Marisa Orth e todo o amor que há nessa vida

O Auditório do Ibirapuera recebeu neste domingo (31) Marisa Orth e seu “Romance Vol. III – Agora Vai”, show musical sobre o amor e seus altos, baixos, laterais, engraçados, depressivos, esperançosos e incompreensíveis caminhos.

Dando sequência à primeira turnê, que curiosamente se chamava Vol. II, segundo a própria Marisa, “porque a primeira não deu certo”, este show, diferentemente daquele que tinha a sedução como tema principal, está um passo à frente na relação.

Marisa, que há 20 anos caiu nas graças do público com sua Magda em “Sai de Baixo” uniu seu carisma à experiência de atriz e humorista para entregar ao público um show musical, mas que às vezes é meio teatro, com momentos de stand up. E o resultado não poderia ser melhor.

Marisa trouxe um repertório bem diversificado, que foi do pop ao brega, passando pelas marchinhas de carnaval e por clássicos da MPB. Explorou a dramaticidade por trás da letra de cada música, intercalando-as com memórias e reflexões sobre o amor. Teve “Ciúmes de Você”, “Aparências”, de Marcio Greyck, “Escândalo” do Caetano, “Problema Seu”, do Felipe Cordeiro. E, como sempre, sobrou até para a sogra com a marchinha “A Sogra e o Jacaré”.


Um dos momentos altos do show foi quando Marisa Orth se enrolou em uma cama e discorreu sobre as virtudes da solteirice, como ter a cama só para você e não ser obrigada a ver SporTV. Fez carinho no travesseiro vazio e falou sobre empoderamento da mulher.

 

A sintonia com o público foi vibrante. Cabeças brancas e cabelos azuis lado a lado cantando o amor, seja lá o que isso signifique para cada um. Marisa desceu do palco e perguntou a várias pessoas da plateia seus status de relacionamento. Namorando, tretando, casada há 40 anos, viúvo, foram algumas das respostas e, a cada uma, seguia-se um comentário sagaz.

Foi um espetáculo romântico para quem ama, para quem levou um pé na bunda, para quem escolheu esperar e para quem não escolheu, mas está esperando.

Na Praça do Obelisco, a poucos metros do Auditório, Alceu Valença comandava a festa de encerramento das comemorações de São João e, com outra multidão, entoava versos de “La Belle de Jour”.

Ah hei! Existe amor em São Paulo.

 

Fotos: Divulgação / Isaac Gonçalves

Isaac Gonçalves

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