Temporada prorrogada até 30 de julho no CCC – Centro Compartilhado de Criação, na Barra Funda, em São Paulo…
A Despedida procura disseminar a história de relação entre Brasil e Portugal, representada nas figuras das princesas Isabel e Leopoldina e sua relação familiar fraternal. O espetáculo traz todos os questionamentos que envolvem a figura feminina no poder, e a relação de grandes líderes com suas grandes ideias – e o processo de estruturá-las, apresentá-las e implementá-las transformando o mundo ao seu redor.
Questões ainda presentes na atualidade e de grande repercussão em toda organização social. Dessa maneira, a montagem da Cia Meia Um pretende mostrar aos Brasileiros um retrato diferente de um recorte pouco explorado de sua história, buscando a reflexão sobre as relações interculturais, sobre sua própria cultura e suas influências, sobre essa figura feminina tão forte, representativa e transformadora que, mesmo controversa, raramente é pensada com a importância e relevância que lhe são devidas, sobre tudo aquilo que compõe uma nacionalidade e o fato de se sentir parte dela e de sua cultura, sobre os diversos fatores envolvendo um momento histórico decisivo e marcante do Brasil. O tema procura proporcionar ao público maior interação com a própria história do país de uma maneira lúdica, para que se crie empatia com um símbolo nacional não inteiramente valorizado.
Em um plano etéreo e mítico, Isabel de Orleans e Bragança reconcilia-se com sua falecida irmã, Leopoldina de Bragança e Bourbon. O encontro final entre as duas princesas é o ponto de partida do espetáculo. O texto recorre a um conto de Daniel Defoe, “A aparição da senhora Veal”, relato de duas amigas de infância separadas pelas circunstâncias, que se reaproximam em um momento dramático, quando uma delas já está morta. À imagem e semelhança do conto, a princesa Isabel e a irmã mantêm seu diálogo pós-morte. Apesar desse encontro nunca ter de fato acontecido, muitos dos episódios relatados na vida das princesas são baseados em fatos reais, e muitos diálogos foram retirados de documentos históricos. Imersa em flores e fragmentos de cartas, Isabel confrontará suas contradições. Guiada por sua irmã mais nova, visitará momentos emblemáticos de sua vida: a lida com a opinião pública, seu pai, o matrimônio arranjado, o pesadelo político, a gravidez, o aborto, o amor e a desilusão patriótica.
Ficha Técnica
Dramaturgia: Hanna Reitsch e Iuri Saraiva
Direção: Iuri Saraiva
Elenco: Nina Dutra, Giulia Nadruz, Mateus Ribeiro, Rafael Pucca e
Bruno Gasparotto
Preparação Corporal: Graziela Bastos
Assistência de Direção: Juliana David e Caroline Lossio
Preparação Vocal: Rafael Villar
Swings: Juliana David e Iuri Saraiva
Músicos: Roman Sielert (Percussão), Gustavo de Oliveira (Violão) e Tiago Maci (violão e bandolino)
Cenário e Figurino: Graziela Bastos
Assistência de Cenário e Figurino: Bruno Gasparotto
Visagismo: Barbara Khalil
Design de Luz: Drika Matheus
Produção Musical: Emir Ruivo
Assistência de Produção: Matheus Severo e Andreza Meddeiros
Operação de Luz: Douglas Amorim
Design Gráfico: Graziela Bastos
Montagem e Aplicação Gráfica: Rafael Pucca
Assessoria de Imprensa: Morente Forte
Direção de Produção: Pilotis Produções Artísticas
Produção Executiva: Giulia Nadruz, Caroline Lossio e Mateus Ribeiro
Realização: Cia. Meia Um
A Despedida
Centro Compartilhado de Criação – CCC
Rua Brigadeiro Galvão 1010, Barra Funda – SP.
Informações: 3392-7485
Duração: 60 minutos
Curtíssima Temporada: até 30 de Julho
Segunda e sábado, às 21h
Domingo, às 20h
Ingressos: R$ 30,00
Vendas: Sympla
Recomendação: 12 anos
A Cia. Meia Um é um grupo teatral de pesquisa e estudo composto por seis artistas: Carol Lossio, Giulia Nadruz, Graziela Bastos, Iuri Saraiva, Nina Dutra e Matheus Severo. O grupo tem como objetivo o resgate de um estudo de linguagem feito de 2009 a 2011, por um grupo teatral de pesquisa e extensão associado à UnB (Universidade de Brasília), em Brasília, ministrado e dirigido pelo diretor Hugo Rodas (diretor Uruguaio radicado em Brasília desde o final dos anos 70, onde realizou inúmeros trabalhos premiados nacional e internacionalmente), e a partir desse estudo, realizar montagens de trabalhos autorais e colaborativos (incluindo pesquisa e criação de dramaturgia autoral), inéditos e de remontagens na cidade, com possibilidade de turnês por outras cidades. Sendo um grupo jovem, a Cia. Meia Um procura resgatar as raízes do teatro experimental para fundi-las com outras manifestações artísticas, criando, assim, sempre um produto único e sólido composto pelas mais diversas influências.
Fotos: Divulgação
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