O espetáculo tem inicio com a locução de Odilon Coutinho, fazendo breve relato sobre Vinícius de Moraes – morreu em 9 de julho de 1980 – foi embaixador, poeta e fez várias parcerias de sucesso.
O cenário não poderia ser outro: uma mesa de bar sob a iluminação intimista dos refletores. Celia entra no palco cantando o clássico “Eu Sei Que Vou Te Amar”, com sua voz suave ela emociona a plateia. O repertório segue com “Apelo”, “Bom Dia Tristeza” e diversos outros sucessos.
Depois entra Juan Alba e junta-se a Celia na mesa, com uma garrafa de whisky nas mãos, dizendo que era disso que o Vinícius gostava: um bom papo com os amigos e um whisky dos bons. E já emenda o bate-papo no bar com a música “Ela É Carioca”, mostrando todo seu gingado de malandro. Juan sai de cena, para voltar com Jane Duboc numa bicicleta repleta de flores.
Entre os clássicos, são contadas passagens da vida de Vinícius como a inspiração do autor na composição da música “O Que Tinha Que Ser”, que foi escrita para sua namorada Tatty quando ele foi estudar na Inglaterra, chegando a se casar com ela em seu retorno.
Juan ainda canta com sua voz aveludada e sensual “Minha Namorada”, encantando a plateia, sendo seguido por Jane cantando “Regra Três”.
Tributo a Vinicius de Moraes é um grande espetáculo, que emociona com músicas e interpretes da mais alta qualidade. Afinal, quem nunca sentou com um amigo para beber numa tarde qualquer? Quem nunca chorou por amor?
Poetinha, assim que ele era chamado, era um grande autor compositor que jamais deixara de ser lembrado, como ele mesmo dizia “É bom saber que continuam cantando nossas coisas”.
Celia, Jane Duboc e Juan Alba encerram o espetáculo cantando “A Tonga da Mironga do Kabuletê” e “Garota de Ipanema”. Apesar de ter sentido falta do “Soneto da Fidelidade”, que esperava ouvir, o espetáculo dirigido por Ogair Júnior, é um deleite para os olhos, para o ouvido e para o coração.
Ainda acompanharam os três interpretes no palco: Ogair Junior no pianão e acordeom, Giba Favery na bateria e percussão, Robertinho de Carvalho no contrabaixo e Jorge Ervolini no violão.
No final do espetáculo, ficamos com aquela lição do nosso eterno Vinícius: É melhor ser alegre, do que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe. E foi exatamente assim, que todos saímos sentido: Salve, alegria! Salve o amor! Salve Vinicius de Moraes!
Fotos: João Caldas
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