A Música do Silêncio, biografia de Andrea Bocelli

Contar a própria a vida é um desafio por vezes doloroso.

Quando se resolve colocar no papel os momentos mais marcantes vividos, o contador sofre novamente os reveses e se delicia com as vitórias conseguidas. Isso ganha um tom especial quando se trata de um músico que superou os limites da deficiência visual.

O tenor italiano Bocelli se propôs um desafio e narrou sua vida em terceira pessoa, ou seja, traz personagens para contar a sua saga.

Uma longa história com o sofrimento de uma criança com problemas visuais desde o nascimento e que encara uma cegueira definitiva no inicio de sua adolescência, aos 12 anos, enquanto jogava futebol.

“Minha maior preocupação, confesso, não é bem a de pensar no infeliz leitor que bocejará, daqui a pouco, diante dessas simples páginas borradas; ele sempre poderá, a qualquer momento, guardar o livro e não mais pensar nele. Parece-me, na verdade, que sou observado por dois olhos que leem meus pensamentos enquanto escrevo” narra ele na introdução de sua “Música do Silêncio”.

No livro e através de sua linha do tempo, Bocelli não se intimida com o limite que a vida lhe impõe e o transgride para mostrar o quanto vale uma paixão. A música o salva, e graças a sua superação e talento, revela o tenor no caminho da fama e do sucesso e, principalmente, traz a ele o contato pleno do mundo que não pode ser enxergado com os olhos, mas sentido com a alma!

320 Páginas
Editora Évora
R$ 64,90

 

Andrea Bocelli

Um dos fenômenos musicais mais surpreendentes dos últimos anos, Andrea Bocelli nasceu na cidade de Lajatico (Itália), em 1958.

Aos seis anos de idade, iniciou suas aulas de piano e depois de flauta, saxofone, trompete, harpa, violão e bateria. Apaixonado por música, Bocelli tocava órgão na igreja próxima a sua casa. Aos doze anos de idade venceu o prêmio Margherita d’Oro, em Viareggio, com a canção “O Sole Mio”, sua primeira vitória numa competição musical.

Ele também estudou Direito na Universidade de Pisa, e ao completar a graduação, passou um ano como um defensor nomeado pelo tribunal. Em seguida foi aceito como aluno por Franco Corelli, tenor lendário, famoso por trabalhar com algumas das vozes mais famosas do mundo. Para pagar as aulas cantou em bares e discotecas. Bocelli nunca parou o treinamento vocal.

Em 1992 o astro do rock italiano Zucchero Fornaciari testou Andrea enquanto procurava por tenores para fazer um dueto com ele na canção “Miserere” da sua autoria com Bono do U2, quando ouviu a gravação, o tenor Luciano Pavarotti sugeriu a Zucchero para usar Andrea em vez dele mesmo. Finalmente a música foi gravada com Pavarotti, mas foi Bocelli que acompanhou Zucchero na turnê europeia.

Sua fama cresceu quando foi convidado a participar no concerto beneficente anual de gala de Pavarotti, unindo música clássica com popular, assim Bocelli não só cantou um dueto com Pavarotti, mas também com grandes estrelas da música popular como Bryan Adams.

Em 1993, ele assinou um contrato com a gravadora Insieme – Sugar, um selo que representa famosos artistas italianos, mais tarde, Andrea foi vencedor do “Festival de San Remo”, com a maior pontuação já alcançada na categoria de artista revelação.

Em fevereiro de 1998, Andrea realizou um dos sonhos de sua vida, sendo protagonista, La Boheme de Puccini, em Cagliari, Itália.

No mesmo ano, ele lançou o álbum “Aria”, em 1999, lança um novo trabalho chamado “Sogno”, que segue o mesmo caminho de sucesso do que o seu antecessor, “Romanza”. Em 2000, ele recebeu duas indicações para o Grammy Awards e executa o “World Tour 2000” tour. Seu álbum Sacred Arias é acolhido pelo público. Não parou de gravar outros álbuns de sucesso, vendendo mais de 70 milhões de discos no mundo todo.

Fotos: Divulgação

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