Segunda parte da programação teatral do MIRADA

Programação teatral do inicio da semana, com mais 20 espetáculos originários da Bolívia, Brasil, Equador, Espanha, México e Portugal participantes do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos…

 

Espanha

Please Continue, Hamlet
Hamlet no banco de réus, Ofélia e Laertes como testemunhos e Polônio, a vítima de um golpe de espada desferido pelo Príncipe da Dinamarca. Todos eles são interpretados por atores, mas o juiz, o fiscal e os advogados são profissionais que atuam em tribunais da região, enquanto o júri é integrado por espectadores sorteados durante a sessão, ou melhor, a audiência. Eis o palco do direito arquitetado pelos criadores Roger Bernat e Yan Duyvendak para refletir sobre o papel da justiça no cotidiano dos cidadãos – que o diga o Brasil em tempos de transmissões ao vivo de julgamentos do STF.
Teatro e direito sempre foram percebidos como fóruns próximos à arte da representação, cada um de acordo com seus códigos. A performance convoca os meios, as linguagens, as convenções e a força dramática para redesenhar o lugar e o rito do que é justo em toda a sua subjetividade. Ao público é dado o protagonismo – à luz de Shakespeare –, estimulando o sentido cívico e embaralhando a distância entre a definição de justiça que ele tem e aquela atribuída pelo Estado.
Foto: Marc Ginot

Ficha Técnica:
Concepção e Direção: Roger Bernat e Yan Duyvendak, Elenco: Matheus Macena, Iléa Ferraz e Mariana Nunes, Direção Técnica: Txalo Toloza, Produção Executiva: Helena Febrés Fraylich
Projeto Apoiado Pelo Institut Ramon Llull

Sala Princesa Isabel
Paço Municipal – Praça Mauá, s/nº – Centro Histórico – Santos
Duração: 140 minutos
Segunda-feira, 12 de setembro, às 15h
Quarta-feira, 14 de setembro, às 15h
Classificação: 14 anos
Ingressos:
Venda de ingressos limitada a um par por pessoa
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Birdie
A expressão em inglês designa tanto o passarinho como o lance de golfe em que o jogador acerta a bola no buraco com uma tacada. O espetáculo da Agrupación Señor Serrano (vencedora do Leão de Prata da Bienal de Veneza 2015) estreou em julho deste ano e discute o fenômeno da miragem. Aquilo que é falso e se faz passar por verdadeiro. A performatividade põe em xeque a imagem.
De um lado, guerra, seca, desmatamentos, exploração de trabalho, instabilidade política, péssimas condições sanitárias, perseguições, deportações forçadas, escassez de alimentos, etc. De outro, supermercados, segurança na rua, estabilidade familiar, banheiros, liberdades, trabalho remunerado, bem-estar social, reciclagem, energias renováveis, mobilidade social, etc.
Bandos de pássaros sobrevoam essas miragens. Migram aos milhares. Seus deslocamentos geram formas impossíveis no céu. E por trás deles há planetas, asteroides, galáxias, sangue, células, armas, átomos, elétrons, publicidade, quarks, ideologia, medo, resíduos, esperança, etc. No cosmo, a quietude inexiste, é uma quimera. A única coisa que há é o movimento. Pois se é impossível parar um elétron, qual o sentido de abrir valas contra a revoada de pássaros? O coletivo de Barcelona mostra ainda uma segunda performance no MIRADA, Brickman Brando Bubble Boom.
Foto: Pasqual Gorriz

Ficha Técnica:
Criação: Àlex Serrano, Pau Palacios e Fernando Dordal, Elenco: Alberto Barberá, Àlex Errano e Pau Palacios, Voz: Simone Milsdochter, Desenho de Luz: Alberto Barberá, Desenho de Som: Roger Costa Vendrell

Teatro Guarany
Praça dos Andradas, 100 – Centro – Santos
Duração: 60 minutos
Segunda-feira, 12 de setembro, às 18h e 21h30
Classificação: 14 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Brasil

O Avesso do Claustro
Personagem fundamental nas históricas lutas de resistência política durante a ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985) e na construção do ideário das comunidades eclesiais de base, sempre engajadas nos movimentos sociais, o arcebispo de Recife e Olinda, o cearense Dom Helder Câmara (1909-1999), tem sua memória posta no coração da dramaturgia suscitada enquanto missa profana e poema, celebração da utopia e da canção, no dizer dos criadores da Cia. do Tijolo – SP, que tem 8 anos.
Inspirado pela lira do bispo poeta, o espetáculo anseia por uma vigília coletiva para os dias de hoje a partir da trajetória de três figuras cheias de questionamentos e perplexidades diante da realidade, perambulantes pelo centro de três grandes cidades brasileiras: um pesquisador em visita ao Recife, uma moradora que caminha pelas ruas de São Paulo e uma cozinheira que vive aos pés do Cristo Redentor. Num encontro inusitado, elas se permitem ouvir de novo a voz do religioso, seus lampejos. Em diálogo com ele, ora concordam, ora se permitem questioná-lo. Em comum, não lhes faltam força para imaginar novos horizontes em tempos obscuros.
Foto: Alécio Cezar

Ficha Técnica:
Dramaturgia: Cia. do Tijolo, Direção: Dinho Lima Flor e Rodrigo Mercadante, Elenco: Lilian de Lima, Karen Menatti, Dinho Lima Flor, Rodrigo Mercadante e Flávio Barollo, Direção Musical: William Guedes Orientação Teórica Frei Betto Músicos Maurício Damasceno, William Guedes, Clara Kok Martins, Eva Figueiredo e Leandro Goulart

Ginásio Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida – Santos
Duração: 150 minutos
Tradução em Libras
Segunda-feira, 12 de setembro, às 18h
Classificação: 12 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Portugal

Untitled, Still Life [Sem Título, Natureza Morta]
Ao entrar no espaço que lembra um estúdio fotográfico, o público avista um sofá. A maioria se dirige a ele. Senta ou sonda o entorno. À frente, há uma máquina fotográfica afixada em tripé e ladeada por dois refletores. O dispositivo capitaneia a narrativa despida de palavras e apoiada nos corpos que ocupam a paisagem da comunidade provisória ali constituída, inclusive de performers.
O ato fotográfico é acessível a qualquer um que queira disparar o clique e conformar o álbum de família digital. A partir dessa instabilidade presumida, que joga com conceitos das artes visuais, como “sem título” e “natureza-morta”, a peça expõe artificialidades ou ilusões de como as imagens alavancam histórias através do tempo. E são transformadas com a ação e os movimentos do som incidental e da luz. Tudo nessa performance de 2009 se dá em prol de dramaturgias internas.
Parceiros artísticos há 14 anos, Ana Borralho e João Galante tiveram o insight ao ler uma frase pichada num muro: “Dança como se ninguém estivesse a ver-te”. Daí pensarem a presença e a sua destinação de futuro contida num retrato.
Foto: Ana Borralho & João Galante

Ficha Técnica:
Conceito: Ana Borralho, João Galante e Rui Catalão, Direção Artística: Ana Borralho e João Galante, Dramaturgia: Rui Catalão, Cocriação: Ana Borralho, Cláudio da Silva, João Galante, Rui Catalão e Yingmei Duan, Colaboradores: Antonia Buresi e Claudio da Silva

Cadeia Velha
Praça dos Andradas, s/nº – Centro – Santos
Duração: 80 minutos
Segunda-feira, 12 de setembro, às 19h
Classificação: 14 anos
Ingressos:
(Venda de ingressos limitada a um par por pessoa)
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Brasil

A Tragédia Latino-Americana E A Comédia Latino-Americana. Segunda Parte: A Comédia Latino-Americana
O Mirada acolhe a estreia nacional da segunda parte desse projeto do diretor Felipe Hirsch (ele transita por Rio, São Paulo e Curitiba) e do coletivo Ultralíricos, com o qual vem trabalhando desde o pontapé da série Puzzle, em 2013, a convite da Feira do Livro de Frankfurt. São três anos de convicção mais experimental e política a reboque de questões como educação, violência, consumo desenfreado e até os recentes protestos pelo país.
A ideia inicial era fazer “uma tragédia um pouco mais carinhosa e a comédia, mais violenta”, no dizer do diretor. E assim deve ser. A música confere um caráter ritual que desdobra em uma espécie de “ópera macabra ou musical farrista”.
Na dramaturgia, fragmentos, adaptações e trechos de narrativas em prosa ou poesia da Argentina (J. P. Zooey, Pablo Katchadjian), Brasil (Lima Barreto, Sousândrade), Chile (María Luisa Bombal), Colômbia (Andrés Caicedo), Cuba (Cabrera Infante), Equador (Pablo Palacio), México (Juan Villoro) e Uruguai (Héctor Galmés e Horacio Quiroga), entre outros. A cenografia é delimitada por enormes blocos de isopor. Ultralíricos – SP/RJ
Foto: Patrícia Cividanes

Ficha Técnica:
Direção Geral: Felipe Hirsch, Elenco: Caco Ciocler, Caio Blat, Georgette Fadel, Isabel Teixeira, Javier Drolas, Julia Lemmertz e Magali Biff, Direção de Arte: Daniela Thomas e Felipe Tassara, Iluminação: Beto Bruel, Direção Musical, Música Escrita e Arranjos: Arthur de Faria, Músicos: Ultralíricos Arkestra

Teatro Coliseu
Rua Brás Cubas, s/nº – Centro – Santos
Duração: 240 minutos
Segunda-feira, 12 de setembro, às 19h
Terça-feira, 13 de setembro, às 19h
Classificação: 18 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Espanha

¿Que Haré Yo Com Esta Espada? (Aproximación A La Ley Y Al Problema De La Belleza) [O Que Eu Farei Com Esta Espada? (Aproximação À Lei E Ao Problema Da Beleza)]
O trabalho que estreou no Festival d’Avignon, em julho, parte de dois crimes transcorridos em Paris, em diferentes épocas: o canibalismo do universitário japonês Issei Sagawa, que esquartejou a namorada e declarou tê-lo feito por amor, em 1981, e o terrorismo dos ataques em série que deixaram 130 mortos na noite de 15 de novembro de 2015.
Apesar de macabros, a artista catalã Angélica Liddell prospecta em cena uma tomada de consciência da própria existência, uma rebelião contra o racionalismo. Fala em nostalgia do infinito, do inapreensível, do sagrado.
E cita Nietzsche: “Como transformar a violência real em poética para nos colocar em contato com a verdadeira natureza, mediante atos contra a natureza?”.
Radicada em Madri e desde 1993 à frente da companhia Atra Bilis (bílis negra), notabilizada pela força performativa, ela delineia a história de uma mulher que deseja se matar (e matar) desde que nasceu, mas transfere à ficção as tendências homicidas. Sua angústia vem do dilema entre a palavra (poesia) e a ação (vida), que parece articular-se sempre no triângulo beleza, erotismo e morte.
Foto: Luca Del Pia

Ficha Técnica:
Texto, Direção, Cenografia e Figurinos: Angélica Liddell, Elenco: Victoria Aime, Louise Arcangioli, Paola Cabello Schoenmakers, Sarah Cabello Schoenmakers, Lola Cordón, Marie Delgado Trujillo, Greta García, Masanori Kikuzawa, Angélica Liddell, Gumersindo Puche, Estíbaliz Racionero Balsera, Ichiro Sugae, Kazan Tachimoto, Irie Taira e Lucía Yenes, Desenho de Luz: Carlos Marquerie, Desenho de Som: Antonio Navarro

Teatro Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida – Santos
Duração: 270 minutos
Segunda-feira, 12 de setembro, às 19h
Terça-feira, 13 de setembro, às 19h
Classificação: 18 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Brasil

Blanche
Com mais de seis décadas de ofício, o diretor Antunes Filho monta Um Bonde Chamado Desejo, do americano Tennessee Williams, como “uma viagem em fonemol”, referência à língua inventada e improvisada emitida pelos atores (lembra o russo). Um atalho para o inconsciente individual e coletivo, convidando o espectador a processar sua própria narrativa. Levado à cena pela primeira vez em Nova Velha Estória (1991), o recurso aperfeiçoa a técnica vocal e é fonte de insights na criação.
O Centro de Pesquisa Teatral (CPT/Sesc) e o Grupo de Teatro Macunaíma subvertem expectativas quanto ao texto cuja maioria das montagens, no Brasil e lá fora, é impregnada da versão cinematográfica de 1951, do diretor Elia Kazan, consagrada por Marlon Brando e Vivien Leigh. Dentre as mudanças mais evidentes está a revisão do eixo dramático envolvendo a irmã e o cunhado da personagem realçada no título. O convívio de Blanche DuBois sob o mesmo teto com Stella e Stanley reabre feridas e impõe alteridades desesperadoras no plano da dignidade humana, da qual o machismo arraigado é apenas uma face. Blanche é interpretada por um ator.
Foto: Ines Correa

Ficha Técnica:
Preparação de Corpo e Voz e Direção Geral: Antunes Filho, Elenco: Marcos De Andrade, Andressa Cabral, Felipe Hofstatter, Alexandre Ferreira, Luis Fernando Delalibera, Bruno Di Trento, Stella Prata, Vânia Bowê, Antonio Carlos De Almeida Campos e Guta Magnani, Assistente de Direção: Francieli Fischer, Figurinos: Telumi Hellen, Ambientação: José De Anchieta

Prédio de Prevenção Sabesp
Al. Doutor Adriano Neiva da Mota e Silva, 45 – José Menino – Santos
Duração: 120 minutos
Segunda-feira, 12 de setembro, às 20h
Terça-feira, 13 de setembro, às 20h
Classificação: 14 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Cabras – Cabeças Que Voam, Cabeças Que Rolam
O espetáculo é dividido em quatro partes que abordam a relação entre guerra, festa e fé, cerne da pesquisa criativa do novo trabalho da Cia. Teatro Balagan – SP, nome definido há 16 anos e que em variados idiomas pode significar feira, baderna, bagunça ou confusão, aludindo ainda à coexistência de múltiplas vozes, invariavelmente em fricção. Nas vinte crônicas independentes a vingança, o modo de ser guerreiro, o inimigo, os conflitos parentais e o nomadismo são narrados e cantados por vozes humanas, de animais e, ainda, de seres (da natureza, objetos). Uma ode à polifonia.
De essência insubmissa, as cabras – ou os cabras – se aventuram em um mundo onde “viver é perigoso”. O ponto de partida é o cangaço e outros movimentos de resistência ao Estado, guerras não oficiais no Brasil que sempre foram fortemente reprimidas e findaram, em geral, com a decapitação e exposição das cabeças de seus líderes. Histórias que se mantêm presentes no imaginário popular, nas manifestações sagradas e nas festividades, como atos constantes de luta e criação.
Obra verticalizada pela depuração continuada da equipe da diretora e pedagoga Maria Thais.
Foto: Ale Catan

Ficha Técnica:
Texto: Luís Alberto de Abreu, Dramaturgia: Luís Alberto de Abreu e Maria Thaís, Direção: Maria Thaís, Assistente de Direção: Murilo de Paula, Elenco: André Moreira, Deborah Penafiel, Flávia Teixeira, Gisele Petty, Gustavo Xella, Jhonny Muñoz, Maurício Schneider, Natacha Dias, Val Ribeiro e Wellington Campos, Cenografia e Figurino: Márcio Medina, Direção Musical: Dr Morris, Preparação Musical (Rabecas): Alício Amaral, Iluminação: Aline Santini, Produção: Géssica Arjona.
Projeto Apoiado pela Fundação Arquivo e Memória de Santos

Casa da Frontaria Azulejada
Rua do Comércio, 96 – Centro – Santos
Duração: 120 minutos
Segunda-feira, 12 de setembro, às 20h
Terça-feira, 13 de setembro, às 20h
Classificação: 12 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

O Ano em Que Sonhamos Perigosamente
O oitavo trabalho do grupo do Recife reflete acumulações de 11 anos de trajetória – agora 12 – e a parabólica do momento político, as ocupações, os movimentos e a natureza das coisas. A cena pode ser entendida como uma plataforma de ações performativas que se deixam ocupar/contaminar pela dança, pelo teatro, pela obra cinematográfica do grego Yorgos Lanthimos, pelo pensamento filosófico do esloveno Slavoj Žižek e do francês Gilles Deleuze, entre outras variantes.
Não se pretende um enredo, mas sensações e possibilidades de recepção a uma obra aberta a múltiplas interpretações. Seus artistas sinalizam com uma espécie de ensaio de resistência ético-estético-político. Pode-se fugir, esconder, confundir, sabotar, cortar caminho. Há, porém, a subjetividade e todas as suas nervuras e ramificações.
Os chamados “sonhos emancipatórios” como Occupy Wall Street, Primavera Árabe e Revolução Laranja na Ucrânia, distintos nas expressões e questionamentos, reverberaram no Brasil de Junho de 2013. O espírito de época sintoniza ainda o Movimento Ocupe Estelita, na capital pernambucana, latente e pulsante nos corpos e discursos. Grupo Magiluth – PE
Foto: Renata Pires

Ficha Técnica:
Direção: Pedro Wagner, Dramaturgia: Giordano Castro e Pedro Wagner, Elenco: Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Mário Sergio Cabral, Pedro Wagner e Os Atores Stand In Lucas Torres e Bruno Parmera, Preparação Corporal: Flávia Pinheiro, Desenho de Som: Leandro Oliván, Desenho de Luz: Pedro Vilela

Ginásio Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida – Santos
Duração: 75 minutos
Tradução em Libras
Segunda-feira, 12 de setembro, às 21h
Terça-feira, 13 de setembro, às 21h
Classificação: 16 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Zona!
Crime, fuga e mágoas afogadas em mesa de bar. A sequência a seco não dá conta da experiência repleta de camadas. Designação de pequenos barcos ou prostitutas, conforme o dicionário, as catraias são determinantes no itinerário cênico pela zona portuária santista. No primeiro episódio, em alto mar, personagens perdidos, em busca de ou fugindo de, conduzem o público pela rota perto dos navios. No segundo, fantasmas do bairro do Paquetá cortejam o espectador pelas ruas e contornos do Mercado Municipal, área outrora de luxo e hoje abandonada. Por fim, o ato em ponte com os cabarés, à la teatrólogo alemão Bertolt Brecht, numa ocupação de moradia.
Autorreconhecido herdeiro dos tempos maus da obra de Plínio Marcos (1935-1999), O Coletivo formado em 2012, na Vila do Teatro, espaço de ocupação artística e gestão cultural autônoma, quer dar sequência às denúncias do ponto onde o autor as deixou. Por uma perspectiva caiçara e cuja linguagem abarque elementos da performance, da cena épica e das artes plásticas. Em permanente diálogo com a população, seres reais e, não raro, à margem na vida contemporânea. O Coletivo – SP.
Foto: Adilson Felix

Ficha Técnica:
Direção: Kadu Veríssimo, Texto e Dramaturgia: Criação Coletiva, Elemco: Junior Brassalotti, Caio Martinez Pacheco, Renata Carvalho, Priscila Ribeiro, Malvina Costa, Léo Bacarini, Thays Brats, Raquel Rollo, Mario Acenjo e Kadu Veríssimo, Figurinos e Ilustrações: Kadu Veríssimo, Iluminação: O Coletivo, Técnica: Fernando Henrique de Gois, Rafael Ruano, Wendell Medeiros e Rebecca Alba

Bacia do Mercado
Praça Iguatemi Martins, s/nº – Paquetá – Santos
Ponto de encontro no Sesc Santos. Espetáculo itinerante. Não acessível para pessoas com mobilidade reduzida
Duração: 80 minutos
Segunda-feira, 12 de setembro, às 21h30
Quarta-feira, 14 de setembro, às 21h30
Quinta-feira, 15 de setembro, às 21h30
Classificação: 18 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Teatro dos Seres Imaginários
A fantasia voa longe no espetáculo de manipulação de bonecos cuja forma narrativa é estruturada a partir do espaço comum em que o espectador acompanha a sessão, de cerca de dez minutos, postando-se em pé e colocando a cabeça num dos buracos de uma caixa de tecido suspensa a 1,5 metro do chão. A relação intimista com as figuras que brotam lá dentro ocorre a poucos centímetros do rosto das pessoas – na altura de olhos, nariz e ouvidos – e no plano aéreo.
Adultos e crianças são transportados a outras realidades por meio de procedimentos cênicos essencialmente artesanais e dignos das imagens em terceira dimensão. Texturas, desenhos de luz, sombras e sonoridades realçam fisionomias e corpos nas chaves do humano, do animal e da máquina.
Criaturas do território do fantástico. A vivência singular permite, por exemplo, aferir mais atentamente correspondências entre um helicóptero e um tubarão na interposição de céu e mar.
O trabalho multissensorial de 2014 deu origem à Companhia Seres Imaginários, de Porto Alegre, sob inspiração de O Livro dos Seres Imaginários (1957), de Jorge Luis Borges e Margarita Guerrero.
Foto: Rique Barbo

Ficha Técnica:
Roteiro e Direção de Cena: Jackson Zambelli, Criação e Direção Geral: Cacá Sena, Manipulação: Cacá Sena, Charles Kray, Elaine Regina e Silvia Regina Ferrare, Iluminação: Carol Zimmer, Técnico de Montagem: Daniel Fetter, Produção Executiva: Éverton Kniphoff e Vinicius Corrêa, Desenho e Construção dos Seres: Oba – Oficina de Bonecos Animados (Heloisa Dile, Renato Spinelli e Duda Spinelli), Música: Sérgio Olive

Área de Convivência Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida – Santos
Espetáculo de Rua
Terça-feira, 13 de setembro, às 17
Quarta-feira, 14 de setembro, 17h
Sessões de 10 minutos
Classificação: Livre
Grátis

 

Bolívia

Trilogía Boliviana [Trilogia Boliviana]
O projeto especial composto de três peças apresentadas no mesmo dia – elas são independentes, o espectador decide se as vê em sequência ou não – ambiciona transmitir uma percepção crua, contemporânea e menos romântica do país onde cerca de 70% da população é de origem indígena. O Brasil faz com a Bolívia o mais extensivo trecho de fronteira: 3.126 km rente aos estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A reflexão estética sobre o território vizinho é simbolizada pelos planos celestial, terreno e subterrâneo, tríade comum às culturas daquele povo e evocada em cena por meio de cabaré, teatro e dança.

A obra Ukhupacha – Mortales, sendo aquela uma expressão quéchua correspondente a terra interior, investe no humor árido dos índios aimarás. Na mitologia andina, a lógica da resistência deveria vir de mão dada com a reciprocidade, o que jamais se deu. A incompletude é uma característica desse mundo “inferior”, onde a morte é o melhor ambiente para a felicidade.

 

 

O plano terreno desponta em Kaipi – Morales, ou “aqui”, na língua oficial da nação de Evo Morales, seu primeiro presidente índio. Expressa dramaturgia de tom documental com três histórias de pessoas que vivem no espaço urbano. Elas são distintas, mas se veem refletidas entre si e se entrelaçam graças a uma quarta presença: os paradoxos de um estado dito plurinacional, mas com dilemas internos para aceitar o outro, por exemplo.

Já o equivalente ao céu, o nível etéreo, é representado na coreografia Hejarei – Inmortales, baseada nas mulheres guaranis que falam do ceder feminino enquanto “deixar ir”, oposto ao masculino “conquistar”. Como em toda a América Latina, a discriminação generalizada perpassa noções de classe, de raça e de gênero. Em contrapartida, a mais brava e heroica luta deriva das mal denominadas minorias, invariavelmente ignoradas.

Isso tem a ver com o ato crucial de empreender força, pujança e assumir-se motor de transformação da realidade. A trilogia é adepta do sincretismo que dá e absorve o que lhe soa alheio, numa espécie de antropofagia empática – antropofagia no sentido preconizado pelo poeta modernista e paulista Oswald de Andrade (1890-1954), para quem “só a antropofagia nos une”, como lembra o próprio diretor e dramaturgo Diego Aramburo, nascido em Cochabamba há 44 anos.
Amplamente falada ao longo da Cordilheira dos Andes, a língua quéchua é seminal aos criadores do coletivo Kiknteatr, fundado em 1997. A começar pelo nome que traz o artigo variável daquele idioma autóctone e significa “igual”, “parecido” ou “mesmo”. A depender do uso, portanto, Kiknteatr pode significar, paradoxalmente, “como teatro” ou “teatro mesmo”. Aramburo vê na transdisciplinaridade de linguagens o trampolim para a poetização e problematização.
Foto Ukhupacha: Valeria Vega
Foto Morales: Orus
Foto Hejarei: Paola Lambertin

Ficha Técnica:
Criação: Diego Aramburo / Kiknteatr, Conceito, Direção e Encenação: Diego Aramburo, Elenco: Camila Rocha, Jorge Alaniz, Abigail Villafán, Winner Zeballos, Rocío Canelas e Convidados

Auditório Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida – Santos
Classificação: 16 anos

Ukhupacha – Mortales [Mortais]
Duração:60 minutos
Terça-feira, 13 de setembro, às 18h
Quarta-feira, 14 de setembro, às 18h
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

Kaipi – Morales
Duração: 95 min
Terça-feira, 13 de setembro, às 20h
Quarta-feira, 14 de setembro, às 20h
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

Hejarei – Inmortales [Imortais]
Duração: 50 min
Terça-feira, 13 de setembro, às 22h
Quarta-feira, 14 de setembro, às 22h
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Brasil

Caranguejo Overdrive
Dois pernambucanos, o geógrafo Josué de Castro, autor de Geografia da Fome (1946), e o cantor e compositor Chico Science, da banda Nação Zumbi, projetados com o álbum Da Lama ao Caos (1994), são algumas das referências da carioca Aquela Cia. de Teatro no bem-sucedido espetáculo que comemorou sua primeira década, em 2015, e radiografou flagelos contemporâneos das grandes cidades brasileiras sob o prisma do Rio de Janeiro.
Forte impacto na visualidade, referencial na literatura e um atravessamento da música com a cena ajudam a alicerçar a criação colaborativa.
A dramaturgia plasma Cosme, o nome do sujeito recortado do século XIX em ziguezague pelas condições de soldado e de operário. Mergulhado na Guerra do Paraguai, ele sofre um colapso, enlouquece no front, volta ao Rio natal em 1870, procura o Mangue (hoje a Praça Onze), se emprega na construção do canal, saneia suas ideias com um historiador, uma cientista, um oficial do exército e uma prostituta, até novamente abandonar tudo, entrar em delírio, vagar pela noite, ser apanhado por uma tempestade e tornar-se enfim um caranguejo. Aquela Companhia – RJ.
Foto: Elisa Mendes

Ficha Técnica:
Texto: Pedro Kosovski, Direção: Marco André Nunes, Elenco: Carolina Virguez, Alex Nader, Eduardo Speroni, Fellipe Marques, Matheus Macena e Ravel Andrade, Músicos em Cena: Felipe Storino, Maurício Chiari e Samuel Vieira, Iluminação: Renato Machado, Ideia Original: Maurício Chiari, Produção: Núcleo Corpo Rastreado

C.A.I.S. Vila Mathias
Av. Rangel Pestana, 184 – Vila Mathias – Santos
Duração: 60 minutos
Terça-feira, 13 de setembro, às 20h
Quarta-feira, 14 de setembro, às 20h
Classificação: 16 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Hamlet – Processo de Revelação
Para a tragédia das mais cultuadas nos palcos do mundo e repleta de perguntas saídas da cabeça do príncipe de Shakespeare, o Coletivo Irmãos Guimarães – do DF, 26 anos de história – e o ator e dramaturgo Emanuel Aragão – da Cia. das Inutilezas, do RJ – não fecham questão: “É melhor aguentar na sua cabeça as pedradas e flechadas do azar que se apresenta pra você ou pegar em armas contra um mar de problemas, enfrentá-los e acabar com eles?”. O enredo do filho que vinga a morte do pai pelo tio, assassino do rei-pai e doravante nos braços da rainha-mãe, transforma-se em pretexto para o solo balizado pelos conceitos da performance art.
A proposição é radical: um ator em cena, o próprio dramaturgo, Aragão, tenta reconstruir a narrativa em um diálogo direto e aberto com a plateia. O espetáculo traz a concretização cênica do percurso trágico do personagem-título e deseja aliar, in loco, a dimensão performática do ator à dimensão do personagem presente na fábula. Busca-se responder a uma pergunta fundamental ao teatro contemporâneo: “Seria possível que, na cena, o ator/performer atravesse, concretamente, a trajetória da personagem?”.
Foto de Ismael Monticelli

Ficha Técnica:
Direção: Adriano Guimarães e Fernando Guimarães, Dramaturgia e Elenco: Emanuel Aragão, Colaboração na Direção e Figurino: Liliane Rovaris, Iluminação: Dalton Camargos e Sarah Salgado, Cenografia: Adriano Guimarães, Fernando Guimarães e Ismael Monticelli, Projeto Gráfico, Website e Fotografia: Ismael Monticelli, Administração: Verônica Prates – Quintal Produções, Direção Técnica: Josenildo de Sousa, Assistência Geral: Eduardo Jaime

Teatro Guarany
Praça dos Andradas, 100 – Centro – Santos
Duração: 120 minutos
Terça-feira, 13 de setembro, às 21h
Quarta-feira, 14 de setembro, às 21h
Classificação: 14 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Monotonia de Aproximação e Fuga Para Sete Corpos
Interligações, contrapontos, modulações e polifonias são nuanças da forma de composição musical denominada fuga. À semelhança da peça instrumental ou vocal, a dança e o mover instauram uma instância na qual para se afirmar o mesmo é preciso ser sempre outro. Sendas para o espetáculo de 2014 da companhia catarinense que há 22 anos desenvolve pesquisa e formação continuadas.
O corpo performa com o ambiente (Bach na trilha) um constante moldar-se às condições de existência. A interdependência de opostos já não é aqui apenas uma condição entre os corpos, mas, sim, entre tudo o que configura um modo de existir. Som, luz e movimento são codependentes e autores dessa experiência performativa de construção de mundo.
Sempre confluindo teoria e prática em sua lida técnica particular, o Grupo Cena 11 Cia. de Dança – SC propõe que existir pode ser dançar. Um ato de emergência daquilo que surge das relações no tempo, com o poder de revelar novos caminhos e universos possíveis, compartilhados com o público que ocupa uma arena no palco, ou seja, no mesmo plano dos artistas.
Foto de Cristiano Prim

Ficha Técnica:
Criação, Direção e Coreografia: Alejandro Ahmed, Direção de Trilha Sonora, Iluminação e Direção de Montagem: Hedra Rockenbach, Criação, Pesquisa e Performance: Aline Blasius, Edú Reis, Jussara Belchior, Karin Serafin, Marcos Klann, Mariana Romagnani, Natascha Zacheo Piano (J. S. Bach, Fuga Nº 22) Alberto Heller, Assistência e Ensaio: Malú Rabelo, Assistência de Criação e Direção: Mariana Romagnani, Assistência de Direção, Ensaio e Figurino: Karin Serafin

Teatro Brás Cubas
Av. Senador Pinheiro Machado, 48 – Vila Mathias – Santos
Duração: 50 minutos
Terça-feira, 13 de setembro, às 22h
Quarta-feira, 14 de setembro, às 22h
Classificação: 14 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Ãrrã
Nem sempre o pensamento condiz com o lugar em que se está fisicamente. A suspensão de tempo no espaço é um parâmetro que Vinicius Calderoni gosta de perseguir na dramaturgia, ofício a que se dedica desde 2010 em carreira endereçada ainda ao audiovisual e à música, integrante da banda 5 a Seco. Toda interjeição ou onomatopeia, como a do título, têm a ver com o brincar com a língua. É por aí que caminha a peça, num jogo de vozes para dois atores em que a escrita/fala soa como se não fosse da jurisdição do que é um texto dramático, num moto-contínuo de diálogos e narrações feéricos.
A cena sobre espectadores de um concerto para violoncelo solo salta para a de um casal em seu primeiro encontro na mesa de um bar. De uma aldeia na África, onde uma menina sofre o ritual de mutilação genital, súbito, gira para o pronunciamento de um presidente da República. E assim vai. Sob figurino-base preto e espaço cênico dominantemente vazio triunfa a dupla de comediantes (na acepção mais nobre) Luciana Paes e Thiago Amaral, conhecida da Cia. Hiato e, aqui, tornando singular o trabalho da Cia. Empório de Teatro Sortido – SP.
Foto: Pedro Bonacina e Renata Terepins

Ficha Técnica:
Texto e Direção: Vinicius Calderoni, Elenco: Luciana Paes e Thiago Amaral Cenografia Valentina Soares e Wagner Antônio, Figurino: Valentina Soares, Iluminação: Wagner Antônio, Música Original e Sonoplastia: Miguel Caldas, Direção de Movimento: Fabrício Licursi, Assistência de Direção: Guilherme Magon, Direção de Produção: César Ramos e Gustavo Sanna

Ginásio Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida – Santos
Duração: 75 minutos
Quarta-feira, 14 de setembro, às 19h e 21h
Classificação: 12 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

Equador

Barrio Caleidoscópio [Bairro Caleidoscópio]
Com um mote próximo do imponderável, o solo do ator, pedagogo, dramaturgo e diretor Carlos Gallegos pretende surpreender o público com as peripécias de Afonsito. O personagem (uma criança, um adolescente, um adulto?) amanhece com vontade de ir ao armazém e comprar pão, talvez dois, dependendo do preço. Mas seu maior obstáculo será encarar, finalmente, o sentimento que costuma paralisá-lo: o medo.
Ele precisa aparentar ser como os outros, os chamados “normais”. O trajeto implica passar velozmente pela rua e evitar as piadas dos amigos, a melancolia dos garis e o encontro com sua comadre maquiavélica. E na hora de o vendedor lhe entregar o saco de pão, terá de zelar para não explodir o músculo vermelho dentro do peito.
É a partir de uma cadeira que o ator faz essas andanças imaginárias e colore sua fala por meio da gestualidade e da expressão facial. Como no artefato óptico do título, são múltiplas as simetrias. O equatoriano Carlos Gallegos criou a companhia Teatro de la Vuelta em 2002.
Foto de Mateo Garcia

Ficha Técnica:
Texto, Atuação e Direção-Geral: Carlos Gallegos, Direção de Atores: Gonzalo Gonzalo, Cenografia e Figurinos: Virginia Cordero A, Música Original: Miguel Sevilla

Prédio de Prevenção Sabesp
Al. Doutor Adriano Neiva da Mota e Silva, 45 – José Menino – Santos
Duração: 60 minutos
Quarta-feira, 14 de setembro, às 20h
Quinta-feira, 15 de setembro, às 20h
Classificação: 14 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

 

México

Psico - Embutidos, Carnicería Escénica [Psico – Embutidos, Açougue Cênico]
Essa instalação cênica replica o aparelho digestivo e propõe uma vivência sensorial. A obra deglute os espectadores, estimulados a transitar pela estrutura em diferentes níveis, no limite de oito metros, contornando obstáculos até a etapa em que todos são, simbolicamente, expulsos do mecanismo. O objetivo do autor e diretor Richard Viqueira é transmitir a sensação de cumprir essa travessia dentro do organismo vivo. O itinerário é feito de encontros com os 19 atores, um a um, cujas idades variam na casa dos 20 aos 80.
A instalação funciona tanto no momento da apresentação – ocupada pelo público que percorre as estações e pode ser contemplado por quem está de fora – como após a sessão, quando vira também uma videoinstalação disponível à visitação nos demais horários, com telas embrenhadas no esqueleto cenográfico. Esse ambiente autônomo e interativo abrigará atividades ao longo do MIRADA.
Nome despontado nas artes cênicas mexicanas na década passada, Viqueira assina essa produção para a Compañía Titular de Teatro de la Universidad Veracruzana, fundada em 1953, a mais longeva do país.
Projeto Apoiado pelo Fondo Nacional para la Cultura y las Artes de México
Foto: Samuel Padilla Adorno

Ficha Técnica:
Autor e Diretor: Richard Viqueira, Elenco: Marisol Osegueda, Gustavo Schaar Prom, Benjamín Castro, Karla Camarillo, Karina Meneses, Freddy Palomec, Marco Rojas, Gema Muñoz, Alba Dominguez, Rogerio Baruch, Féliz Lozano, José Palacios, Raul Santamaría, Hector Moraz, Carlos Ortega, Juana Maria Garza, Hosmé Israel, Jorge Castillo Luz Maria Ordiales, Cenografia e Iluminação: Jesús Hernández, Conceito de Espaço: Jesús Hernández e Richard Viqueira, Desenho Sonoro e Música Original: Joaquín López Chas (A Partir de Tema e Variações de Wim Mertens), Diretor Artístico: Luis Mario Moncada Gil, Assistente de Direção: David Ike, Produtor Executivo: Yoruba Romero
Compañía Titular de Teatro de la Universidad Veracruzana

Área de Convivência Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 Aparecida – Santos
Duração: 120 minutos
De quarta-feira a sábado, 14 a 17 de setembro, às 22h30
Domingo, 18 de setembro, às 19h30
Classificação: 18 anos
Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00
R$ 10,00

Amanhã, tem a terceira e última parte da programação teatral, com mais 13 espetáculos participantes do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos.

Foto de capa Birdie: Pasqual Gorriz

1 comentário em “Segunda parte da programação teatral do MIRADAAdicione o seu →

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