O projeto Trilogia da Resistência traz uma série de atividades gratuitas onlines como performances e bate-papos sobre a temática. Oito atividades fazem parte da programação e contam com a participação de Aretha Sadick, MC Dellacroix, Leona Johvs, entre outros artistas…
Quais são os afetos destinados a corpos LGBTQIA+? A pergunta que segue por anos e anos e que não possui apenas uma resposta, é a temática central do projeto Trilogia da Resistência, que traz a partir do dia 15 de julho, sempre às 19h, uma série de atividades artísticas e online, sobre o universo e os corpos LGBTQIA+.
A partir das experiências vivenciadas pelos artistas do Coletivo Cultural Sankofa – grupo de pesquisa e prática teatral – sobre os afetos violentos que transitam entre os espaços públicos das ruas e os espaços institucionais, além da dialética entre resistir e existir, o grupo transformou suas inquietações em arte.
Neste sentido, a programação conta com bate-papos, exibições do vídeo documentário e uma mostra com processos artísticos que trazem performances e atividades musicais. Ao todo, oito atividades integram a programação. São elas: Mostra Excêntrica | dia 15, abertura com Ana Giselle/TRANSÄLIEN & Aretha Sadick; dia 16, bate papo com Leona Jovs, (atriz e diretora) e Tiely Queen (multiartista e ativista LGBTQIA+); dia 17, Performance Teatral com Coletiva Profanas, e dia 18, Pocket Show com MC Dellacroix, todas as atividades da mostra Excentrica acontecem às 19h, no perfil do Coletivo Cultural Sankofa, no Instagram. O Ciclo de Bate-Papos acontece nos dias 21 e 23 de julho, às 19h, com o Coletivo Revista Alternativa L e mediação de Tata Ribeiro, na terça-feira, e com o Coletivo Arouchianos e mediação de Rodrigo Mar, na quarta-feira, no perfil do Coletivo Cultural Sankofa do Instagram. Já as exibições do Vídeo Experimental “Pão sem queijo ou tem mais presença em mim aquilo que me falta”, que foi produzido dentro do período de pandemia, acontece nos dias 27, 28, 29 e 30 de julho, às 19h, no perfil do Facebook do Coletivo Cultural Sankofa, com mediações de Murilo Gaulês, Tata Ribeiro, Helena Araújo e Rodrigo Mar, respectivamente.
Mostra Excêntrica
Em sua 6ª edição, traz para o ambiente online suas multilinguagens, assumindo arte produzida por corpos LGBTQIA+ como plataforma estética, ética e política, um lugar possível para denuncia, conscientização e celebração. Nesta edição, a mostra será composta por artistas tranvestigeneres do teatro, da música e da performance para questionar os espaços da própria arte diante das ausências de seus corpos-narrativas. A Mostra Excêntrica busca provocar questionamentos e reflexões sobre as realidades vivenciadas por corpos LGBTQIA+ no contexto social brasileiro. Quais afetos são destinados a estes corpos e de que modo são direcionados tais afetos?
Ciclo de bate-papos
Artistas e ativistas LGBTQIA+ dialogam sobre suas presenças nas regiões que vivem e como seus corpos-afetos marcam presença nas superfícies urbanas dessa cidade.
Vídeo experimental documentário
“Pão sem queijo ou tem mais presença em mim aquilo que me falta”, é resultado do processo criativo em que artistas se redescobrem durante o isolamento social provocado pela pandemia do covid19.
LGBTQIA+ – Entendendo a Sigla
Lésbicas – mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero
Gays – homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero
Bissexuais – mulheres e homens que sentem atração afetiva/sexual pelo gênero masculino e feminino. as pessoas que sentem atração por mais gêneros se identificam como pansexuais.
Transexuais ou Transgêneros – pessoas que se identificam com outro gênero que não aquele atribuído no nascimento, inclusive, dentro do aspecto não binário. Trata-se de um conceito ligado à identidade de gênero e não à orientação sexual/afetiva.
Queer – pessoas que se auto identificam como Queer transitam entre os gêneros feminino e masculino, ou em outros gêneros nos quais o binarismo não se aplica. O termo faz referência à teoria queer, que afirma que orientação sexual e identidade de gênero são o resultado de uma construção social e não uma funcionalidade biológica.
Intersexo – pessoas cujo desenvolvimento sexual corporal – expressado em hormônios, genitais, cromossomos, e/ou outras características biológicas – não se encaixa na norma binária
Assexual – pessoas que não sentem atração afetiva/sexual por outras pessoas, independente do gênero.
+ – abriga todas as diversas possibilidades de orientação sexual e/ou de identidade de gênero que existem.
Programação completa
Mostra Excêntrica
Quarta-feira, 15 de julho
19h – Performance Musical com Ana Giza e Aretha Sadick
Instagram @coletivoculturalsankofa
Quinta-feira, 16 de julho
19h – Bate Papo com Leona Jovs (Atriz E Diretora) e Tiely Queen (Múlti Artista E Ativista Lgbtqia+)
Instagram @coletivoculturalsankofa
Sexta-feira, 17 de julho
19h – Performace Teatral com Coletiva Profanas
Instagram @coletivoculturalsankofa
Sábado, 18 de julho
19h – Pocket Show com Mc Dellacroix
Instagram @coletivoculturalsankofa
Ciclo de Bate-Papos
Terça-feira, 21 de julho
19h – Coletivo Revista Alternativa L
mediação com Tata Ribeiro
Instagram @coletivoculturalsankofa
Quinta-feira, 23 de julho
19h – Coletivo Arouchianos
mediação com Rodrigo Mar
Instagram @coletivoculturalsankofa
Exibição do Vídeo
Segunda-feira, 27 de julho
19h – Coletivo Sankofa
Mediação de Murilo Gaulês
Facebook Coletivo Cultural Sankofa
Terça-feira, 28 de julho
19h – Coletivo Sankofa
Mediação de Tata Ribeiro
Facebook Coletivo Cultural Sankofa
Quarta-feira, 29 de julho
19h – Coletivo Sankofa
Mediação de Helena Araujo
Facebook Coletivo Cultural Sankofa
Quinta-feira, 30 de julho
19h – Coletivo Sankofa
Mediação de Rodrigo Mar
Facebook Coletivo Cultural Sankofa
Coletivo Sankofa
O Coletivo Cultural Sankofa, é um grupo de pesquisa e prática teatral criado em 2012, no extremo leste da cidade de São Paulo. Reúne artistas e educadores em torno de uma poética autoral pautada na dramaturgia do texto e do movimento como estratégia estética e ética para refletir as diferenças que marcam, atravessam, violentam e potencializam os corpos contemporâneos.
A reelaboração cênica e poética permeia as realidades vivenciadas por corpos LGBTQIA+ no contexto social brasileiro, considerando os pontos de vista sociopolítico e sociocultural. O processo desta pesquisa continuada se pauta principalmente sobre a possibilidade de afetar e ser afetado durante a movimentação do mundo e quais os encontros afetivos são possíveis para corpos LGBTQIA+ em uma cidade como São Paulo.
A luta pela garantia de direitos destes corpos existirem são de todos!
Foto: Divulgação
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