Caixa Cultural São Paulo recebe Renato Braz e o Quarteto Maogani

Nos dias 10, 11 e 12 de junho, os músicos Renato Braz e o Quarteto Maogani, formado por Carlos Chaves (violão de 7 cordas e violão requinto), Sergio Valdeos (violão de 7 cordas), Marcos Alves (violão) e Paulo Aragão (violão de 8 cordas) para o show do disco “Canela”, lançado em junho de 2015.

Composto por 13 canções, o álbum nasceu para homenagear a musicalidade da América Latina. O repertório escolhido traz diversos gêneros populares da região, como o joropo venezuelano, o festejo peruano e o bambuco colombiano, passando pelo lirismo contemporâneo argentino, à singeleza da canção chilena, sem esquecer o bolero e o tango e a música brasileira. O trabalho foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira de 2016, na categoria “Álbum em Língua Estrangeira”.

Para que “Canela” nascesse, três fatos andaram juntos. O primeiro aconteceu em 2012, quando o quarteto Maogani e Renato Braz, conhecidos desde os anos 2000, se reencontraram para um show em parceria, coisa corriqueira desde o começo da amizade. No camarim de Paranapiacaba (SP), Renato Braz revelou ao Quarteto que adorava cantar em espanhol. O grupo, por sua vez, havia feito, em 2008, uma turnê pela Colômbia, Peru e Equador que despertou neles uma grande vontade de fazer um disco em homenagem à América Latina. E, por fim, um dos criadores do Quarteto, Sergio Valdeos, que é peruano, estava de volta ao Rio de Janeiro após uma temporada de trabalho em seu país natal. Estavam dadas todas as deixas para Renato Braz e o Quarteto Maogani perceberem que tinham de fazer um disco juntos – e em espanhol.

O grupo decidiu gravar o disco no Peru. Partiram para lá em setembro de 2013. A viagem foi muito proveitosa. Segundo Aragão, a atmosfera do local contribuiu sobremaneira. Inclusive, em uma das noites, houve uma história curiosa que influenciou diretamente em uma das músicas do disco. “No penúltimo dia das gravações, o Sérgio nos chamou para ver um show numa peña (uma espécie de roda de choro ou roda de samba). Quando chegamos lá, havia duas senhoras cantando. Uma delas era Rosa Guzmán, que tinha uma voz linda! Fizemos o convite para que ela participasse do disco. O Sérgio explicou para a outra senhora que íamos gravar a valsa ‘Perricholi’. Ela nos convidou a tocar a nossa versão e, ao final, nos disse que estávamos fazendo tudo errado; tocou e cantou a versão correta com os músicos que estavam lá para apontar que estávamos equivocadamente tocando rápido demais. Ou seja, se não fosse isso, a música teria sido gravada em outro andamento”, lembra Aragão. No final das contas, Rosa participou da canção “Lamento Esclavo”, de Eliseo Grenet.

CD Canela
A escolha do repertório do álbum “Canela” contou com muita pesquisa na internet. “A gente ia para a casa do Renato e escutava um monte de música. É claro que o Sérgio também nos ajudou muito, pois ele já conhecia muitos artistas latinos, além de ter algumas escolhas afetivas, como a música ‘Julia Florida’, do Agustín Barrios”, explica Aragão.

Neste processo, algumas músicas se transformaram, como o caso de “Vuelvo al sur”, de Astor Piazzolla e Fernando Solanas. De acordo com Aragão, foi por um acaso que ela ganhou a versão definitiva. Um dia, Mauricio Marques estava tocando uma música e Aragão questionou o amigo. Era “Milonga da Espera”, composição dele, que acabou entrando no disco e deu o tom que eles precisavam para a canção de Piazzolla.

Renato Braz e Quarteto Maogani
Caixa Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro – SP
Informações: 3321-4400
Capacidade: 80 lugares
10 a 12 de junho, às 19h15
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Duração: 1h30
Ingressos: Entrada franca
Ingressos distribuídos a partir das 9h no dia de cada show
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal


Renato Braz

Renato Braz é um dos cantores mais importantes surgidos na última década no Brasil: com sua voz de timbre marcante, construiu uma carreira premiada que vem alcançando plateias do mundo inteiro.

 

Quarteto Maogani

O Quarteto Maogani, em seus 21 anos de história, é um dos mais destacados grupos de câmara do cenário brasileiro, desenvolvendo uma sonoridade muito característica em arranjos reconhecidos como dos mais criativos do violão brasileiro nos últimos tempos.

Fotos: Divulgação

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