Kaê Guajajara apresenta elogiado “Kwarahy Tazyr”, primeiro álbum visual indígena, em show no Sesc Pompeia

Artista registra em suas composições a vivência dos povos originários que existem e resistem em contexto urbano e nas favelas…

 

 

 

 

 

Eleito um dos melhores discos de 2021 por veículos especializados e vencedor do Prêmio Arcanjo de Cultura, “Kwarahy Tazyr”, novo trabalho da rapper Kaê Guajajara, ganha o palco do Sesc Pompeia, no dia 20 de março (domingo). Considerado o primeiro álbum visual feito por um indígena do Brasil, o disco trouxe o flow da artista para refletir sobre as condições de vida dos indígenas urbanos no país.

Além de rapper, Kaê Guajajara é cantora, compositora, escritora, atriz, arte educadora e ativista. A multi artista faz de sua obra uma oportunidade de mais pessoas indígenas se reconhecerem fora da identidade colonial, e também oferece aos brasileiros um caminho para a empatia com os povos originários, que denunciam continuamente o racismo e a exploração que sofrem.

 

Ao vivo, Kaê fará do show um verdadeiro ritual e celebração com uma forte performance de palco do álbum que oferece uma nova perspectiva sobre a colonização a partir de composições inspiradas pelos sonhos – uma técnica ancestral de se receber os cantos. O título “Kwarahy Tazyr” significa “Filha do Sol” em zeeg’ete, língua do povo Guajajara, e traz para o primeiro plano uma ligação com a espiritualidade e personalidade da própria Kaê.

Cantando e fazendo seu flow, a artista apresenta uma música contemporânea indígena que perpassa todos os estilos com elementos originários (maracá, flauta e línguas) para denunciar uma realidade que vai muito além do noticiário e das lutas dos povos aldeados pela demarcação de terras. Aqui, ganha protagonismo a vivência daqueles que cresceram sem terra por conta do conflito com invasores e se exilaram nas favelas das capitais brasileiras.

Nascida em Mirinzal (MA) e pertencente à etnia Guajajara, Kaê se mudou para o complexo de favelas da Maré (RJ) ainda criança, e teve sua vida marcada por preconceitos e racismo por conta de seus traços e sua origem. Mais que uma expressão artística, ela vê na música uma forma de resistir e se manifestar contra o silenciamento dos povos originários imposto pelos colonizadores e perpetuada até hoje pelos seus descendentes.

O novo álbum vem na esteira do bem recebido EP de estreia, “Hapohu”, lançado em 2019 e mesclando beats às letras onde relata suas vivências invisibilizadas; e do segundo trabalho, “Uzaw” (2020), onde essa narrativa se estende ao genocídio dos povos indígenas mascarado de evolução. E revelou ainda seu terceiro EP, “Wiramiri”.

Kaê foi fundadora do coletivo de indígenas em contexto urbano AZURUHU e em 2020 lançou seu primeiro livro, “Descomplicando com Kaê Guajajara – O que você precisa saber sobre os povos originários e como ajudar na luta anti-racista”. Agora, ela está pronta para o próximo passo, sem abrir mão de suas origens: o primeiro álbum visual de uma artista indígena no Brasil, “Kwarahy Tazyr”, que ganha os palcos.

Para presença no show, é indispensável a apresentação do esquema vacinal completo e o uso de máscara dentro da casa.

 

 

 

 

 

 

Kaê Guajajara
Show do álbum Kwarahy Tazyr
Sesc Pompeia
Teatro

Rua Clélia, 93 – Água Branca
Domingo, 20 de março de 2022, às 18h
Ingressos:
R$20,00 (credencial plena e meia entrada)
R$40,00 (inteira)
Venda online a partir de 15 de março, às 14h00
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos

Protocolo
Para ingressar nas unidades do Sesc no estado de São Paulo* é necessário apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19 (físico ou digital) e um documento com foto:
– Maiores de 12 anos devem apresentar o comprovante contendo as duas doses ou dose única da vacina.
– Crianças de 5 a 11 anos devem apresentar comprovante evidenciando uma dose (consulte o calendário e as orientações do município onde acontecerá a atividade).
– É obrigatório o uso da máscara cobrindo boca e nariz durante toda sua permanência na Unidade.

Para atividades com ingresso, será necessário apresentar o QRCode na entrada da atividade.

*O acesso as unidades do Sesc estão sujeitas a legislação municipal em relação a Covid-19.

 

Foto: Thamires Andrade

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