Projeto VIVA NANÁ! homenageia o saudoso percussionista Naná Vasconcelos no Sesc 24 de Maio

Dois anos depois da morte de Naná Vasconcelos (1944-2016), considerado um dos mais talentosos percussionistas brasileiros, um grupo de artistas influenciados pela obra e pela trajetória do compositor se reúne para homenageá-lo no projeto Viva Naná! O tributo acontece no Sesc 24 de Maio, entre 2 e 10 de junho, e conta com quatro shows destinados ao público adulto, um espetáculo infantil, três vivências, uma roda de conversa e a exibição do documentário Diário de Naná…

 

 

Naná Vasconcelos deixou um legado musical único, situado entre a tradição cultural afro-brasileira, o jazz e a experimentação. Apelidado pelo guitarrista Pat Metheny de “Doutor”, ele foi eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista Down Beat e ganhou o mesmo número de Grammys, o mais prestigiado prêmio da música norte-americana.

Segundo o diretor musical do projeto, Caito Marcondes, a obra de Naná ainda não foi devidamente estudada nas suas dimensões culturais e musicais. “Reunir esses artistas que têm afinidade com Naná é uma forma de provocar esse olhar mais analítico sobre o trabalho dele. E também serve para lançar alguma luz sobre como ele é importante para o fazer musical no país e no mundo, estabelecendo bases mais sólidas para dar continuidade e ampliar ainda mais o legado que ele nos deixou”, acrescenta.

Um dos destaques da programação é uma série de quatro shows para celebrar o talento do homenageado. Como aponta Caito: “A escolha dos artistas deu-se naturalmente por meu conhecimento da área e por procurar alinhar pessoas que, além de terem colaborado com Naná, tivessem uma carreira independente que demonstrasse influências e desdobramentos de conteúdos oriundos do próprio percussionista e também da música brasileira espontânea”.

O primeiro deles acontece no sábado, 2 de junho, às 21h, e reúne no palco “oRQUESTRAdEoBJETOSdESINVENTADOS” (Pax Bittar, Daniel Alfaro, Eduardo Scaramuzza e Leonardo Rocha), Voz Nagô (com participação de Aduni Guedes) e Badi Assad. O segundo, com Sementeira (Marcos Suzano, Pax Bittar, Caito Marcondes, Ari Colares), Lui Coimbra & Quadril-Quarteto de Cordas e Marivaldo dos Santos, ocorre no domingo, 3 de junho, às 18h. O grupo de percussão corporal Barbatuques e a cantora Marlui Miranda – acompanhada de Rodolfo Stroeter, Caíto Marcondes, Paulo Bellinati e Ricardo Mosca – fazem a terceira apresentação, no sábado, 9 de junho, às 21h. E, finalmente, o quarto show, do Duo Ello e do multi-instrumentista Egberto Gismonti, acontece no domingo, 10 de junho, às 18h. A cenografia dos shows será criada pelo artista plástico Celso Gitahy.

A percussionista e arte-educadora Lulu Araújo tem a responsabilidade de apresentar o universo musical de Naná para a criançada no show infantil Fada Magrinha, que acontece no sábado, 9 de junho, às 12h. Ela é conhecida por se apresentar no carnaval com o Maracatu Estrela Brilhante do Recife, desde 1996. A artista acompanhou Naná por 18 anos, no Brasil e no exterior.

Outra atração da programação são três vivências que fazem referência ao trabalho social e educativo de Vasconcelos, ao abordar técnicas de percussão e voz e construção de instrumentos com sucatas. A ideia é destacar os aspectos da participação e da sensibilização musical na trajetória do homenageado. As atividades acontecem das 19h às 21h, na terça-feira, 5 de junho, com Marivaldo dos Santos; na quarta, 6 de junho, com Marcos Suzano; e na sexta, 8 de junho, com Pax Bittar.

Para discutir a importância de Naná Vasconcelos para a cultura afro-brasileira, uma roda de conversa acontece na quinta-feira, 7 de junho, às 19h, com mediação do jornalista Carlos Bozzo Jr. com participação de Patrícia Vasconcelos (viúva e curadora do acervo e obras do artista), do jornalista Matias José Ribeiro e do maestro e compositor Gil Jardim. Patrícia Vasconcelos é responsável pelo acervo do músico e leva adiante os projetos deixados por ele. Atualmente, reside em Nova York, onde trabalha no resgate da obra de Naná.

A programação exibe também o documentário Diário de Naná (2005, 60 min.), de Paschoal Samora, no sábado, 2 de junho, às 19h. O filme trata da música e a cultura no Recôncavo Baiano de acordo com a ótica de Naná, que encontra pessoas que criam música por meio do ruído.

 

Naná Vasconcelos
Em março de 2016, o Brasil e o mundo perderam um músico ímpar. Compositor e instrumentista, Naná Vasconcelos deixou um legado que vai além do universo musical, situado na confluência entre a tradição cultural afro-brasileira, o jazz e a experimentação. Mesmo com a diversidade de instrumentos que usou, inclusive eletrônicos, o berimbau foi o mais marcante.

Trilok Gurtu, percussionista indiano radicado na Alemanha e que colaborou com músicos como John McLaughlin, Jan Garbarek e Joe Zawinul, entre outros, o chamava “Paxá”. Naná colecionou colaborações e parcerias musicais com Egberto Gismonti, Milton Nascimento, Don Cherry, Gato Barbieri, B.B. King e Jack DeJohnette, entre muitos outros.

Naná também compôs trilhas e músicas para filmes, como “Down by Law” (1986), de Jim Jarmush, “Procurando Susan Desesperadamente” (1985), estrelado pela cantora Madonna, e “Amazonas” (1990), dirigido pelo finlandês radicado no Rio de Janeiro Mika Kaurismäki. No Brasil, foi indicado para premiações pelos filmes ”O Primeiro Dia” (2000) e “Um Copo de Cólera” (2000). Venceu o prêmio de melhor música no Festival de Gramado por Entre paredes (2005), de Eric Laurence. Também foi produtor do Cordel de Fogo Encantado.

 

 

Viva Naná!
Sesc 24 De Maio
Rua 24 de Maio, 109, Centro
Tel.: 3350-6300
De 2 a 10 de junho
Horário de funcionamento da unidade:
Terça a sábado, das 9h às 21h.
Domingos e feriados, das 9h às 18h.

Programação

Show

 

Sábado, 2 de junho, às 21h
Badi Assad, Orquestra de Objetos Desinventados e Voz Nagô
Com Pax Bittar, Daniel Alfaro, Eduardo Scaramuzza, Leonardo Rocha, e participação de Aduni Guedes

Badi Assad
Com uma consolidada carreira solo internacional e vários CDs, a violonista e cantora Badi Assad trabalhou com artistas como Bobby McFerrin, Yo-Yo-Ma, Sarah McLaughlin, Seu Jorge, Naná Vasconcelos e Toquinho, entre outros. Realizou com Naná Vasconcelos alguns dos últimos shows do percussionista.
Foto: Edu Pimenta

oRQUESTRAdEoBJETOSdESINVENTADOS
Grupo fundado e idealizado por Pax Bittar. Utiliza como instrumentos musicais objetos de uso cotidiano como conduítes, vasos de cerâmica, galões de água, tubos de PVC, com especial destaque aos aquários afinados com água, combinados a instrumentos musicais tradicionais, embora não tão convencionais, como marimba de piso de cerâmica, kalimbas, mbira e até sanfonas. O trabalho é permeado pela descoberta, adequação e transformação de sons oriundos de materiais e elementos diversos em um repertório musical eclético que trafega entre o popular e o erudito, com peças autorais de cunho contemporâneo.
Foto: Thamara Mori 

Voz Nagô
Coral feminino criado por Naná Vasconcelos, fazendo a abertura do Carnaval de Recife, com dezenas de maracatus e seiscentos batuqueiros, sob o comando de Naná. É hoje uma referência quando se trata de Maracatu em Pernambuco.
Foto: Yasmim Neves

 

Teatro
Capacidade: 216 lugares
Duração: 90 minutos
Ingressos:
R$ 40,00 (inteira)
R$ 20,00 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência)
R$ 12,00 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)
Classificação etária: 12 anos

 

Domingo, 3 de junho, às 18h
Sementeira, Marivaldo dos Santos, Lui Coimbra & Quadril – Quarteto de Cordas
Com Ari Colares, Caito Marcondes, Marcos Suzano e Pax Bittar

Sementeira
Grupo formado inicialmente por Naná Vasconcelos e Caito Marcondes, teve como convidados Marcos Suzano e o grupo Coração Quiáltera (liderado por Pax Bittar), para a gravação e show de lançamento do CD Sementeira: Sons da Percussão, em 2010, no Auditório Ibirapuera. Apresenta-se neste projeto com nova formação: Ari Colares, Caito Marcondes, Marcos Suzano e Pax Bittar.

Marivaldo dos Santos
Compositor, percussionista e produtor, Marivaldo tocou e participou de projetos musicais envolvendo nomes como Sting, Stomp, The Fugees, Bill Frisell, Eliane Elias, Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Margareth Menezes. Fundador do projeto de educação social Quabales, que promove inclusão por meio da música e da arte. Aluno, amigo e colaborador em vários projetos com Naná Vasconcelos. Neste show, Marivaldo dos Santos será acompanhado por uma parte do Quabales em homenagem a Naná Vasconcelos.

Lui Coimbra
Violoncelista, cantor, violonista, arranjador, instrumentista e compositor reconhecido pela crítica especializada por sua contribuição para a evolução da música popular brasileira contemporânea seja atuando ao lado de Ney Matogrosso, Alceu Valença, Ana Carolina, Zeca Baleiro, Oswaldo Montenegro, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Naná Vasconcelos, Zizi Possi, Elba Ramalho, ou a frente de seu grupo, o Aquarela Carioca. Com Naná desenvolveu uma parceria de vários anos e muitos shows de grupo.
Foto: Juliana Cerdeira

Quadril
Quarteto feminino, formado por Alice Bevilaqua e Mica Marcondes (violinos), Elisa Monteiro (viola) e Angelique Camargo(violoncelo), busca explorar a sonoridade da formação do quarteto de cordas na tradição da música brasileira, além da improvisação e experimentação. Dividiu o palco com músicos como Caíto Marcondes, Elza Soares e André Abujamra. Em 2016 gravou a trilha sonora para a peça teatral Sínthia, de Kiko Marques.

Teatro
Capacidade: 216 lugares
Duração: 90 minutos
Ingressos:
R$ 40,00 (inteira)
R$ 20,00 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência)
R$ 12,00 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)
Classificação etária: 12 anos

 

Sábado, 9 de junho, às 21h
Barbatuques e Marlui Miranda

Barbatuques
Tem como proposta o uso do corpo como instrumento musical, desenvolvendo abordagem única por meio de suas composições, técnicas, pesquisa de timbres e procedimentos criativos. Entre outros shows de grande relevancia, apresentou-se no encerramento das Olimpíadas Rio 2016. Naná Vasconcelos participou como convidado especial do mais recente disco do conjunto, Ayú.Ele mesmo escolheu a música Kererê, de autoria do grupo, para colocar seu toque através do xaxado de tablado com areia, palmas e vozes. Trouxe ainda uma composição sua, Tá na Roda, um rap que brinca com a sonoridade da palavra.

Marlui Miranda
Cantora, compositora e pesquisadora, é reconhecida por interpretar, difundir e valorizar a cultura e a música dos índios brasileiros. Ganhadora de prêmios de melhor CD de World Music (Ihu – Todos os Sons) nos Estados Unidos e Alemanha, tocou com Egberto Gismonti, Gilberto Gil, Naná Vasconcelos, Milton Nascimento e JardsMacalé, entre outros. Em 1998 participou do disco O Sol de Oslo com Gilberto Gil, BuggeWesseltoft, Trilok Gurtu, Rodolfo Stroeter e Toninho Ferragutti.Será acompanhada por Caito Marcondes, Paulo Bellinati, Rodolfo Stroeter e Ricardo Mosca.
Foto: Gal Oppido

Teatro
Capacidade: 216 lugares
Duração: 90 minutos
Ingressos:
R$ 40,00 (inteira)
R$ 20,00 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência)
R$ 12,00 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)
Classificação etária: 12 anos

 

Domingo, 10 de junho, às 18h
Duo Ello e Egberto Gismonti – ESGOTADO

Duo Ello
O dueto de percussão é formado por Carlos Stasi e Luiz Guello, conhecidos pela especialidade em dois instrumentos brasileiros, o reco-reco e o pandeiro. As tradições erudita e a popular são unidas pelos dois músicos, em composições escritas especialmente para essa formação. O Duo tem participado de vários festivais internacionais de percussão.

Egberto Gismonti
Virtuoso multi-instrumentista, compositor e arranjador, Egberto Gismonti é um dos músicos brasileiros mais conhecidos no exterior, rompendo as barreiras entre a tradição popular da música brasileira e o universo da música erudita. Estudou composição, orquestração e análise musical em Paris, com Jean Barraqué e NadiaBoulanger. Entre os músicos com quem Egberto colaborou, além de Naná Vasconcelos, seu parceiro em mais de 350 concertos pelo mundo; encontram-se nomes como Jan Garbarek e Charlie Haden.

Teatro
Capacidade: 216 lugares
Duração: 90 minutos
Ingressos:
R$ 40,00 (inteira)
R$ 20,00 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência)
R$ 12,00 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)
Classificação etária: 12 anos

 

 

Infantil

 

Sábado, 9 de junho, às 12h
Espetáculo infantil com Lulu Araújo – Fada Magrinha
O show é baseado no repertório do seu primeiro CD autoral e de canções tradicionais brasileiras. Lulu é responsável pelos vocais e percussão, acompanhada por baixo, bateria, guitarra e bandolim. A arte-educadora Lulu e sua irmã gêmea Aninha Araújo acompanharam Naná Vasconcelos ao longo de dezoito anos, no Brasil e no exterior. A apresentação solo de Lulu tem como inspiração o trabalho de Naná com crianças, com base na música folclórica pernambucana e no maracatu, com muita magia e brincadeiras para famílias.
Foto: Lana Pinho

Teatro
Capacidade: 216 lugares
Duração: 90 minutos
Ingressos:
R$ 17,00 (inteira)
R$ 8,50 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência)
R$ 5,00 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)
Classificação etária: Livre

 

 

Roda de conversa

 

Quinta-feira, 7 de junho, das 19h às 21h,
Roda de conversa com Patricia Vasconcelos, Matias José Ribeiro e Gil Jardim- Mediação de Carlos Bozzo Jr

Tendo como ponto de partida as relações de Naná Vasconcelos com a cultura afro-brasileira e sua estética musical, serão abordados temas relevantes para refletir sobre o Brasil, o Nordeste e a música brasileira.

Carlos Bozzo Jr. (mediação): Jornalista, com pós-graduação em jornalismo cultural, teve aulas com o flautista João Dias Carrasqueira. Estudou em conservatórios, institutos e escolas especializadas em música no Brasil e no exterior, entre elas CLAM (Centro Livre de Aprendizagem Musical), em São Paulo, e BerkleeCollegeof Music, em Boston.

Área de Convivência (3º Andar)
Duração: 120 minutos
Grátis
Classificação etária: 12 anos

 

Vivências

Naná, entre suas múltiplas atividades, dedicou-se ao resgate da música brasileira e ao incentivo da educação musical formal e informal, por meio de parcerias com orquestras, teatros e grupos de crianças. Seu empenho não se limitava à música, pois idealizou um projeto para permitir que crianças e adolescentes pudessem aprender e estudar várias atividades artísticas, como teatro, cinema, artes visuais e artesanato. As vivências propostas, ministradas por músicos e professores com ampla experiência didática e que trabalham na fronteira entre linguagens e gêneros musicais, têm como objetivo não apenas resgatar essa faceta de Naná, mas também oferecer aos participantes atividades lúdicas. Serão oferecidas oficinas de técnicas de percussão e voz e construção de instrumentos com sucata, ressaltando principalmente o aspecto da sensibilização musical e da participação. O tema principal é a ampliação do conceito de percussão empreendida por Naná, que inclui o emprego de elementos utilitários e da natureza, além da voz, do corpo e da eletrônica.

 

Terça-feira, 5 de junho, das 19h às 21h
Vivência de Percussão Com Marivaldo dos Santos
Apropriação de elementos como baldes, vassouras, tampas de latas de lixo, entre outros, na criação de um universo percussivo variado e inusitado.

Área de Convivência (3º Andar)
Duração: 120 minutos
Grátis
Classificação etária: 12 anos

 

Quarta-feira, 6 de junho, das 19h às 21h
Vivência de Percussão com Marcos Suzano
O pandeiro como instrumento completo, capaz de substituir toda uma bateria e executar uma infinidade de ritmos brasileiros.

Área de Convivência (3º Andar)
Duração: 120 minutos
Grátis
Trazer pandeiro.
Classificação etária: 16 anos

 

Sexta-feira, 8 de junho, das 19h às 21h
Vivência de Percussão Com Pax Bittar
A utilização de aquários afinados com água e esfregados com as mãos para compor melodias e harmonias surpreendentes, entre outros elementos do dia a dia é o que predomina nessa vivência chamada por ele de “objetos desinventados”.

Área de Convivência (3º Andar)
Duração: 120 minutos
Grátis
Classificação etária: Adultos e crianças a partir de 7 anos de idade

 

Cinema

 

Sábado, 2 de junho, às 19h
Documentário Diário de Naná (2005, 60 min.), de Paschoal Samora
A música e a cultura no Recôncavo Baiano segundo o percussionista Naná Vasconcelos, que encontra pessoas que usam o ruído para criar música e pesquisa na música local ligada à religiosidade.

Varanda da Convivência (3º Andar)
Duração: 60 minutos
Grátis
Classificação etária: Livre

 

Fotos Naná Vasconcelos: Itamar Crispim
Fotos: Divulgação / Reprodução do Facebook

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