Benvinda Cia. estreia Ana e a Baleia e lança HQ do espetáculo

Montagem voltada ao público juvenil é livremente inspirada em O Curioso Caso do Cachorro Morto, de Mark Haddon. A estreia é acompanhada de lançamento da HQ da peça ilustrada por João Hannuch, dramaturgo e diretor do espetáculo…

 

 

 

Ana adora desenhar e ama baleias, na verdade, prefere baleias a pessoas e se comunica muito melhor com os seus desenhos. No espetáculo juvenil Ana e a Baleia a Benvinda Cia. aborda sentimentos universais, como amor, luto, perda e acolhimento, trazendo à cena um retrato sensível de uma pessoa neuroatípica e seu amadurecimento. A montagem estreia dia 22 de janeiro, sábado, às 19h, no Teatro Irene Ravache.

Com texto e direção de João Hannuch e um elenco completamente feminino, formado pelas atrizes Beatriz de Franco, Isabela Tilli, Jhullie Campos e Virginia Lapoian, Ana e a Baleia começa com uma tragédia e um mistério. A mãe de Ana com quem ela se relaciona o tempo todo e a entende como nenhuma outra pessoa desaparece, mas ninguém aceita falar com a menina a respeito.

Quando os adultos se recusam a dar respostas e para lidar com a dor e a saudade, Ana cria uma própria aventura e as suas próprias palavras em uma maneira toda especial de ver o mundo. Livremente inspirado em O Curioso Caso do Cachorro Morto, de Mark Haddon,Ana e a Baleia aborda o universo de uma pessoa neuroatípica e os atritos com um mundo que a exclui ao invés de tentar entendê-la.

Perceber as diferenças
Para o dramaturgo e diretor João Hannuch não é preciso saber exatamente porque Ana é diferente da maioria das pessoas que encontra, apenas perceber que ela é. Ana é qualquer pessoa que já se sentiu excluída e não ouvida e é na universalidade desse sentimento que nos identificamos com ela. É o seu olhar único que nos guia e nele, encontramos dilemas tão universais quanto o desejo de amor, pertencimento, a saudade e o medo. Afinal, quando começamos a perder quem amamos, como manter sua memória em nós para sempre?”, explica ele.

Além de lidar com a perda, Ana, ao mesmo tempo, vive novos e fortes sentimentos com sua única amiga, Suzy, descobrindo as intensas mudanças do começo da adolescência enquanto sua realidade muda drasticamente. “Crescer dói, mas faz parte da vida. Apesar dessa jornada doída, quero despertar no público uma experiência sensível e de empatia”, conta João Hannuch.

Espetáculo vira HQ
Os ensaios presenciais de Ana e a Baleia começaram em fevereiro de 2020. Com o surgimento da pandemia e a necessidade do isolamento social, o processo passou a buscar novas formas de existir.

Inicialmente como um projeto paralelo, o diretor e dramaturgo João Hannuch transformou o texto em uma HQ, partindo de imagens e construções criadas durante o processo de ensaios. Ana e a Baleia é uma peça que pode ser assistida presencialmente, é uma HQ que pode ser lida como tal e também é esse híbrido, que oferece uma experiência diferenciada e única ao público de expansão do produto teatral (que se torna parte do conceito do que é o teatro pop).

Ficha Técnica
Texto e direção: João Hannuch
Assistência Geral: Nina Moratto
Trilha Sonora Original: Giovanne Malta
Elenco: Beatriz de Franco, Isabela Tilli, Jhullie Campos e Virginia Lapoian
Cenografia: Nina Moratto
Assessoria de Imprensa: Nossa Senhora da Pauta.

 

 

 

 

 

 

 

Ana e a Baleia
Teatro Irene Ravache
Oficina de Atores Nilton Travesso
Rua Capote Valente, 667 – Pinheiros
Telefone – (11) 3088-1258
Capacidade do Teatro – 50 lugares
De 22 de janeiro a 12 de fevereiro
Sábados às 19h
Duração – 50 minutos
Classificação Livre (indicado a partir de 10 anos)
Ingressos – R$ 40,00 e R$ 20,00 (meia-entrada)
Vendas Online – Sympla sympla.com.br/ana-e-a-baleia__1458691.

HQ Ana e a Baleia
Texto e Ilustrações: João Hannuch
Edição: Isabela Delambert
Publicação: Editora Giostri.
R$ 60,00 (a venda nas sessões do espetáculo e nas livrarias Giostri).

 

Sobre a Benvinda Cia
A Benvinda Cia. nasceu em 2016 a partir do desejo de participantes de diferentes grupos teatrais da Cultura Inglesa de aprofundar sua investigação em práticas artísticas. Pesquisadores de uma linguagem Pop e contemporânea, a companhia já passou pelos mais variados universos: do sertão nordestino e a busca pelos sonhos impossíveis (Seja Benvinda, 2016), passando pela complexidade das relações amorosas com recorte LGBT (Limonada, 2017), a fragilidade da saúde mental no mundo contemporâneo (Eu Amo Robô, 2018), até o questionamento dos padrões de beleza no imaginário infanto-juvenil (DinoSarah, 2019), passando também pelo Teatro itinerante, com características imersivas e performáticas (Bernadete Azul, 2019). O grupo investe na colaboração entre seus atores-criadores e direção, criando dramaturgias completamente autorais que dialogam com a contemporaneidade. Contou com apresentações e temporadas em teatros paulistanos como iNBOx Cultural, Parlapatões, Viga Espaço Cênico e Cia da Revista, além de centros culturais como a Casa1, Centro Cultural Grajaú, Casa de Cultura Parelheiros, Centro Cultural Vila Formosa, Casa de Cultura Tremembé e o Centro Cultural da Diversidade. Durante o isolamento social, participou do projeto #QuarentenaProjetada, da Mídia Ninja em parceria com o Instituto Moreira Salles e lançou a peça podcast Princesa Terapia, por meio do Podcast Ato Pop. Estreou a peça DinoLive, uma continuação da peça DinoSarah pensada para o período de isolamento social em formato gameshow, através de seu canal do YouTube, onde também lançou a leitura dramática da HQ Ana e a Baleia, que integrou a programação do festival Respirarte da Funarte, na categoria de artes integradas.

 

Foto: João Hannuch

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