Vitoru Kinjo faz show no Centro da Terra

No palco do Centro da Terra desde o início do mês de setembro, a ocupação RE/DES, do artista visual e performer Shima chega ao fim com a apresentação de Vitoru Kinjo e sua performance Diaspórico Regional no dia 23 de setembro…

 

 

 

 

Performance de registro musical, fruto de um processo de pesquisa, reflexão e criação de mais de 15 anos, em que o artista e sociólogo pesquisou temas como cidade, economia-ecologia, cultura-sociedade, identidade, gênero, diáspora, etnicidade, sexualidade, corpo, performance, política, canto e ação social. Ele parte da imaginação sobre as raízes, sempre transculturais, mas ligadas ao presente e ao passado do mundo e da terra, para uma música que seja ao mesmo tempo antropofagicamente ancestral e contemporânea. Vitoru Kinjo foi um dos três indicados na categoria melhor cantor de música regional do Prêmio da Música Brasileira.

Em um intercâmbio de linguagens, a cada dia Shima convida artistas para fazerem uma apresentação diferente. As ações podem ou não contar com a participação de Shima e orbitam em torno dos temas ancestralidade, tradição, sexualidade, gênero e o que é ser asiático no Brasil.

 

Espaço de experimentação
A ocupação RE/DES integra a programação de Artes Cênicas do Centro da Terra. O espaço cultural abre as portas para receber apresentações de teatro, música, dança e performance naquilo que mais lhe parece óbvio: o experimentar. Sem a busca por produtos definitivos ou meras apresentações circunstancias para cumprir temporadas, os artistas são convidados a construírem experiências cênicas e musicais, estéticas, dramatúrgicas, coreográficas, performáticas e conceituais.

As Ocupações propostas pelo curador de Artes Cênicas Ruy Filho tem como diretriz a provocação de artistas ao experimentalismo de novas criações em processo, com foco em suas inquietações; não limitadas a resultados esperados, mas aos riscos, possibilidades e radicalidades da Arte. Definiu-se, ainda, frente ao valor experimental que as realizações não ocupariam os espaços como temporadas normais, mas na condição de pequenos eventos, ruídos disponíveis ao todo, nos quais relevantes nomes serão convidados a expor suas ideias e pesquisas. “Instituir um espaço de experimentação é fundamental ao crescimento da cena teatral, de modo a estabelecer no contexto da cidade de São Paulo novos parâmetros e proposições. O Centro da Terra entende estar no movimento sua pequena revolução participativa. Torcemos, o que é especialmente positivo, para que nem seja tão pequena assim”, acredita o curador.

 

 

 

Diaspórico Regional
Com Vitoru Kinjo
Centro da Terra
Rua Piracuama, 19 – Perdizes
Tel.: 3675-1595
Capacidade: 100 lugares
Duração: 30 minutos
Domingo, 23 de setembro, às 20h
Ingressos:
Ingresso consciente de R$ 15,00 a R$ 50,00 (o público, consciente do trabalho envolvido para realização do espetáculo, e do valor que ele dá para vivenciar esta experiência, escolhe quanto acha adequado pagar pelo seu ingresso, de acordo com sua condição financeira).
Vendas: Sympla
Classificação: Livre

 

Centro da Terra
O Centro da Terra é um espaço cultural independente sem fins lucrativos mantido por Keren e Ricardo Karman. Inaugurado em 2001 e reformado em 2015, suas instalações abrangem um teatro com palco italiano, um ateliê, uma praça de convivência com um café, um terraço e salas multiuso. O teatro situa-se doze metros abaixo da superfície terrestre e foi aberto, após dez anos de obras e escavações no quarto e quinto subsolos de um edifício, no bairro de Perdizes, na capital paulista. Seu nome vem da sua localização subterrânea e é, também, uma homenagem ao espetáculo Viagem ao Centro da Terra realizado, em 1992, pela Kompanhia do Centro da Terra.

A programação é dirigida a todos os públicos, focada em produções, apresentações e ações de formação em Música, Artes Cênicas e Visuais que priorizem a linguagem contemporânea, e que dialoguem com a pesquisa da Kompanhia do Centro da Terra. A escolha da programação é feita por uma equipe de curadores que, a partir de suas pesquisas autorais, trazem para o Centro da Terra trabalhos experimentais de artistas emergentes e/ou consagrados, lançamentos, remontagens, temporadas pós estreia e projetos especiais. O local também abriga a escola de Arte Grão do Centro da Terra, que desenvolve um curso livre em que crianças e adolescentes participam de experiências nas diversas linguagens artísticas e que tem como fundamento a liberdade de criação, a ludicidade e a participação coletiva em percursos singulares.

 

Fotos: Paola Vianna / Divulgação

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