Theatro Municipal de São Paulo abre a Temporada 2018 com a sinfonia n° 8 do Mahler

O concerto acontece nos dia 02 e 03 de março com Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Coral Paulistano, Coro Lírico Municipal de São Paulo, Coro Infantojuvenil e solistas…

 

 

 

O Theatro Municipal de São Paulo abre a sua Temporada 2018 com a grandiosa Sinfonia n° 8, de Gustav Mahler, no dia 02 de março. O mesmo concerto se repete no dia 03 de março.

Conhecida como “sinfonia dos mil”, devido ao grande número de músicos e cantores requisitados pelo compositor, essa obra inclui além de grande orquestra, oito solistas vocais, coro adulto e coro infantil. Neste lançamento, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, sob a regência de seu maestro titular Roberto Minczuk, executará a obra em conjunto com o Coral Paulistano, Coro Lírico Municipal de São Paulo e Coro Infantojuvenil da Escola Municipal de Música de São Paulo.

Os solistas serão: Gabriella Pace (soprano), Rosana Lamosa (soprano), Raíssa Amaral (soprano), Ana Lucia Benedetti (mezzo-soprano), Denise de Freitas (mezzo-soprano), Fernando Portari (tenor), Licio Bruno (barítono) e Sávio Sperandio (baixo).

 

Sinfonia nº 8
A obra foi a última que o Mahler estreou em vida, no dia 12 de setembro de 1910, em Munique, na Alemanha. “É a sinfonia mais grandiosa já escrita na história. Esta peça foi executada uma única vez no Theatro Municipal, em 1981, quando estreou no Brasil. Teremos praticamente todos os artistas da casa participando”, explica o maestro Roberto Minczuk.

A obra tem dois movimentos, ambos amplamente marcados pela participação dos coros. As duas partes abordam a redenção por meio do poder do amor divino e incluem a cena final da segunda parte do “Fausto” de Goethe.

 

Concerto informal
No mesmo final de semana, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, sob a regência do maestro titular Roberto Minczuk, realiza a primeira apresentação da série Concertos Informais no domingo, dia 4 de março.

O concerto conta com interação entre o regente e a platéia. No intervalo de uma música e outra, o maestro conta detalhes e curiosidades sobre as composições e seus autores. Além disso, dez espectadores serão convidados a assistir a apresentação sentados no palco junto da orquestra.

Uma das obras do repertório será a abertura da ópera Carmen, de Georges Bizet. O maestro Roberto Minczuk também rege a abertura da ópera Nabucco, de Giuseppe Verdi, alvorada da ópera Lo Schiavo, de Antônio Carlos Gomes, Bachiana Brasileira nº 4, de Villa-Lobos, Sinfonia nº 6 e Romeu e Julieta, de Tchaikovsky.

 

Concerto em homenagem às mulheres
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, nos dias 9 e 10 de março, a OSM, sob a regência da maestrina Mônica Meira Vasques, realiza um concerto especial com obras das compositoras Fanny Hensel Mendelssonhn, Clara Schumann e Amy Marcy Beach. A pianista Maria Cecília Moita será solista neste concerto.

 

 

 

 

 

Theatro Municipal de São Paulo
Sala de Espetáculos
Praça Ramos de Azevedo, s/nº.
Tel.: 3053-2100
Bilheteria: 3053-2090
Capacidade: 1.500 lugares
Duração: aproximadamente 80 minutos
Classificação: 12 anos
Horário de funcionamento da bilheteria: de segunda a sábado, das 10h às 19h e domingo, 10 às 17h. *Nos dias de espetáculo a bilheteria funciona das 9h até o início do evento.

Sexta-feira, 02 de março, às 20h
Sábado, 03 de março, às 16h30

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Roberto Miczuk, regente titular
Coro Lírico Municipal de São Paulo
Mário Zaccaro, regente titular
Sérgio Wernec, regente assistente
Coral Paulistano
Naomi Munakata, regente titular
Maíra Ferreira, regente assistente
Coro Infantojuvenil da Escola Municipal de Música de São Paulo
Regina Kinjo, regente
Gabriella Pace, Rosana Lamosa, Raissa Amaral – Sopranos
Ana Lucia Benedetti, Denise de Freitas – Mezzo-sopranos
Fernando Portari – Tenor
Lício Bruno – Barítono
Sávio Sperandio – Baixo

Programa

GUSTAV MAHLER
Sinfonia nº 8 em Mi bemol maior
Ingressos: de R$ 30,00 a R$ 80,00 na bilheteria do Theatro Municipal de São Paulo ou
pelo link Eventim

 

 

Domingo, 04 de março, às 16h30

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Roberto Minczuk, regente

Programa

GEORGES BIZET
Abertura da ópera “Carmen”

GIUSEPPE VERDI
Abertura da ópera “Nabucco”

ANTONIO CARLOS GOMES
Alvorada da ópera “Lo Schiavo”

HEITOR VILLA-LOBOS
Bachiana Brasileira nº 4 – 3º movimento

PIOTR I.TCHAIKPVSKY
Sinfonia nº 6 – 2º movimento
Romeo e Julieta

Ingressos: de R$ 12,00 a R$ 30,00 na bilheteria do Theatro Municipal de São Paulo ou
pelo link Eventim

 

Sexta-feira, 09 de março, às 20h
Sábado, 10 de março, às 16h30

Concerto em homenagem às mulheres
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Mônica Vasques, regente
Maria Cecília, piano

Programa

FANNY H. MENDELSSOHN
Abertura em Dó maior

CLARA SCHUMANN
Concerto para Piano e Orquestra em Lá menor

AMY M. BEACH
Sinfonia em Mi menor op. 32

Ingressos: de R$ 12,00 a R$ 60,00 na bilheteria do Theatro Municipal de São Paulo ou
pelo link Eventim

 

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo

Até o começo do século 20, as companhias líricas internacionais que se apresentavam no Theatro Municipal traziam da Europa seus instrumentistas e coros completos, pela falta de um grupo orquestral em São Paulo especializado em ópera.

Somente a partir da década de 1920 uma orquestra profissional foi criada e passou a realizar apresentações esporádicas, tornando-se regular em 1939, sob o nome de Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal. Uma década mais tarde, o conjunto passou a se chamar Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e foi oficializado em lei de 28 de dezembro de 1949, que vigora ainda hoje.

A história da Sinfônica Municipal se confunde com a da música orquestral em São Paulo, com participações memoráveis em eventos como a primeira Temporada Lírica Autônoma de São Paulo, com a soprano Bidú Sayão; a inauguração do Estádio do Pacaembu, em 1940; a reabertura de Theatro Municipal, em 1955, com a estreia da ópera Pedro Malazarte regida pelo compositor, Camargo Guarnieri; e a apresentação nos Jogos Pan-Americanos de 1963, em São Paulo.

Estiveram à frente da orquestra os maestros Arturo de Angelis, Zacharias Autuori, Edoardo Guarnieri, Lion Kasniefski, Souza Lima, Eleazar de Carvalho, Armando Belardi e John Neschling.

Roberto Minczuk é o atual regente da Orquestra Sinfônica Municipal – OSM.

 

 

Coro Lírico Municipal de São Paulo

Formado por cantores que se apresentam regularmente como solistas nos principais teatros do país, o Coro Lírico Municipal de São Paulo atua nas montagens de óperas das temporadas do Theatro Municipal, em concertos com a Orquestra Sinfônica Municipal, com o Balé da Cidade e em apresentações próprias.

O Coro Lírico foi criado em 1939 e teve como primeiro diretor o maestro Fidélio Finzi, que preparou o grupo para a estreia em Turandot, em 13 de junho de 1939. Em 1947, Sisto Mechetti assumiu o posto de maestro titular, e somente em 1951 o coro foi oficializado, sendo dirigido posteriormente por Tullio Serafin, Olivero De Fabritis, Eleazar de Carvalho, Armando Belardi, Francisco Mignone, Heitor Villa-Lobos, Roberto Schnorremberg, Marcello Mechetti, Fábio Mechetti e Bruno Greco Facio.

Atualmente regido por Mário Zaccaro, o Coro Lírico Municipal de São Paulo recebeu os prêmios de Melhor Conjunto Coral de 1996, pela APCA, e o prêmio Carlos Gomes 1997 na categoria Ópera.

 

Coral Paulistano

Com a proposta de levar a música brasileira ao Theatro Municipal de São Paulo, em 1936, por iniciativa de Mário de Andrade, foi criado o Coral Paulistano. O então diretor do Departamento Municipal de Cultura queria mostrar à elite paulistana a importância do movimento nacionalista que contagiava os compositores brasileiros da época e que era até então desconhecida.

Marco da história da música em São Paulo, o grupo foi um dos muitos desdobramentos do movimento modernista da Semana de Arte Moderna de 1922. Ao longo de décadas, o grupo esteve sob a orientação de alguns dos mais destacados músicos do nosso país, como Camargo Guarnieri, Fructuoso Vianna, Miguel Arqueróns, Tullio Colacioppo, Abel Rocha, Zwinglio Faustini, Antão Fernandes, Samuel Kerr, Henrique Gregori, Roberto Casemiro, Mara Campos, Tiago Pinheiro, Bruno Greco Facio e Martinho Lutero Galati.

Após sua missão original se perder em anos de decadência, em 2013 o grupo foi novamente fortalecido e revalorizado, passando a se chamar Coral Paulistano Mário de Andrade. Com uma programação extensa de apresentações de música brasileira erudita em diferentes espaços da cidade, renovou seu fôlego e retomou suas atividades resgatando sua autenticidade.

Atualmente o Coral Paulistano tem como regente titular a maestrina Naomi Munakata e é um dos grupos que integram a Fundação Theatro Municipal de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura.

 

Coro Infantojuvenil da Escola Municipal de Música de São Paulo

O Coro Infantojuvenil da Escola Municipal de Música de São Paulo foi criado durante a gestão de Marisa Fonterrada, coordenadora artística da Escola Municipal de Música de 1977 a 1986, e teve inicialmente como regentes a maestrina Naomi Munakata e assistência do Prof. Dante Cavalheiro. Findada a gestão de Marisa Fonterrada, o Coro Infantojuvenil foi desativado, tendo sido retomado somente na gestão de Henrique Autran Dourado (1989-1997), então sob a regência de Mara Campos.

O grupo foi assumido pela maestrina Regina Kinjo em 2011, que o dirige até os dias atuais. Atividade obrigatória para os alunos da Escola Municipal de Música com até 14 anos de idade, a participação no Coro Infantojuvenil objetiva o desenvolvimento de repertório coral adequado à referida faixa etária, além da prática de solfejo e de exercícios técnicos vocais e respiratórios. O Coro Infantojuvenil tem obtido destaque nas temporadas musicais da cidade de São Paulo, como, por exemplo, em sua participação na ópera “I Pagliacci”, título integrante da temporada lírica de 2014 do Theatro Municipal de São Paulo, e no musical “Os Saltimbancos”, apresentado junto à Banda Sinfônica do Estado de São Paulo.

 

Foto: Sylvia Masini

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