Um dos maiores sucessos da cena teatral paulista em 2015 está de volta em São Paulo, após temporada no Rio de Janeiro, reestreia dia 19 de Janeiro no Teatro Tucarena…
A história criada por Tennessee Williams narra a decadência de Blanche Dubois, que se abriga na casa da irmã, Stella, para fugir do passado e se depara com seu vulgar cunhado, Stanley Kowalski. Marlon Brando e Jessica Tandy interpretaram, em 1947, na Broadway, dirigidos por Elia Kazan, os protagonistas que aqui são representados por Maria Luisa Mendonça e Eduardo Moscovis.
O texto ganharia notoriedade mundial no cinema, quatro anos depois, quando o mesmo Kazan dirigiu a adaptação cinematográfica com Brando e Vivian Leigh nos papéis principais.
Na trama, a sonhadora e atormentada Blanche DuBois muda-se para a casa da irmã, Stella, no estado norte americano de New Orleans, para logo entrar em violento embate com a brutalidade de seu cunhado, Stanley. Na tensão entre a carnalidade bestial de Stanley e o espírito etéreo de Blanche, ergue-se a mais pungente e bela metáfora do duelo entre o sonho e a realidade, entre a alma e o corpo, que o teatro já produziu.
Com direção de Rafael Gomes, completam o elenco Donizeti Mazonas (no papel de Harold Mitchell), Virgínia Buckowski (no papel de Stella Kowalski), e Fabrício Licursi. Além dos atores Nana Yazbek e Davi Novaes (de 18 de janeiro até 04 de fevereiro); Fernanda Castello Branco e Marina Matheus (de 16 de fevereiro até 01 de Abril).
Através do enredo doméstico de Tennessee Williams, criam-se complexos universos éticos e estéticos, com refinadas teias simbólicas, maestria de linguagem e, principalmente, enorme envergadura moral.
O diretor Rafael Gomes, um dos mais destacados encenadores da nova cena teatral paulistana (Prêmio APCA por Música Para Cortar Os Pulsos; três indicações ao Prêmio Shell por Gotas D’Água Sobre Pedras Escaldantes; mais de 20 indicações e 5 Prêmios conquistados pelo musical Gota D’Água [a seco]; 2 indicações de melhor espetáculo e Prêmio APCA de melhor autor para a peça Os Arqueólogos) é um profissional que, assim como Elia Kazan, diretor da montagem inaugural do texto, transita entre o Audiovisual e o Teatro, com experiência multidisciplinar, buscando as particularidades e convergências em cada uma das artes, bem como aquilo que as alimenta mutuamente.
Ficha Técnica
Texto: Tennessee Williams
Tradução e Direção: Rafael Gomes
Elenco:
Maria Luisa Mendonça, Eduardo Moscovis, Virgínia Buckowski, Donizeti Mazonas, Fabricio Licursi, Nana Yazbek / Fernanda Castello Branco e Davi Novaes / Marina Matheus
Cenário: André Cortez
Iluminação: Wagner Antonio
Figurino: Fause Haten
Seleção Musical: Rafael Gomes
Assessoria de Imprensa SP: Daniela Bustos, Beth Gallo e Thais Peres – Morente Forte Comunicações
Assessoria de imprensa RJ: Barata Comunicação
Projeto Gráfico: Laura Del Rey
Fotos de Estúdio: Pedro Bonacina e Renata Terepins
Fotos de Cena: João Caldas
Administração: Magali Morente Lopes
Produção Executiva: Martha Lozano
Coordenação de Projetos: Egberto Simões
Produtoras: Selma Morente e Célia Forte
Realização: Ministério da Cultura, Morente Forte Produções Teatrais, Empório de Teatro Sortido
Apoio Cultural: Seguros Unimed
Um Bonde Chamado Desejo
Teatro Tucarena
Rua Monte Alegre, 1024 (entrada pela Rua Bartira) – Perdizes
Informações: 3670.8455 / 8454
Capacidade: 300 lugares
Duração: 110 minutos
Reestreia dia 19 de janeiro de 2018
Temporada: até 01 de abril
Sexta e Sábado, às 21h
Domingo, às 18h
Ingressos:
R$ 80,00
Bilheteria: de terça a sábado, das 14h às 19h.
Vendas: 4003.1212 e Ingresso Rápido
Classificação: 14 anos
Estacionamento conveniado, Rua Monte Alegre, 835: R$ 14,00 (mediante apresentação do ingresso do espetáculo).
Valet Estapar: R$ 25,00 (somente sábados e domingos)
Por Rafael Gomes
‘Por que montar Um Bonde Chamado Desejo?’ – essa é a primeira pergunta que inevitavelmente todos me fizeram, sejam meus atores na sala de ensaio ou meus amigos na mesa do bar. E eu penso que é para poder responder essa pergunta. ‘Para poder responder essa pergunta’ é a melhor resposta que eu tive. E acho que todos estamos aqui por isso. Alguns tem respostas mais formuladas, outros menos. Mas descobrir todos os porquês de termos remontado essa peça em 2015, este é o nosso ponto de chegada. É o nosso motivo e o nosso motor.
O que eu sei com certeza é por que eu não montaria: eu não montaria se fosse para fazer uma encenação ‘clássica’ e totalmente naturalista; eu não montaria se não pudesse fazer este trabalho dialogar com o mundo e as circunstâncias que vivemos hoje; eu não montaria se não fosse para injetar algum sangue – o nosso sangue – nesse texto tão bonito e tão preciso e tão dilacerante e tão vital.
Eu montei porque há 12 anos essa peça não era encenada; porque existe uma geração inteira (ou mais de uma) que nunca a pode ver; porque se um grande texto é como uma grande canção, então eu era louco para ver a interpretação que Maria Luisa Mendonça e Eduardo Moscovis (e todos esses maravilhosos atores) dariam para essa grande canção – digo, texto.
Mas, essencialmente, eu montei para descobrir por quê.
Foto: João Caldas Filho
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