Grupo Impacto Agasias apresenta Santo Cristo – Faroeste Caboclo

Inspirado pela música da banda Legião Urbana, espetáculo que circulou em temporadas presenciais entre 2013 e 2016, inicia temporada com adaptação virtual. Nas sessões disponibilizadas pelo Zoom, é possível que o público interaja com os artistas…

 

 

 

A montagem virtual do espetáculo O Santo Cristo – Faroeste Caboclo faz parte do Projeto Impacto Agasias – 10 anos, contemplado no Edital Proac Expresso LAB Nº 47/2020”.

O grupo de teatro Impacto Agasias, que está comemorando 10 anos, inicia temporada digital do espetáculo Santo Cristo – Faroeste Caboclo a partir do dia 24 de julho, sábado, 22h. Com texto inspirado pela canção Faroeste Caboclo, da banda Legião Urbana, a montagem virtual, com texto e direção de Wallace Borges, fica em cartaz por meio de transmissões gratuitas pelo canal do Youtube do grupo e via Zoom, plataforma que possibilita a interação e participação exclusiva do público com o espetáculo.

A experiência inicia com o recebimento do público via Whatsapp e, em seguida, os espectadores são direcionados para a plataforma Zoom, que oferece possibilidade de interação e participação do público.

A encenação busca expandir o universo das personagens inspiradas na canção, como João de Santo Cristo, Maria Lúcia e Jeremias. A proposta é desenvolvida com o intuito de detalhar por meio da interpretação as lacunas deixadas pelo compositor Renato Russo, aprofundando em cada histórias narradas pelos seis atores.

A peça, cuja dramaturgia de Wallace Borges foi registrada em 2012, estreou em 2013, na sala experimental do Teatro do ETA (Estúdio de Treinamento Artístico) e fez temporadas em espaços da região central de São Paulo, como a Praça Roosevelt e a Bela Vista, além de ter integrado o Agito Cultural da Zona Norte (2014), evento organizado pela subprefeitura da região.

Em 2015, o trabalho ganhou uma versão de leitura dramática dirigida por George Vilches e integrou o evento de lançamento do livro Só por hoje e para sempre – Diário de um Recomeço (Renato Russo), realizado no MIS (Museu da Imagem e do Som). A peça também realizou temporada no Teatro UMC, Estúdio Heleny Guariba e circulou por cidades como São Caetano do Sul, Diadema e Espírito Santo do Pinhal.

O trabalho foi ainda reconhecido pelo filho do cantor Renato Russo, Giuliano Manfredini; pelo fã clube oficial Renato Russo; e pelo fã clube oficial da banda, Filhos da Revolução.
Trecho da obra

O Destino é geralmente concebido como uma sucessão inevitável de acontecimentos relacionada a uma possível ordem cósmica. Portanto, segundo essa concepção, o destino conduz a vida de acordo com uma ordem natural, segundo a qual nada do que existe pode escapar. Ironias do destino! Cartas, um repositório de sabedoria, uma espécie de enciclopédia de experiências humanas. Cartas jamais lidas. Onde estarão? Corroídas pelo tempo, destino não sabido, ocultadas com razão, levadas pelo vento, jogadas ao universo.

Os astros no céu agem como um espelho que reflete os acontecimentos no mundo; feminicídio, pandemia, exclusão social e periferia. O desconhecido se apresenta quando penso que, talvez, elas tivessem mudado o rumo de algumas vidas, como se tivessem chegado àquelas mãos. Nas palmas de tuas mãos. Vejo o destino rabiscado nas palmas de suas mãos. Linhas cruzadas, sinuosas, interferindo no teu destino.

Ficha Técnica
Texto e Direção: Wallace Borges.
Elenco: Carlos Henrique Fonseca, Henrique Sanchez, Kátia Bocalon, Marina Rodrigues, Suelen Almeida e William Rodrigues
Pesquisa Sonora/Musicista: Mica Matos
Cenografia e Instalação: Criação Coletiva
Iluminação: Criação Coletiva
Figurino: Criação Coletiva
Maquiagem: Alessandra Bera
Adereços: O grupo
Operação Técnica: LAH Estúdio
Técnico: Raffael Santos
Direção de Produção: Wallace Borges
Produção Executiva: Henrique Sanchez
Produção Geral: Alessandra Bera e Marina Rodrigues
Assessoria de Imprensa: Alessandra Bera, Diogo Marins Locci e Angelina Colocchio
Assessoria de Mídia: Lucas Becerra
Criação Visual: Roberta Giotto
Realização: Impacto Agasias Grupo de Teatro
Patrocínio: Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo do Governo Federal

 

 

 

 

Santo Cristo – Faroeste Caboclo [uma experiência cênica digital]
Temporada: 24, 25, 27, 31/07 e 01/08.
Terça e Sexta, às 21h
Sábados às 22h
Domingos às 18h
Ingressos: Retirada de ingressos via link da bio no instagram do grupo: @impactoagasias, com até 2h de antecedência
Exibição: Canal Impacto Agasias – Youtube
Duração: 90 minutos.
Classificação Indicativa: 16 anos
Gratuito

 

Sobre o Impacto Agasias Grupo de Teatro

O grupo Impacto Agasias nasceu rodeado de sonhos, da necessidade de se fazer arte e de falar sobre seus anseios e serem ouvidos. Foi neste momento que surgiu o primeiro trabalho do grupo, No Ritmo da Realidade, que retratava um dos momentos mais difíceis para um homossexual: assumir-se perante a si mesmo e à sua família. O espetáculo, criado em 2011, rendeu indicação de melhor Direção e o Prêmio de melhor Dramaturgia para Henrique Sanchez no Festival de Teatro do ETA.

No desejo de explorar novos caminhos, em 2012 o grupo estreou Santo Cristo, livremente inspirado na canção Faroeste Caboclo, da banda Legião Urbana. Em 2013, o grupo foi amparado por uma sede no Polo Cultural da Cidade Heliópolis, atual CEU Heliópolis Professora Arlete Persoli. Lá, foi possível experimentar, exercitar e explorar diversas maneiras de colocar a arte em prática.

Em 2015, o grupo criou sua primeira obra destinada ao público infantil, A Lenda Sumiu!, que resgata os valores do folclore nacional. A peça foi criada com o objetivo de atingir não somente as crianças, mas também aos adultos que puderam estar presentes nessa viagem lúdica da nossa cultura. A memória viva e um carinho inexplicável recebido da comunidade de Heliópolis daquelas crianças que tiveram pela primeira vez o seu contato com o Teatro nos fez querer ser e fazer ainda mais.

Em 2017 os processos de migração dos moradores de Heliópolis junto à livre inspiração da obra A Megera Domada, de William Shakespeare, resultaram no espetáculo Dandara, que tem ainda uma pitada do sertão brasileiro e de discursos sobre o empoderamento feminino. Essa obra foi apresentada no formato de teatro de rua, uma forma de estreitar os laços com a comunidade de Heliópolis e de outras regiões periféricas da cidade, que foram atingidas por meio de uma circulação possibilitada pelo Circuito Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo.

Em 2018, o grupo decidiu experimentar a vertente do Teatro Documentário e foi dessa forma que a própria comunidade de Heliópolis serviu como berço para o documentário cênico Cidade do Sol – uma homenagem à menina luz, contemplado pela terceira edição do programa de Fomento à Cultura da Periferia da Cidade de São Paulo, que chegou.

Em 2021, o grupo apresenta a pesquisa audiovisual com apoio da 5ª edição do Fomento à Cultura da Periferia da Cidade de São Paulo e, pelos editais municipais e estaduais de emergência a Cultura (Lei Aldir Blanc), produz o Festival de Circo e Teatro 3ª edição e o show on-line do Tukum Bando de Criação.

 

Foto: Paulo Trajano

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