No dia 19 de outubro, sábado, às 20h, o Centro de Música Brasileira fará uma Homenagem ao Centenário de Nascimento de Claudio Santoro com recital de Patrícia Endo no canto e Alessandro Santoro ao piano. Apresenta-se ainda o pianista Fábio Luz. A série acontece no Centro Brasileiro Britânico e conta com o Apoio Cultural da Cultura Inglesa de São Paulo. Grátis!
Patrícia Endo é bacharel em canto com especialização em vários países: Alemanha, Brasil, Estados Unidos, Hungria e Itália. Alessandro Santoro é filho do compositor e mestre em piano pelo Conservatório Tchaikovsky de Moscou. Gravou 20 CDs. É professor de cravo e baixo contínuo na TOM Jobim – Escola de Música de São Paulo (EMESP).
Claudio Santoro nasceu em Manaus, foi para o Rio de Janeiro estudar ainda jovem. Aos 18 anos já era professor adjunto da cátedra de violino do Conservatório de Música do Rio de Janeiro. Estudou com Hans-Joachim Koellreutter, integrando o grupo Música Viva, no Brasil, e com Nádia Boulanger, em Paris/FR. Santoro foi professor fundador do Departamento de Música da Universidade de Brasília e em 1979 fundou a Orquestra do Teatro Nacional de Brasília, atualmente Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, da qual foi regente titular até sua morte em março de 1989.
Fabio Luz fará um repertório dedicado aos passarinhos, várias obras remetem aos sons de pássaros como de Ernesto Nazareth, Osvaldo Lacerda, Villa-Lobos e Vitor Marques.
Desde o Primeiro Prêmio do Concurso Nacional da Bahia em 1977, seguido do Prix International Debussy na França em 1978, grande parte da atividade de Fabio Luz tem sido dedicada à divulgação de obras de autores contemporâneos como Almeida Prado, Guilherme Bernstein, Dusan Bogdanovic, Claudio Gregorat, Osvaldo Lacerda, Nílson Lombardi, Vitor Marques, Willy Merz, Michel Philippot, Antonio Ribeiro, Marcus Siqueira e Edmundo Villani-Côrtes, muitas das quais são escritas para ele. Desde 2010, é presidente da Fundação Franz Liszt, com sede na França.
Com 35 anos de existência, o Centro de Música Brasileira é uma instituição sem fins lucrativos que tem o objetivo principal defender e difundir a música erudita brasileira.
Programa:
1ª Parte
Fabio Luz
Ernesto Nazareth – Pássaros em Festa (Valsa)
Heitor Villa-Lobos –
Cirandas: Xô, Xô, Passarinho e Passa, Passa, Gavião
Carnaval das Crianças: A Manhã da Pierrete e O Chicote do Diabinho
Vitor Marques – Eu, passarinho… (Mario Quintana)
Tchau, passarinho!
Osvaldo Lacerda – Marcha dos Passarinhos
Estudo nº 11 (Trinados)
Edmundo Villani-Côrtes – Ânfora
2ª parte:
Concerto em Homenagem a Claudio Santoro
Patrícia Endo (canto) e Alessandro Santoro (piano)
Obras de Claudio Santoro:
Prelúdios (1a série)
Prelúdio Nº 1
A Menina Boba
A Menina Exausta
Prelúdios (2a série – 1º caderno)
6 Prelúdios
Canções de Amor (2ª série)
Jardim noturno
Pregão da saudade
Alma perdida
Em algum lugar
A mais dolorosa das histórias
Prelúdio Nº 29
Wanderers Nachtlied
Osvaldo Lacerda – Receita para o amor (texto de Marina Tricânico)
Patricia Endo, soprano, nasceu em Porto Alegre e com quatro anos se transferiu com a família para São Paulo. Filha da cantora e professora Regina de Boer, com quem iniciou seus estudos de canto.
Estudou bailado na Escola do Theatro Municipal de São Paulo com a professora Marilena Ansaldi e utiliza essa formação corporal em suas performances.
Seus interesses pela arte a levaram a se formar em Belas Artes com particular interesse pela gravura e escultura.
Desenvolveu sua voz para cantar um amplo repertório o que a faz atuar em concertos camerísticos, sinfônicos, sinfônicos-corais e óperas.
Bacharel em Canto pelas faculdades Santa Marcelina e Carlos Gomes com especializações em vários países.
A busca pelas diversas culturas ligadas aos repertórios que desenvolve, a fez morar em alguns países.
Em Nova Iorque desenvolveu trabalho com Philip Glass trazendo ao Brasil a ópera The Fall Of House of Usher no papel de Madeleine.
Em Frankfurt estudou o idioma alemão para interpretar seus compositores.
Na Hungria pode trabalhar com o repertório de Kodaly, Liszt e Bartok.
A partir do ano 2000 se fixou na Itália onde permanece até hoje se dividindo entre São Paulo e Milão absorvendo a língua italiana no berço da ópera.
Viveu personagens italianos através de Verdi, Puccini, Monteverdi e Mozart.
Adora o repertório de música brasileira “sem sotaque” e se dedica à sua difusão por onde passa.
Teve a oportunidade de interpretar Tia Justina na estreia mundial da ópera Dom Casmurro de Ronaldo Miranda
Apreciadora da obra de Cláudio Santoro, desenvolve parceria com Alessandro, seu filho, apresentando suas Canções de Amor.
A música francesa sempre fez parte de sua formação, mas recentemente se dedica à música de Berlioz com estágios de estudo em Paris.
Aceitou o desafio de apesentar uma série sobre o canto lírico na rádio cultura FM – “Autógrafo- As vozes brasileiras na ópera” o que lhe valeu o diploma de radialista pelo SENAC.
Mescla instrumentos e linguagens em seus recitais se unindo ao clarinete, à flauta, ao violão e até a grupos de chorinho.
É uma artista sempre em busca de novos desafios o que a levou a participar como jurada no programa Prelúdio da TV Cultura por alguns anos.
Alessandro Santoro, nascido no Rio de Janeiro, é mestre em piano pelo Conservatório Tchaikovsky de Moscou na classe de Elena Richter, gravou o Concerto para piano nº1 de seu pai, Claudio Santoro na então URSS. Concluiu seu mestrado em cravo na classe de Jacques Ogg no Koninklijk Conservatorium de Haia onde posteriormente integrou o corpo docente. Apresentou-se com a Orchestra of the 18th Century e é fundador da Den Haag Baroque Orchestra. É regularmente requisitado como professor de cravo em festivais por todo Brasil. Sua discografia compreende 20 CDs sendo dois em parceria com o fagotista Fábio Cury e destacando o Diapason D’ Or pelo CD de Sonatas para Violino e Basso Continuo de Leclair. Recebeu o troféu da Câmara Legislativa de melhor trilha sonora do 48º Festival de Cinema de Brasília. Atualmente é professor de cravo e baixo contínuo na EMESP em São Paulo e responde pelo acervo material e virtual da Associação Cultural Claudio Santoro.
Fabio Luz é considerado pela crítica internacional como um dos melhores intérpretes da sua geração. Membro do júri de importantes concursos internacionais, dentre os quais os de Hamburgo, Genebra, Casale Monferrato -“Soliva”, Lagonegro, o de Composição ICOMS de Turim, etc., Fabio atuou sob a regência de Ligia Amadio, Guilherme Bernstein, João Maurício Galindo, Gabriel Rhein-Schirato (2018) além de Baciu, Conta, Oschanitzky, Celibidache, von Abel, Peyretti, Farias, Real, Ostergren, Andreescu, Nanut, Mathauser, Noheil, dentre outros, em recitais e concertos junto a prestigiosas instituições quais “Teatro Regio”, Auditorium RAI, “Circolo degli Artisti”, Conservatorio “Verdi” e Villa Tesoriera de Turim, os Festivais “Piemonte in Musica”, “Torino Settembre Musica”, Società del Quartetto di Bergamo, Bienal de Veneza, Villa Medici “Il Vascello” em Roma, Conservatório de Bern, Gasteig de Munique (Sala Carl Orff), Teatro São Carlos e Palácio Foz de Lisboa, Lisinsky de Zagreb, Musikschule Konstanz, Pianofest de Hamburgo, a série Fazioli – La Gioiosa Musa em Treviso, UniRio, Escola de Música da UFRJ, Sala Cecilia Meirelles, Villa Riso no Rio de Janeiro, Centro Cultural SP e Sociedade de Eubiose, Conservatório de Tatuí, Teatro Apolo em Siros (Grécia), Crystal Ballroom Chicago, Instituto Ling e Espaço Santander de Porto Alegre, Museu Scheffel de Novo Hamburgo, Casa Verdi (Milão)…
Seu imenso repertório compreende as obras integrais de Debussy, Ravel (ele é Mestre em Música Francesa pela Université Musicale Internationale de Paris). No Brasil sua discografia é produzida pela L’Art– Rio de Janeiro, e na Itália por Vittorio Viggiano Editore que publicou de Fabio Luz o Álbum para a juventude “Il Giardino degli Angeli”, e ainda uma coletânea de Doze peças célebres transcritas por ele para piano solo.
Desde o Primeiro Prêmio do Concurso Nacional da Bahia em 1977, seguido do Prix International Debussy na França em 1978, grande parte de sua atividade tem sido dedicada à divulgação de obras de autores contemporâneos (Almeida Prado, Guilherme Bernstein, Dusan Bogdanovic, Claudio Gregorat, Osvaldo Lacerda, Nílson Lombardi, Vitor Marques, Willy Merz, Michel Philippot, Antonio Ribeiro, Marcus Siqueira, Edmundo Villani-Côrtes …) muitas das quais são escritas para ele. De 2003 a 2011 suas master classes tiveram lugar no Castello di Cortanze (Italia). A partir de agosto de 2013 seu curso de aperfeiçoamento e excelência pianística tem lugar no âmbito do Festival del Golfo de San Marco di Castellabate (Salerno). Coordenador a partir de 2006 do departamento de piano da Escola Superior “Città della Musica e del Teatro” em Penne (Pescara) é desde 2010 presidente da Fundação Franz Liszt, com sede na França. Discografia completa, edições e programas da temporada no site www.fabioluz.com
Sala Cultura Inglesa do Centro Brasileiro Britânico
Rua Ferreira de Araújo, 741 – Pinheiros
Tel: (11) 3039 0500
Capacidade: 160 lugares
Sábado, 19 de outubro, às 20h
Centro de Música Brasileira (CMB) – Concerto em Homenagem a Claudio Santoro
Patrícia Endo (canto) e Alessandro Santoro (piano)
Fabio Luz (piano)
Classificação Livre
Ingressos: Grátis
O Centro de Música Brasileira – CMB é uma sociedade civil sem fins lucrativos, fundada em São Paulo, em 18 de dezembro de 1984, iniciando suas atividades em 29 de abril de 1985, no Teatro de Cultura Artística, com recital de Eudóxia de Barros. Osvaldo Lacerda foi o Presidente até 2011 e atualmente é presidido pela pianista Eudóxia de Barros.
O CMB visa defender e promover a música brasileira erudita de todas as épocas e estilos. Por duas vezes recebeu Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA. Realizou 336 apresentações em São Paulo, e um total de 47 em cidades do interior dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Atualmente promove recitais mensais na Sala Cultura Inglesa do Centro Brasileiro Britânico, em Pinheiros
Financeiramente sobrevive por investimento da pianista Eudóxia de Barros e por anuidades de músicos interessados, R$ 120,00 (individual) e R$ 180,00 (casal). E desde 1995, tem apoio da Cultura Inglesa de São Paulo.
Promoveu vários concursos de Interpretação, de âmbito nacional: 7 da Canção de Câmara Brasileira; 5 de Músicas Brasileiras para Piano; 2 de Músicas Brasileiras para Flauta.
Promoveu um Concurso de Monografia “O Dobrado”, e dois de Composição: o primeiro, em parceria com a Biblioteca Municipal Mário de Andrade (São Paulo), em 2008, o Concurso de Tocata para Piano, vencido em 1º lugar por Nelson Lin, que teve prêmio oferecido pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e a impressão da Tocata, pela Academia Brasileira de Música. Em 2009, na Casa Mário de Andrade, foram realizados o II Concurso de Interpretação de Músicas Brasileiras para Flauta e o V Concurso de Interpretação de Músicas Brasileiras para Piano, com prêmios oferecidos pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Em 2015, realizou o Concurso de Interpretação Pianística da obra de Osvaldo Lacerda.
Foto Patrícia Endo: João Caldas
Foto Fabio Luz: Silvio Vargas
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