Dia 27 de abril, a banda Kompha, verdadeira lenda das ‘domingueiras’ que aconteciam nos melhores clubes de São Paulo, durante a década de 60 e 70¸ se apresenta em grande estilo, no All Music Menphis…
O Kompha surgiu da união de componentes de outras bandas: Marinho Murano e Tuca Aum, do Código 90; Victor Malzoni, o Ray Mattar (vocalista, dono de expressiva voz e de grande carisma, falecido em 1996), e Alberto Niccoli Junior, da banda Loupha. “Todos nos conhecíamos, pois cruzávamos uns com os outros no mingau do Pinheiros e na bubuca do Circulo Militar. O Vitor e o Ray foram o elo entre as bandas, convidaram o Tuca e formamos o Koumpha que depois virou Kompha, por sugestão do nosso amigo João Paulo que depois se tornou o nosso técnico de som”, explica Niccoli.
Com essa formação a banda chegou a participar de várias excursões nos navios Rosa da Fonseca e Funchal. No começo dos anos 70 deu-se a estreia nas bubucas do Círculo Militar.
Reconhecido pelo seu extremo bom gosto musical e repertório diferenciado, o Kompha foi pioneiro em executar no Brasil a tocar músicas de bandas internacionais como 3Dog Night, Chicago, Steely Dan, Doobie Brothers, Fletwood Mac, Blood, Sweat and Tears, e de músicos como Elton John e James Taylor.
Nessa trajetória o Kompha também gravou nos anos 70, alguns compactos de muito sucesso: “primeiro compacto foi com o nome Soul Side onde gravamos Somebody Help Me e foi bom, pois nos deu um pouco de experiência para as próximas gravações. Depois veio o sucesso com o Beacher/ Since I Feel For You (1972), Fat Lady/Bridges (1973) e Lalala Blues/Happy Song (1974)”, conta Niccoli.
“Reviver boas lembranças é sempre muito bom”, diz Alberto Niccoli Junior, baterista integrante do Kompha desde a primeira apresentação da banda que ocorreu no dia 8 de novembro de 1969 durante uma grandiosa festa numa mansão no Real Parque em São Paulo.
E agora para alegria dos fãs, Niccoli (bateria), Marinho (teclados), Tuca (guitarra), voltaram para valer, e novos músicos se juntam ao Kompha, são eles, Carmo Aun (guitarra), José Antônio Aquino (baixo) e o vocalista Rubinho Ribeiro.
Para a próxima sexta-feira, 27 de abril, eles prometem envolver a plateia do All Music Menphis com um repertorio contagiante da década de 70 e 80 repleto de hits de grandes nomes como Elton John, Billy Joe, Bruce Springsteen, Free, John Mayer e outros que também farão parte do show.
Kompha
All Music Menphis
Al. dos Arapanés, 1334 – Moema
Reservas pelo WhatsApp: 96062-7538
Capacidade: 300 pessoas
Duração: 120 minutos aproximadamente
Sexta-feira, 27 de abril, às 22h
Couvert Artístico: R$ 40,00
Aceitam cartões de débito e crédito
Estacionamento: Vallet R$ 20,00
Kompha
Alberto Niccoli Junior
Um dos grandes bateras, relembra, como tudo começou, “minha estreia foi no Sound’s Five, banda de sócios do Pinheiros, os integrantes eram; o Ray, Ivan Borges, Zeca, Paulo Afonso e posteriormente o Nilton, depois da saída do Ray para o Loupha”.
Marinho Murano
Com formação musical clássica, especializado em Jazz, MPB, e internacional, conta como foi sua entrada no universo do rock, “fui convidado a fazer parte do Código 90 nos teclados, na sua primeira formação com o Pedro Autran, Aldo Crotti, e os irmãos Sérgio e Mario Coelho. No espaço de um ano, com a saída de alguns integrantes, a formação final da banda antes da união entre o Código 90 e o Loupha, ficou sendo; Pedro Autran, Sérgio Coelho, Tuca Aun e o Vitor Malzoni e eu.”
Tuca Aun
Um dos precursores da guitarra na música instrumental em São Paulo, se apresentava no Esporte Clube Pinheiros em 1965 com o conjunto Os Lunáticos conta ainda, que “ele o Ray Mattar tiveram uma passagem em 1968 quando defenderam no Festival Universitário da TV Tupi a canção ‘O Tigre’”. Ela foi apresentada no festival pelo grupo paulista Baobás formado por Pagura, Tuca, Nescau, Claudio Callia, acompanhando o cantor Ray. A letra de ‘O Tigre’ cutucava a ditadura militar, apesar de não ter sido a música vencedora, terminou sendo um hino dos jovens estudantes da época. “O tigre chegou na frente e metralhou a garganta do elefante (estudante)…”.
Conheça os novos integrantes
Carmo Aun
Aprendeu a tocar violão e guitarra aos 12 anos com o pai, Tuca Aun, tomou gosto pelo instrumento w seguiu seus estudos de guitarra na escola de música Intermezzo (1992-1994) e no conservatório musical Souza Lima (1995-1996) com o professor Joe Morghabi. Foi guitarrista das bandas; Heavy Metal Azincourt(1992-1994), Hedstroen Hits (1995-2004) e da Banda SYM (2004 a 2010). Tocar com o Kompha não é novidade para o Carmo, em novembro de 2000 ele se apresentou junto com a banda no Rock`n`Roll Celebration, no Clube Pinheiros.
Carmo segue se aperfeiçoando, entre um compromisso e outro, dedica uma parte do seu dia à guitarra e violão, percorrendo diversos estilos musicais, principalmente o rock/pop nacional e internacional, blues, jazz, bossa-nova, reagge e MPB.
José Antonio Aquino
Começou aos 15 nos anos 1966 em São Luiz do Maranhão, tocando guitarra com amigos de escola em uma banda instrumental chamada Super 5, se apresentando em programa de auditório, TV e nas escolas e bailes da cidade e região, o que rendeu em 1969, o prêmio de melhor banda amadora do Estado.
Algum tempo depois, já em São Paulo e tocando contrabaixo, participou de bandas como Light Reflection ( aquela mesma do Tell me once again), Penthouse ( outra banda da época das domingueiras do Círculo Militar e do Clube Pinheiros), e em outras de Rock Clássico, como Banda Blackout, RockBox, Venturah Brasil, Quinteto Vitrola e Gueth &The Gang tocando Jazz/Soul/RB com uma pitada de MPB, e participou do Projeto SOUL GROOVE, uma super banda de Soul – R&B.
Aquino conta que esta não é a primeira vez que toca com a banda Kompha, em 1996 tocou com eles na reunião das bandas que tocavam no Cículo Militar, em show realizado no próprio Círculo. E comemora “Agora estamos novamente na “vibe” do Kompha mais uma vez!”
Rubinho Ribeiro
Possui formação musical iniciada na década de 80 na “Faculdade de Música Marcelo Tupinambá”, continuada na “Fundação das Artes de S. Caetano do Sul”. Como músico profissional de estúdio, gravou com Roberto Carlos, Jorge Benjor, Agnaldo Rayol, Ronnie Von, Radio Táxi, Made in Brasil, Jane Duboc, Pena Branca e Xavantinho, Leonardo, Zezé de C. & Luciano e muitos outros. Na música alternativa e/ou instrumental, Randy Brecker, Nico Assumpção, Celso Pixinga, Alvaro Gonçalves, Tony Moreira, Christiano Rocha e muitos outros. Participou dos dois últimos festivais de música promovidos pela rede Globo. No primeiro integrando o Grupo Zona Sul, como autor e intérprete da música “Verdejar”. No segundo como coautor, interprete e coarranjador da música “África”.
Fotos do Carmo Aun e Rubinho Ribeiro: Reprodução do Facebook
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