Espetáculo teatral que relata a história de Teresa, desde que era adolescente durante o período da ditadura militar do Uruguai, quando seu irmão desapareceu. O monologo protagonizado pela atriz Angela Figueiredo, fará curta temporada na cidade de São Paulo…
Após duas temporadas presenciais, em 2019 e uma online, em 2021, o espetáculo “1975” (03 estrelas da Revista Veja-SP) da autorauruguaia Sandra Massera. Reestreia no dia 28 de setembro no Teatro Eva Herz, para somente 5 apresentações.
A versão brasileira de “1975” foi idealizada e é interpretado por Angela, que também fez a tradução e adaptação do texto. Angela e Sandra trabalharam na concepção do espetáculo, com direção de Angela e codireção de Sandra, em alguns momentos trabalharam nas suas cidades natais e em outros, com passagens de Angela por Montevidéu e momentos de Sandra em São Paulo antes da pandemia. O resultado foi um espetáculo sensível e forte, conduzido pela trilha sonora criada pelo Titã Branco Mello e por Sandra, e os vídeos criados por Nanda Cipola.
“1975” é um relato sobre a passagem do tempo e a dor pelo desaparecimento de pessoas próximas. Esvaziando a casa de seus pais Teresa encontra seu caderno de geografia, da época do segundo grau e cartas que escreveu para sua avó quando ela era adolescente. Época de medo e violência, durante a ditadura cívico-militar – devido à participação de um presidente eleito democraticamente no golpe militar que ocorreu no Uruguai (1973 – 1985), quando seu irmão sumiu entre as 196 pessoas que desapareceram por responsabilidade e/ou consentimento do Estado nesse período.
O espetáculo é uma obra de ficção inspirada em fatos reais. O texto surgiu a partir da peça Boneco Sem Rosto, também de Sandra, criado para a convocatória para autores uruguaios e argentinos de textos curtose monólogos para os 10 anos do Teatro De La Identidad, organizado pelas Abuelas de Plaza de Mayo, realizado em Buenos Aires, Argentina. Essa convocatória tem o tema do desaparecimento de pessoas nas ditaduras do Uruguai e Argentina.
Ela partiu de uma história real que viveu na sua adolescência e nos anos da ditadura, quando cadáveres anônimos eram encontrados na costa Uruguai lançados de aviões no Rio da Prata. Estes voos ficaram conhecidos como voos da morte. 1975 ganhou o Prêmio Florêncio de Melhor texto de Autor Nacional em 2015, ano de sua estreia em Montevidéu. A montagem uruguaia estreou em 2015 fez duas turnês na França, foi montado na Argentina (2017) e agora no Brasil.
Ficha Técnica
Texto: Sandra Massera
Direção: Angela Figueiredo
Co-direção: Sandra Massera
Assistente de direção: Claudinei Brandão
Elenco: Angela Figueiredo
Criação de vídeos: Nanda Cipola
Assistente de direção: Claudinei Brandão
Cenografia e figurinos: Kléber Montanheiro
Iluminação: Amarílis Irani
Trilha sonora: Branco Mello e Sandra Massera
Programação Visual: Vicka Suarez
Adaptação de artes: Erik Almeida
Operação de luz: Alan Moreira
Operação de som e vídeo: Nanda Cipola e Acauã Sol
Captação de áudio: Sidnei Camargos
Produtor associado e assessoria de imprensa: Fabio Camara
Realização: Casa 5 Produções e Cia de Teatro As Moças
1975
Teatro Eva Herz
Av. Paulista, 2073 – (Conjunto Nacional – 2º Piso) – Bela Vista
Capacidade: 168 lugares
De 28 de setembro a 26 de outubro
Quartas-feiras, às 20h
Ingressos: R$ 60,00
Duração: 60 minutos
Classificação: 12 anos
Informações: angela2@casa5producoes.com.br e 11 3070 4059
Vendas pela internet: Sympla
Angela Figueiredo (atriz e diretora)
Estreou no teatro amador em 1974 na peça A Megera Domada, dirigida por Carlos Wilson, no Teatro Tablado (RJ), depois participou do Grupo Construção Teatral de dança Contemporânea (RJ), direção da bailarina Gerry Maretzki, em 1976, e em 1983 estreou na TV na novela em Guerra dos Sexos com a personagem Analú. Angela tem trabalhado de forma continua na produção teatral com a sua Cia de Teatro As Moças em parceira com a atriz e produtora Fernanda Cunha, Cia de teatro As Moças com a atriz desde 2010, onde desenvolvem peças de teatro com o tema “Mulheres Confinadas a Margem da Sociedade”, com os espetáculos: As Moças – O Último Beijo, direção de André Garolli, em 2014, Noites Sem Fim, direção Marco Antônio Pâmio, em 2016, em 2018 o espetáculo, Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã, direção de André Garolli e Relações Indóceis, três Textos Curtos, direção Henrique Stroeter, 2021. Recentemente participou, do espetáculo Yerma, da Cia 4nos com direção de Dan Rosseto e participou da novela “Um lugar ao Sol”, dirigido por Maurício Farias, exibida na Tv Globo. Outros trabalhos como atriz são: Festival de Peças de Um Minuto, do Grupo Parlapatões, nas edições I, II, III e IV, nos anos de 2008, 2010, 2013 e 2018 respectivamente. Participou da novela Saramandaia, da TV Globo, em 2013, do espetáculo de teatro Serpente Verde, Sabor Maçã, direção de Lavínia Pannunzio, em 2011, do espetáculo Diga que Você Já Me Esqueceu, direção Dan Rosseto, em 2016. Participou ainda do projeto Terça em Cena, em 2016 e Quinta em Cena, em 2017 no Teatro Cemitério de Automóveis.
Sandra Massera (autora e diretora)
Nasceu em Montevidéu, em 1956, dramaturga, diretora de teatro, atriz e professora. Formada pela escola Municipal de Arte Dramática e pelo Instituto de Professores Artigas. Escreveu diversos textos para teatro e três óperas. Suas obras para teatro têm recebido diversos prêmios, entre eles, Prêmio Florencio da Crítica pelo melhor texto nacional; Prêmio Nacional de Literatura do Ministério da Educação e Cultura; Prêmio Juan Carlos Onetti; Prêmio da Comissão do Fundo Nacioanl de Teatro, Museo Vivo de Titere/MEC, entre outros. É fundadora e diretora do Grupo de Teatro Umbral em Montevidéu desde 1998, grupo independente que tem levado diversos textos aos teatros e em festivais internacionais, como Argentina, Chile, Brasil Estados Unidos, França e Espanha. Sandra lançou, em Montevidéu, no final de 2018 o livro No digas, nada Nena e outros textos para teatro pela editora Estuario, 1975 está dentre os textos selecionados.
Foto: Nanda Cipolla
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