Instalação “Diana Vegana” na Fundação Ema Klabin

Obra inédita foi pensada pelo premiado artista Luciano Zanette a partir da identificação de Ema Klabin com a figura mitológica de Diana; referida em duas obras do acervo da casa-museu, uma delas o retrato de Dama como Diana Caçadora (Pompeo Batoni, 1708, Lucca-1787, Roma) e a outra em uma pintura da colecionadora inspirada no tema.

Modelada em escala do corpo feminino, escultura representa a figura mitológica de Diana Caçadora em um momento contemporâneo, uma Diana Vegana, empoderada, que se livra de suas armas em defesa dos animais.

Até o dia 18 de dezembro , o artista visual Luciano Zanette apresenta a instalação Diana Vegana no pátio interno da casa-museu Ema Klabin, no Jardim Europa. Com curadoria de Renê Foch, a obra faz parte da série Intervalo Contemporâneo que convida artistas a criarem obras contemporâneas que são expostas no percurso de visitação da casa-museu.

De acordo com o artista Luciano Zanette, a escultura Diana Vegana é resultado de uma pesquisa viva de materiais, técnicas e de um olhar sobre a história da escultura, antiga e recente. A obra demandou mais de cinco meses trabalho, desde pesquisas da história da arte, até as questões de viabilidade técnica, como por exemplo, modos de construção de arcos e flechas, moldagem de figura humana (escala 1:1), materiais, acabamentos e pinturas. E teve apoio de uma modelo ativista vegana.

“A questão central do trabalho trata de valores, sobre o paradoxo do modo especista, ponto de vista de que uma espécie, tem todo o direito de explorar as demais espécies por considerá-las inferiores. Por isto a escolha desta figura da mitologia romana – Diana Caçadora – que contraditoriamente era tida como protetora dos animais selvagens, mas assim mesmo os matava. A contradição permanece atual, pois da mesma forma, hoje tratamos os animais domésticos com carinho, mas não exercitamos a percepção de que assassinamos uma quantidade imensa de animais não domésticos todos os dias , reflete Zanette.

Segundo Renê Foch, curador da série Intervalo Contemporâneo, os trabalhos de arte instalados na casa-museu são um contraponto para a coleção de Ema Klabin, inserindo uma produção contemporânea no percurso das visitas e abrindo espaço para um novo olhar frente essa coleção e suas interferências.

 

Artista visual Luciano Zanette
Artista com bacharelado em escultura (2002) e mestrado em poéticas visuais (2007) pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em 1997 forma o grupo “Comfluência” com Gabriela Picoli, Jerri Rossato Lima e Marcio Quadrado, em 2002 inicia as atividades do coletivo POIS com Marcelo Gobatto e Claudia Paim. Em 2007, na primeira edição do Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, recebe os prêmios de Artista do Ano de 2006 e Destaque Escultura pela exposição individual Mobiliário Melancólico. Integra o Atelier Subterrânea em Porto Alegre entre 2007 e 2008. É selecionado para o Programa Rumos Visuais 2008–2009 do Instituto Itaú Cultural (2009-10). Indicado ao PIPA 2011. Em 2015 participa da Bienal Tridimensional Internacional do Rio de Janeiro – TRIO BIENAL 2015. Desde 2009 é professor no bacharelado do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, onde ministra as disciplinas de Linguagem Tridimensional e Desenho. Possui obras nos acervos do MARGS, MACRS, MACPR e Fundação Vera Chaves Barcellos.

 

Intervalo Contemporâneo com o artista Luciano Zanette
Instalação Diana Vegana
Curadoria: Renê Foch
Fundação Ema Klabin
Rua Portugal, 43 – Jardim Europa – SP
Período: até 18 de dezembro
De quarta à domingo, das 14h às 17h.
Ingresso:
De quarta a sexta-feira: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Aos finais de semana a visita tem entrada franca
Classificação: livre

 

Visite a casa-museu Ema Klabin
A casa-museu Ema Klabin conta com novos dias e horários para visitação. Funciona de quarta a domingo, das 14h às 17h, sem agendamento.
Aos finais de semana, a visita tem entrada franca. Nos outros dias, o ingresso custa R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). A Casa-Museu possui um rico acervo de mais de 1500 obras de grandes mestres da arte mundial.

Fotos: Jerri Rossato Lima

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