No Bar Brahma, dias 9 e 10 de setembro…
Ná fez parte do grupo Rumo, um dos principais representantes da vanguarda paulista na década de 80. Sempre engajada em projetos que valorizam a boa música, a cantora lançou no ano passado os discos “Ná e Zé”, em parceria com o compositor Zé Miguel Wisnik, e “Thiago França”, com o grupo Passo Torto.
Para abrir as apresentações da artista, o festival dá espaço ao cantor e compositor paulista Rodrigo Campos, que iniciou a carreira focado em sambas – muito apreciados pela crítica musical – e que, ao longo dos anos, foi desbravando a música brasileira como um todo, além de aderir até a influências do soul norte-americano.
Ná Ozzetti
No decorrer de sua carreira trabalhou em projetos solo e com outros artistas, incluindo composições próprias em parceria com: José Miguel Wisnik, Itamar Assumpção, Luiz Tatit, Dante Ozzetti, Suzana Salles, Zélia Duncan e Alice Ruiz. Também participou em CDs de Tom Zé, Zeca Baleiro, Pena Branca e Xavantinho, Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo, trilhas para o ballet do Grupo Corpo – Parabelo (Zé Miguel Wisnik/Tom Zé) e cinema Cabra – Cega (Fernanda Porto), entre outros projetos.
Em 1995, pelo lançamento do CD NÁ, a cantora recebeu dois Prêmios Sharp: “Melhor CD” (produzido por Manny Monteiro) e “Melhor Arranjador” (Dante Ozzetti) – cat. Pop-rock.
Em 2000 recebeu o Prêmio de Melhor Intérprete por sua participação no Festival da Música Brasileira, da Rede Globo de Televisão, interpretando a canção Show, de Luiz Tatit e Fábio Tagliaferri.
Em 2004, com o pianista e compositor André Mehmari formou o Duo de piano e voz. No mesmo ano participaram do livro Três Canções de Tom Jobim (Editora Cosac & Naify) com a gravação de Suíte Gabriela, Sabiá e Águas de Março.
Recentemente Ná tem atuado em alguns trabalhos simultaneamente, entre eles, o duo com o pianista e compositor André Mehmari, o trio formado com o violeiro Ivan Vilela e Dante Ozzetti e o quinteto com Mário Manga, Dante Ozzetti, Sérgio Reze e Zé Alexandre Carvalho.
Rodrigo Campos
Compositor e instrumentista, Artista Revelação no Prêmio da Música Brasileira 2013, Rodrigo Campos, começou tocando cavaquinho e percussão nas rodas de samba de São Mateus, periferia da cidade de São Paulo, lugar onde cresceu. Iniciou a compor aos doze anos de idade.
Em 2009, lança seu primeiro disco solo, São Mateus Não é um Lugar Assim Tão Longe (Ambulante Discos), produzido por Beto Villares. Um disco predominante de sambas, que logo em sua estreia mostra de forma profunda sua linguagem única como compositor, músico e cronista. O disco lhe traz o reconhecimento da crítica e ganha destaque como um dos melhores discos de 2009.
Seu segundo disco solo, o Bahia Fantástica, de 2012, marca uma ruptura com o samba para abraçar o amplo universo da música brasileira, até fazer incursões no soul americano. O álbum recebe ótimas críticas nos principais veículos de imprensa brasileiros e até fora do Brasil como no jornal The New York Times, além de lhe render o prêmio de Artista Revelação.
Em seu terceiro disco, Conversas com Toshiro (YBmusic), lançado em 2015 e contemplado pelo programa Natura Musical, Rodrigo Campos explora um novo espaço, o Japão. Com produção musical do próprio Rodrigo e direção artística de Rômulo Fróes, o trabalho é uma investigação sobre a consciência oriental, com interpretações sobre amor, sexo, vida e morte, e sua influência no inconsciente da cidade cosmopolita de São Paulo – uma fusão entre oriente e ocidente.
Além do seu trabalho solo, Rodrigo colabora, como compositor, arranjador e instrumentista, com vários artistas de sua geração, assim como com lendas da música brasileira: Criolo (‘Duas de Cinco’ – 2014), Juçara Marçal (Encarnado – 2014), Vicente Barreto (Cambaco – 2015), Tom Zé (‘Pour Elis’ – 2014, com participação de Milton Nascimento), Elza Soares (A Mulher do Fim do Mundo – 2015), dentre outros. Também é integrante do Passo Torto, projeto desenvolvido em colaboração com os compositores Kiko Dinucci e Romulo Fróes e o contrabaixista Marcelo Cabral, que já conta com três discos lançados. Além disso, Rodrigo Campos assinou a direção musical do projeto “Onze Sambas e Uma Capoeira” em 2014 no SESC Pompéia em homenagem a um dos maiores ícones do samba paulistano, Paulo Vanzolini e assumiu, em apresentação no SESC Santana em 2015, a releitura do disco Caça à Raposa de João Bosco dentro do projeto “75 rotações”.
Ná Ozzetti
Abertura do show com Rodrigo Campos
Festival Canta Brasil
Bar Brahma
Av. São João, 677 – Centro – SP
Tel,: 3224-1251
Sexta-feira, 9 de setembro, às 21h
Sábado, 10 de setembro, às 21h
Ingresso: R$ 60,00
Ingressos: TotalAcesso
Com o incentivo do ProAC, o projeto realizado pela Capty Group Produções e Eventos e direção musical de Kiko Moura, o Festival Canta Brasil dará oportunidade aos novos talentos da música popular brasileira nas apresentações mensais que aconteceram no Bar Brahma até outubro de 2016.
Foto Ná Ozzetti: Gal Oppido
Foto do Rodrigo Campos: Jose de Holanda
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