CCBB em Festa – Os Sons do Brasil

O Centro Cultural Banco do Brasil SP recebe, no começo do mês de outubro, uma verdadeira mistura de ritmos, com os shows do festival “CCBB em Festa – Os Sons do Brasil”. Na cidade onde moram brasileiros de todas as regiões, o CCBB-SP trará o encontro de sonoridades de vários cantos do Brasil, em apresentações gratuitas entre os dias 03 e 06 de outubro…

 

 

 

 

 

Um dos pontos principais da série de musical, além da proposta conceitual, é o local onde ocorrerão as apresentações. Será montado um palco na Rua da Quitanda (na área externa do CCBB SP), que por sua vez ganhará uma ambientação especial com mesas e cadeiras e cobertura para a plateia, além de iluminação com lâmpadas que transmitem uma sensação de tranquilidade. O objetivo é proporcionar ao público, sobretudo àqueles que frequentam o sempre agitado centro de São Paulo, momentos para desacelerar ouvindo música de qualidade num ambiente agradável.

Programação
O festival – que terá como mestre de cerimônia a cantora Adriana Farias, última apresentadora do programa Viola, Minha Viola, da TV Cultura – será aberto com o samba dos cariocas do Sururu na Roda, tocando clássicos do gênero, no dia 03 de outubro, quinta, às 18h.

No mesmo horário, no dia seguinte, 04 de outubro, é a vez do Duo de Viola e Acordeon, do Rio Grande do Sul, formado pelos músicos Valdir Verona e Rafael de Boni, que mostrarão ao público desde o folclore sulino, passando pela música regional brasileira, a MPB e o jazz. A apresentação do duo contará com a participação especial do violonista e compositor argentino, radicado em Caxias do Sul (RS), Lúcio Yanel.

No sábado, dia 05, haverá dose tripla de atrações. A partir das 13h sobe ao palco o grupo Folk 4, direto do Mato Grosso do Sul, mostrando pitadas generosas de blues, rock e música popular. Às 14h é a vez do Mudernage Trio, comandado pelo músico baiano Cauê Procópio, num espetáculo que mescla poesia e ritmos musicais originários do sertão brasileiro, com muita literatura de cordel, cantoria, ciranda, cocos, baiões, cantilenas, cantigas e maracatus.

Fechando o dia, às 18h, os curitibanos do Viola Quebrada mostram seu trabalho de harmonização conseguido pela soma de diferentes tendências e experiências. O show contará ainda com a participação da apresentadora, cantora e violeira Adriana Farias.

No último dia de festival, 06 de outubro, novamente haverá três apresentações. Às 13h, diretamente do Pará, sobem ao palco Silvan Galvão e Carimbloco, mostrando ritmos regionais como carimbó, toadas de boi bumbá, marabaixo do Amapá, lundum marajoara e banguê. Em seguida, às 14h, o público assistirá à Cia Brasílica – Deca Madureira, de Recife, num espetáculo de ritmos como cavalo-marinho, baque solto, além de brincadeiras e jogos rítmicos com a participação do público.

Encerrando a programação do “CCBB em Festa – Os Sons do Brasil”, às 18h, o samba toma conta novamente, com os cariocas do Casuarina, mostrando as canções de seu mais recente disco, “+100”.

 

 

 

 

 

CCBB em Festa – Os Sons do Brasil
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – São Paulo
Próximo à estação São Bento do Metrô
*Rua da Quitanda – na área externa do CCBB SP
Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652
Capacidade: 200 pessoas
Entrada gratuita
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência | Ar-condicionado | Cafeteria e Restaurante | Loja
Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228.
Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô.
Valor: R$ 14,00 pelo período de 6 horas. É necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB.

 

Programação

Quinta-feira, 03 de Outubro, às 18h
Sururu na Roda (RJ)
Duração: 120 minutos
Fundado por Fabiano Salek e Sílvio Carvalho, o Sururu na Roda traz também a cantora Ana Costa e o cavaquinista Alceu Maia como integrantes deste time do samba. Eleito o Melhor Grupo de Samba em 2014 no Prêmio da Música Brasileira, o Sururu começou sua carreira nos anos 2000, destacando-se entre os grupos responsáveis pela revitalização da Lapa carioca. De lá para cá, o grupo colecionou apresentações em cenários nacionais e internacionais ao lado de ícones da MPB, como Chico Buarque, Monarco, Zeca Pagodinho e Dona Ivone Lara, entre outros.

 

Sexta-feira, 04 de Outubro, às 18h 
Duo de Viola e Acordeon (RS)
Participação especial de Lúcio Yanel
Duração: 120 minutos
Criado no ano de 2006, O Duo de Viola e Acordeon tem se destacado pela originalidade e dinâmica em suas apresentações realizadas em festivais, feiras, teatros etc. Músicos com vivência em diversos gêneros musicais que vão desde o folclore sulino à formação erudita, da música regional brasileira e da MPB ao jazz, neste projeto Rafael De Boni e Valdir Verona mantém o foco na música do sul do país.

Em 1982, o músico argentino Lúcio Yanel deixou sua terra natal para tentar a vida em São Paulo. Às vésperas de partir, um amigo lhe repassou uma pasta de partituras e pediu um favor: que Yanel deixasse os papéis na casa de um colega brasileiro, em Passo Fundo. Esta parada, que era para ser rápida, já dura 37 anos. Parceiro musical de Jayme Caetano Braun, Gilberto Monteiro, Luiz Carlos Borges e Luiz Marenco, entre outros, Yanel contribuiu para a consolidação de um movimento da música regional gaúcha que havia se iniciado nos anos 1970, com os grandes festivais. Com seu estilo, ajudou a dar protagonismo ao violão, até então considerado um instrumento de acompanhamento, já que usualmente só a gaita costumava disputar com a voz o primeiro plano dos arranjos.

 

Sábado, 05 de Outubro, às 13h
Folk 4 (RS)
Duração: 60 minutos
Trazer para o folk brasileiro o cheiro das guarânias e polcas da fronteira sul-mato-grossense com pitadas generosas de blues, rock e música popular. Esta é mistura sonora do FOLK4, grupo formado por Jerry Espíndola, Rodrigo Sater, Guga Borba e Rodrigo Teixeira. O quarteto chega a um som próprio explorando as possibilidades eletroacústicas dos violões, com Rodrigo Sater acrescentando aos arranjos o slide bluseiro e Guga Borba buscando os efeitos certos em sua pedaleira. Os integrantes se revezam como cantores e também fazem diversas músicas vocalizando juntos, resultando em uma harmonia entre instrumentos e vozes. No repertório se alternam canções autorais e versões “folk” de grandes hits internacionais e nacionais, além de novos arranjos para músicas de compositores de MS.

 

Sábado, 05 de Outubro, às 14h
Mudernage Trio (BA)
Duração: 60 minutos
Tendo à frente o músico baiano Cauê Procópio, o Mudernage Trio é um espetáculo litero-musical repleto de lirismo, com canções e histórias para ouvir, mesclando ritmos musicais originários do sertão brasileiro a elementos teatrais e poéticos. Fazem parte deste universo a literatura de cordel, a cantoria , a ciranda, cocos, baiões , cantilenas, cantigas e maracatus Na música brasileira, quando procuramos a poesia, achamos o instrumental, e quando vamos em busca das harmonias rebuscadas, nos encontramos de forma súbita com a mais pura crônica .”

 

Sábado, 05 de Outubro, às 18h
Viola Quebrada (PR)
Participação especial de Adriana Farias
Duração: 60 minutos
O Viola Quebrada, que em 2017 recebeu a indicação ao Premio da Musica Brasileira como melhor grupo regional, foi formado em 1997 e entrou no mundo do disco em 2000, ao lançar o CD que leva o nome do grupo, seguido por mais 5 CDs e 1 DVD. O grupo, que tem o nome tirado de uma canção de Mário de Andrade, nasceu da vontade de músicos – das mais variadas formações e estilos – reunidos em Curitiba de tocar a música do interior do Brasil, a música caipira.

 

Domingo, 06 de Outubro, às 13h
Silvan Galvão e Carimbloco (PA)
Duração: 60 minutos
Silvan Galvão é um artista múltiplo: cantor, compositor, percussionista, banjista e mestre de carimbó. Seu nome figura no inconsciente coletivo de cariocas e paulistas quando o assunto é música paraense, música amazônica e carimbó. Silvan apresenta nos palcos um trabalho autoral que explora além do carimbó, as toadas de boi bumbá, o marabaixo do Amapá, o lundum marajoara e o banguê, com arranjos e instrumentação que garantem ao seu trabalho uma roupagem contemporânea, sem jamais perder de vista a essência e os elementos que constroem a identidade desses ritmos.

 

Domingo, 06 de Outubro, às 14h
Cia Brasílica – O Poder da Música e a Serpente Encantada – Deca Madureira (PE)
Duração: 60 minutos
No show, o público é guiado por um brincante contador de histórias que entre as rimas de cordel, entra no universo musical dos folguedos populares, com destaque para personagens como a Banda Nordestina e seus pífanos, brincantes do boi, o Caboclo de Lança e os reis do Maracatu Nação. Ainda são mostrados neste espetáculo ritmos como o Cavalo-marinho e o Baque Solto, brincadeiras e jogos rítmicos com a participação do público, como Catira e Maculelê. Esta montagem traz para o palco quase 40 anos de pesquisa através de duas linhas fundamentais: a linguagem Brasílica criada pelo Balé Popular do Recife em 1977; e a obra de Antônio José Madureira, integrante do Movimento Armorial criado por Ariano Suassuna.

 

Domingo, 06 de Outubro, às 18h
Casuarina (RJ)
Duração: 60 minutos
Criado em setembro de 2001, o Casuarina é um dos principais grupos da nova cena carioca de samba e choro. Composto por Gabriel Azevedo (voz, percussão e coro), Daniel Montes (violão de 7 cordas, coro e arranjos), João Fernando (bandolim, violão tenor, coro e arranjos) e Rafael Freire (cavaquinho, banjo e coro), o grupo faz parte de uma geração que, carente dos gêneros mais tradicionais e representativos da música popular brasileira, começou a ouvir, pesquisar e consumir os sambas que
um dia construíram a identidade musical brasileira, mas que há muito tempo estavam desprestigiados.

 

Foto Viola Quebrada: Kraw Penas

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