Aramyz estreia na literatura com “Só as Hienas Matam Sorrindo”

Aramyz está entre os 16 autores convidados pela editora para lançar a coleção anti-fascista “Burguês Assustado”, a partir de uma chamada nacional, que nasceu para responder…

 

 

 

 

 

“De qual lado da história você está?”

Deterioração do indivíduo é a tônica das personagens de seus contos-monólogos

Lançamento em noite de autógrafos no Espaço Garganta, dia 19 de fevereiro, com a participação dos atores Mario Bortolotto, Anette Naiman, Marcos Gomes, Fransérgio Araújo, Zoë Naiman Rozenbaum, Daniel Sato, Arinha Rocha, André Ferreira e outros.

“Só as hienas matam sorrindo” é o retrato de um país, que não se importa com a degradação dos espaços habitados por seus personagens, na maior parte marginais, ou em condições de total miséria humana.

Para o dramaturgo Mario Bortolotto, que assina o prefácio, o livro de Aramyz “é escrita pesadelo é pra quem tiver disposto a aguentar o tranco.”

Exclusão, violência e marginalidade, Aramyz não faz concessões, as personagens corrompidas pelo desvio moral e ético revelam situações carregadas de brutalidade. O esgotamento da “humanidade” das personagens escancara a violência e a crueldade ao leitor em 21 contos, em forma de monólogos.

O autor ignora a norma culta, só usa a letra maiúscula quando fala de Deus ou alguma outra entidade religiosa, abole parágrafos e maltrata a gramática sem nenhum pudor.

Aramyz chegou a ser demitido depois de um de seus patrões ler sem ser convidado a um dos contos dele, foi agredido fisicamente com um apertão no braço e recebeu cartão vermelho. Este choque não foi capaz de conter a sua narrativa que ganhou força com a ousadia e as regras quebradas de Nelson Rodrigues, Plínio Marcos, o contato com o conto “Papai do Céu” do livro “Balé Ralé, de Marcelino Freire, com quem fez uma oficina de escrita, e as Oficinas de Dramaturgia realizadas no Espaço Cemitério de Automóveis, por Luca Mayor e Marcos Gomes, foram os aliados para que o autor descobrisse sua voz autoral, e mantivesse a coragem de resistir e continuar a escrever.

O livro de estreia de Aramyz traz o retrato de um país, que não se importa com a degradação dos espaços habitados por seus personagens, na maior parte marginais, ou em condições de total miséria humana. Entre os personagens que habitam a literatura deste maldito, encontramos moradores de rua, desempregados, presidiários, pedófilos, homofóbicos, machistas, racistas, fascistas, policiais corruptos, evangélicos, etc.

Preparados?

Com formação eclética, Aramyz passou pela Fundação das Artes em São Caetano do Sul, é licenciado em Letras e também em Pedagogia, com pós em Medida Socioeducativa. Este baiano umbandista, filho de mãe cafuza evangélica, é um contestador nato e costuma dizer que seus contos são seus gritos sociais.

A Editora Urutau nasceu para cantar as horas diante das páginas. Nos últimos cinco anos já publicaram mais de 350 livros sem qualquer custo para os autores e as autoras.

Hecatombe, selo político da Editora Urutau, tem como objetivo a discussão de temáticas múltiplas e contemporâneas.

A coleção Burguês Assustado é fruto de uma antologia intitulada “Não há nada mais parecido a um fascista do que um burguês assustado”, do selo político Hecatombe.

 

 

 

 

 

 

Livro : “só as hienas matam sorrindo ”, de Aramyz
Prefácio: Mario Bortolotto
Espaço Garganta
Rua Doutor Cesário Mota Junior, 277 ( sobreloja ) – Vila Buarque. (prox. Estação Mackenzie do metrô)
Lançamento 19 de fevereiro, a partir das 19h
Páginas: 144
www.editoraurutau.com.br

Foto Aramyz: Jennifer Glass

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