Festival Sesc de Música de Câmara realiza quarta edição entre 9 e 26 de junho, com 34 concertos, 8 ações educativas, um conjunto estrangeiro, dois conjuntos mistos e cinco conjuntos brasileiros em seis unidades do Sesc em São Paulo e no Interior. Na Grande São Paulo acontece no Sesc Consolação, em Guarulhos e em Mogi das Cruzes. No Interior, em Sorocaba, Jundiaí e Ribeirão Preto…
Um dos mais importantes encontros nacionais voltados à música de câmara. Depois de ter a última edição, em 2020, não realizada devido à pandemia de COVID-19, a 4ª edição do Festival Sesc de Música de Câmara acontece entre os dias 9 e 26 de junho. Com realização bienal desde 2014, a edição desse ano tem curadoria de Claudia Toni e Cristian Budu. O evento contará com oito atrações que irão circular pelas cidades de Guarulhos, Jundiaí, Sorocaba, Mogi das Cruzes e Ribeirão Preto. Em São Paulo, o Sesc Consolação será a sede do evento, tanto por seu teatro possuir proporções excelentes para a música de câmara quanto por seu importante Centro de Música, equipamento voltado a ações formativas nessa linguagem artística.
Com um elenco diverso e programas inéditos, o Festival experimenta, segundo seus organizadores, uma fórmula já praticada internacionalmente: reunir cameristas brasileiros residentes no Brasil e no exterior, intérpretes estrangeiros e jovens músicos em vias de profissionalização. Os espetáculos serão protagonizados pelo quinteto de sopros dinamarquês Carion; o ensemble de cordas Ilumina Music; o quarteto de violões Maogani; o conjunto Sampaensemble; o Quarteto Carlos Gomes; a orquestra de cordas São Paulo Chamber Soloists com Gabriele Leite e Cristian Budu como solistas; Baderna Moderna, conjunto de câmara que faz um programa especial para crianças e famílias; e um espetáculo que reúne Osusp, o Coro dos Meninos Cantores de Hamburgo e solistas sob a regência de Luiz de Godoy.
As duas mais importantes efemérides brasileiras de 2022 estão contempladas no Festival Sesc de Música de Câmara. O centenário da Semana de Arte Moderna será lembrado no concerto do Quarteto Carlos Gomes, que interpreta o Quarteto n.3 de Villa-Lobos, uma das obras do compositor carioca que foram apresentadas no célebre evento. Já o bicentenário da Independência estará presente através da execução da Missa de Santa Cecília, do padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), mais importante compositor brasileiro de sua ép oca. Escolhida pelo regente paulista radicado na Europa Luiz de Godoy, a obra, escrita em 1826 para quatro solistas vocais, coro e orquestra, é raramente executada. No Festival, Luiz de Godoy comanda a Osusp, membros do Coletivo Jeholu e os Meninos Cantores de Hamburgo, coro do qual é regente titular e que vem ao Brasil especialmente para o evento.
Como tem feito desde sua primeira edição, o Festival Sesc de Música de Câmara segue comissionando obras a compositores brasileiros. Nesta edição, três novas obras e um arranjo serão estreados. A São Paulo Chamber Soloists, que interpreta o Concerto n.3 de Beethoven em versão para quinteto de cordas e piano (com Cristian Budu como solista), estreia uma obra de João Luiz Rezende Lopes para violão e cordas, com solos de Gabriele Leite. Já o Ilumina Music, que integra jovens intérpretes a solistas experientes de várias partes do mundo, apresenta pela primeira vez Ilum inuras, de André Mehmari, bem como toca outras peças de autores e autoras contemporâneos.
Além da homenagem à Semana de Arte Moderna, o Quarteto Carlos Gomes estreia What has been will be again, do paulistano Alexandre Lunsqui. A lista de comissionamentos se completa com um arranjo de Gaúcho (corta-jaca), de Chiquinha Gonzaga, encomendado ao compositor Rodrigo Morte e que estará no repertório do quinteto Carion – cujos integrantes tocam sem partitura e se movimentam pelo palco.
A canção de câmara também faz sua estreia nesta edição do Festival com o Sampaensemble, que interpreta diferentes trios combinando voz, piano, clarinete, flauta e violoncelo. Formado especialmente para o evento, o grupo é integrado pela meio-soprano Joyce Tripiciano, o pianista Ricardo Ballestero, a violoncelista Heloisa Meirelles, o flautista Renan Mendes e o clarinetista Bruno Ghirardi. Já os violonistas do Maogani trazem de volta para o Festival a música popular, feita com um caráter camerístico particular e próprio do Brasil, num repertório que vai de Villa-Lobos e Ernesto Nazareth a Gilberto Gil e Milton Nascimento.
Outra marca registrada do Festival, uma programação voltada para crianças e adolescentes, está presente com o conjunto paulista Baderna Moderna. Especialmente concebido para a ocasião, o espetáculo Tem música nos meus olhos, é feito por músicos brasileiros e tem a proposta de apresentar a música contemporânea a crianças. A programação do Festival Sesc de Música de Câmara se completa com ações educativas que incluem mediações antes de cada concerto; ciclos de debates; vivências para crianças e educadores; e workshops com Ricardo Ballestero (apreciação musical da canção de câmara) e Claudio Cruz (música de câmara para cordas de Heitor Villa-Lobos).
4ª Edição do Festival Sesc de Música de Câmara
Entre 9 e 26 de junho de 2022
Unidades
Sesc Consolação
Rua Doutor Vila Nova, 245, Vila Buarque, São Paulo (SP)
Sesc Jundiaí
Av. Antônio Frederico Ozanan, 6.600, Jardim Botânico, Jundiaí (SP)
Sesc Guarulhos
Rua Guilherme Lino dos Santos, 1.200, Jardim Flor do Campo, Guarulhos (SP)
Sesc Sorocaba
Rua Barão de Piratininga, 555, Jardim Faculdade, Sorocaba (SP)
Outros espaços
Theatro Pedro II
Rua Álvares Cabral, 370, Centro, Ribeirão Preto (SP)
Catedral de Sant’Ana
Rua Dr. Paulo Frontin, 366, Centro, Mogi das Cruzes (SP)
Catedral Evangélica de São Paulo
Rua Nestor Pestana, 152, Consolação, São Paulo (SP)
Confira a programação completa aqui
Apoio
Goethe-Institut, União Europeia, Catedral de Sant’Ana (Mogi das Cruzes), Meninos Cantores de Hamburgo, Catedral Evangélica de São Paulo, Osusp e Theatro Pedro II (Ribeirão Preto)
Realização
SESC
Foto do quinteto de sopros dinamarquês-letão Carion: Jānis Porietis
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