados por estímulos sensoriais que, pouco a pouco, vão preenchendo o espaço. “Dançamos o agora para materializar imagens daquilo que em nós é passado, apontando para o futuro de um mundo que começa do meio e nunca pára de começar”, expressa Marcus Moreno que, em 12 anos de trajetória artística, tem buscado na dança maneiras de investigar o estado presente das coisas, criando trabalhos em parceria com outros artistas da cena contemporânea.

Ao refletir, de forma cuidada, que a vida, por vezes, aparenta ter uma tendência ininterrupta de vir a ser – para os outros e para si mesma -, todo ser vivente, então, poderia ser encarado, ao mesmo tempo, como origem de seu mundo e como mundo de outros viventes. Em cada singularidade, parece haver um centro em expansão estruturante, que está sempre se modificando, nunca fechado em si mesmo, mas em descontinuidade daquilo que é o outro. “Pela presença do outro, que, como defende Coccia, é também céu, podemos pensar em afetos que nos colocam em permanente estado de criação, impulsionando nossa percepção para o campo do sensível, algo que, pelo corpo, modela e esculpe o mundo circundante”, avalia Moreno.

Com provocação cênica de Key Sawao e aulas abertas para criar novos afetos com Igor Souza, Eduardo Fukushima e Babi Fontana durante o processo, “Onde houver céu” tem luz e espaço cênico criados por Hernandes de Oliveira, trilha sonora de Joana Queiroz e Bruno Qual (Bru._Jo.) e composição de figurino de Thaís Franco.

“Onde houver céu” finaliza o projeto “Nosso Chão é Céu”, contemplado pela 35ª edição do Programa Municipal de Fomento à Dança Para a Cidade de São Paulo.

Ficha Técnica
Concepção, Dramaturgia e Direção: Marcus Moreno | Criação e dança: Rebeca Tadiello, Raony Iaconis, Mariana Molinos, Maria Fernanda Machado, Maria Basulto e Marcus Moreno | Luz e Espaço Cênico: Hernandes de Oliveira | Música: Bru._Jo. (Joana Queiroz e Bruno Qual) | Montagem e operação de som: Renan Luís | Composição de figurino: Thaís Franco | Artistas Residentes/Processo Formativo: Natan Baes e Breno Luan | Provocação Cênica: Key Sawao | Aulas abertas para criar novos afetos: Igor Souza, Eduardo Fukushima e Babi Fontana | Fotos: Silvia Machado e Juliana Vinagre | Registro Audiovisual: Nome Filmes | Audiodescrição: Ver com Palavras | Design Gráfico e Mídias Digitais: Juliana Vinagre | Assessoria de Imprensa: Elaine Calux | Mediação de Público: Talita Bretas e Rubia Galera/Portal MUD | Produção: Júnior Cecon (Plural Produção) e Cristiane Klein (Dionísio Produção) | Gestão e Administração: Cooperativa Paulista de Dança | Apoio: Galeria Olido, Casa do Povo e Arquivo Histórico Municipal

 

 

 

 

 

“Onde houver céu”
Direção: Marcus Moreno
Com: Rebeca Tadiello, Raony Iaconis, Mariana Molinos, Maria Fernanda Machado, Maria Basulto e Marcus Moreno.
Arquivo Histórico Municipal
Praça Cel. Fernando Prestes, 152 – Bom Retiro (Metrô Tiradentes I Linha Azul)
Lotação: 60 Lugares
Dias 29 e 30 de novembro
Sexta-feira, às 21h
Sábado, às 18h

Festival Arquivo Aberto
Dias 3, 4, 5 e 6 de dezembro
Terça a sexta-feira, às 19h30
*Sessões com audiodescrição: dias 29/11 e 04/12
Duração: 45 minutos
Classificação: Livre
Acessibilidade: Sim
Ingressos: Distribuição gratuita pelo Sympla https://bit.ly/3Ct2ov1
ou na bilheteria do espaço 1h antes de cada apresentação.

Um pouco de Marcus Moreno
Mestre em Artes da Cena pela Unicamp, tem formação em Comunicação das Artes do Corpo, especialização em Técnica Klauss Vianna (PUC-SP), e licenciatura pela Universidade Anhembi Morumbi. Desde 2012, realiza criações céuo, em colaboração com artistas convidados, como “A Imagem como Ausência” (2013), “A Flor da Lua” (Residência Casa das Caldeiras/2016), “Estudo para o Encontro” (2017), ‘Instante-já’, indicado ao Prêmio APCA de Dança/2019 (Espetáculo/Estreia e Criação de Luz e Espaço Cênico de Hernandes de Oliveira), e “Entre Espaço Onde Tudo Existe” (2021). Desde 2016, desenvolve os “Encontros Efêmeros”, criando trabalhos de improvisação com artistas da cena contemporânea. Tem trajetória também no campo da gestão cultural e curadoria de projetos, atualmente integrando a equipe de Articulação e Difusão das Fábricas de Cultura do estado de São Paulo.

Para saber mais:
https://marcusmoreno.wixsite.com/marcusmoreno
instagram: @marcusmoreno_danca

 

Foto: Ju Vinagre

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