Homens no Divã faz curta temporada no Teatro Arthur Azevedo

A apresentadora, atriz e jornalista Marília Gabriela empresta seu vozeirão inconfundível à personagem da temida psicanalista Dra. Maczka. De 26 de janeiro a 18 de fevereiro 2024…

 

 

 

 

 

 

Clássico do repertório do ator, produtor e diretor Darson Ribeiro, que monta o espetáculo há uma década, a comédia Homens no Divã reestreia no Teatro Municipal Arthur Azevedo, na Mooca de 26 de janeiro a 18 de fevereiro, de sexta a domingo, com preços populares, entre outras novidades, apresenta no elenco o ator Gustavo Merighi. O encontro inesperado de três homens na antessala de psicanálise da Dra. Maczka (voz em off de Marília Gabriela) é o ponto de partida para mudanças mais que necessárias na vida do bombeiro Renatão (Guilherme Chelucci); do ginecologista Cadú (Gustavo Merighi), e de Fred (Darson Ribeiro), gerente executivo da Enel.

Correndo o risco de perder os homens amados, as respectivas companheiras exigem que os três recebam suporte terapêutico. Assim, os marmanjos se conhecem em um consultório freudiano e a amizade – no começo desconfiada pelo inusitado do encontro – vai se fortalecendo a cada momento, entre conversas e situações pertinentes ao ‘homem-comum’. É assim que eles passam a se autoanalisar numa espécie de complemento à terapia. Enquanto vão progredindo, inconscientemente “elaboram” seus problemas.

O texto instiga, usando o estereótipo para apontar falhas masculinas, e é recheado de situações engraçadas do cotidiano masculino, que Darson Ribeiro vem mantendo atualizado nesses nove anos (título criado por ele), mantendo também a fidelidade do público que já ultrapassou 250 mil pessoas em mais de 350 sessões.

“Concebi uma direção ágil, a partir das idiossincrasias masculinas, para brincar com assuntos difíceis à primeira vista (e até hoje tabus), como traição, machismo e narcisismo, quando falados em público. A brincadeira com os fetiches femininos é justamente para que o público absorva de cara tais assuntos que são raramente expostos e quase nunca discutidos e que, aqui, vêm numa forma lúdica e de fácil acesso”, afirma Darson Ribeiro, que além de atuar, dirige o espetáculo. “A partir de pequenos solilóquios com a psicanalista (de quem só se ouve a voz) e o tête-à-tête, os três acabam instituindo um divã próprio, inconsciente e espontâneo, desconstruindo personalidades ultrapassadas, e por isso, agradam não só as mulheres, mas, o público masculino.”

Darson Ribeiro vive o executivo Frederico Freitas Fernandes, que enfrenta a decepção da traição num casamento de 18 anos. Perturbado e deslocado na nova condição de solteiro-solitário-traído, busca a identidade perdida descoberta pela manipulação da esposa Marjorie. Os amigos passam a ter papel decisivo em sua metamorfose, da mudança radical no se vestir a lugares inimagináveis – onde as situações inusitadas e engraçadas vêm à tona. Guilherme Chelucci é o bombeiro sedutor Renato Paes de Barros Seabra, rústico e machista. Foi parar no divã achando que era um truque para convencer a amada de que “amor é amor e sexo é sexo”. Gustavo Merighi é o ginecologista Carlos Eduardo Carrara Travertino, cujo alto grau de narcisismo o impede de perceber o mundo feminino à sua volta, principalmente da mulher que ama. A conversa entre os três o faz entrar em contato com sentimentos e emoções jamais explorados.

A produção bem cuidada resulta dos desenhos criados por Darson Ribeiro para cenário e figurinos, como a inspiração na trompa de falópios para o divã – vermelho, concebido de forma elegante e instigante na intenção de situar os três homenzarrões dentro do órgão sexual feminino. Persianas de madeira foram construídas especialmente para a cenografia pela Hunter Douglas/Casa Mineira sob um gigante tapete ‘revolution’ vermelho By Kamy. O “divã” rompe as quatro paredes e as mudanças de luz ajudam a criar os vários ambientes – academia, balada, sauna, apartamento e consultório. O ritmo dinâmico da direção concebeu mais de uma dezena de trocas de roupa em 1h30 de ação.

Ficha técnica
Texto Miriam Palma (título original Desesperados). Idealização e Direção geral Darson Ribeiro. Elenco Guilherme Chelucci, Gustavo Merighi e Darson Ribeiro. Voz da psicanalista – Marília Gabriela | Voz da secretária – Cecilia Arienti | Cenografia, trilha, luz e figurino – Darson Ribeiro. Assessoria de Imprensa – Arteplural/ Fernanda Teixeira, Macida Joachim, Maurício Barreira. Camarim e Assistência Geral – Bianca Arcanjo e Marco Alvarenga | Fotos – Moisés Pazianotto | Coordenação e Montagem de Palco – Rodrigo Souza | Operação de Luz e de Som – Henrique Polli | Tapetes By Kamy e Persianas Hunter Douglas/Casa Mineira especialmente confeccionados. Realização – DR Produções Teatro-D.

 

 

 

 

 

 

Homens no Divã
Teatro Municipal Arthur Azevedo
Av. Paes de Barros, 955, Mooca
Fone 2604-5558
Temporada: 26 de janeiro a 18 de fevereiro
Sexta e sábado às 21h
Domingo às 19h
Duração: 90 min
Indicação etária 12 anos.
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia).

 

Sobre os Atores

Darson Ribeiro, Fred
Formado em Artes Cênicas pela PUC/Fundação Teatro Guairá do Paraná, tem especialização em direção e cenografia, além de produtor. Com 55 anos, tem um vasto currículo, a começar pelos teatros que dirigiu como os dois mais importantes teatros do país, Municipal de SP e do RJ. Recentemente foi consultor na obra do Teatro Bradesco, dirigindo-o artisticamente. Trabalhou com grandes diretores como Ulysses Cruz (de quem foi diretor assistente), Jorge Takla, Abujamra, e Gabriel Vilella; valendo também citar alguns internacionais como Bob Wilson, Pina Baush e G. Strehler, além de companhias como Grupo Corpo, Ballet Stagium e Cisne Negro.

Realizou grandes parcerias com o SESC SP, valendo destacar “Dinsey Killer” e “Vincent River”, de Philip Ridley, “Sangue na Barbearia” com Antônio Petrin e “Logos-Diálogos” que reuniu ícones da dança contemporânea como Ismael Ivo, Henrique Rodovalho (Quasar), e Deborah Colker nas Trilogias de Bach executadas ao vivo pelo violoncelista grego Dimos Goudaroulis. Seu solo “O Homem Que Queria Ser Livro”, foi escrito especialmente a ele por Flavio de Souza, com inúmeras temporadas.

Inaugurou em 26/11/19 com Ney Matogrosso seu Teatro-D, tendo em seguida a Abertura da Temporada 2021 com Cássia Kis. Em plena pandemia realizou a 1ª Peça De Teatro Entre Carros, “Amor no Drive-in Por favor Não Me Covid”, com repercussão nacional, e em seguida, A.M.O.R. DE U.T.I. com crônica de abertura por Glória Pires. Ultrapassando a crise pandêmica, abriu 2022 com Heloisa Périssé, mas, no último 27/07/22 encerrou as atividades diante da venda do prédio no qual foi obrigado a sair. Recentemente, adaptou e dirigiu O Lado Fatal, de Lya Luft, com a atriz Denise Del Vecchio, pelo SESC SP.

 

Guilherme Chelucci, Renatão
Ganhou destaque ao lado de Sheila Mello na comédia Eu que Amava Ele que Amava Ela, direção de Marcos Weinberg, e À Noite Todo Gato É Pardo, dirigida por Ricardo Rizzo, no Teatro Shopping Frei Caneca. Participou de algumas novelas, como a do SBT “Patrulha Salvadora”, valendo citar a personagem “Tarzan” ao lado de Grace Gianoukas, em “Haja Coração”, da TV Globo. Aos 36 anos, é muito requisitado para mestre de cerimônias e apresentador, assim como para trabalhos em publicidade. Formou-se como em Direito e Teatro na Globe SP. Recentemente participou da peça “Quem Vai Ficar Com Juca”, ao lado da esposa e atriz Ellen Roche.

 

Gustavo Merighi
Com trinta e três anos, natural de Catanduva-SP, é graduado e pós graduado em artes cênicas pela Escola Superior de Artes Célia Helena. Já atuou em mais de catorze peças profissionais, entre elas “Píramo e Tisbe”, de Vladimir Capella; “Um Passeio no Bosque”, direção de Marcelo Lazzaratto; “Vista Para As Montanhas”, direção de Pedro Granato, e recentemente “Gaslight”, direção de Jô Soares. No cinema atuou em vários longas, entre eles, “Minha Mãe É Uma Peça 2”, de Paulo Gustavo, e “Turma da Mônica”, de Daniel Rezende. Participou ainda em minisséries como “Toda Forma de Amor”, de Bruno Barreto; “Sessão de Terapia 4” e “João de Deus”, direção de Marina Person, e na novela global “A Lei do Amor”.

 

Foto: Moises Pazianotto / @moisespazianotto

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