Sesc Pinheiros recebe curta-temporada de Fúria, da Lia Rodrigues Cia de Danças

A Lia Rodrigues Companhia de Danças apresenta, no Sesc Pinheiros (R. Paes Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo – SP), o espetáculo Fúria nos dias 14, 16 e 17 de abril de 2022…

 

 

 

 

 

Na obra, um mundo povoado de imagens de dor, beleza, violência, opressão e liberdade se constrói e se desmancha sem trégua, diante dos olhos do público. Os corpos dos intérpretes da companhia se destacam e se perdem em meio às roupas, sacos plásticos, rejeitos, em uma mistura de cores, formas e texturas. Um trecho de uma música tradicional dos povos indígenas Kanak, da Nova Caledônia, repetido infinitamente, acompanha grande parte da performance.

“Como espiar o tempo em um mundo dominado por uma infinidade de imagens contrastantes – medonhas e belas, sombrias e luminosas – atravessadas por uma infinidade de perguntas não respondidas e perpassadas por contradições e paradoxos? Como espiar o tempo em um mundo de fúria? Como dar visibilidade e voz ao que está invisível e silenciado?”. Esses são alguns dos questionamentos que Lia destaca como desencadeadores da obra. A peça estreou em novembro de 2018 em parceria com o Festival de Outono de Paris no Théâtre National de Chaillot (Paris) e no teatro Le Cenqquatre (Paris) e fez turnê por várias cidades europeias.

Em Fúria, um mundo povoado de imagens de dor, beleza, violência, opressão e liberdade se constrói e se desmancha sem trégua, diante dos olhos do público. Os corpos de nove bailarinxs da companhia (Leonardo Nunes, Felipe Vian, Clara Cavalcante, Carolina Repetto, Valentina Fittipaldi, Andrey Silva, Karoll Silva, Larissa Lima e Ricardo Xavier) se destacam e se perdem em meio às roupas, sacos plásticos, rejeitos, em uma mistura de cores, formas e texturas. Um trecho de uma música tradicional dos povos indígenas Kanak, da Nova Caledônia, repetido infinitamente, acompanha grande parte da performance.

“Como espiar o tempo em um mundo dominado por uma infinidade de imagens contrastantes – medonhas e belas, sombrias e luminosas – atravessadas por uma infinidade de perguntas não respondidas e perpassadas por contradições e paradoxos? Como espiar o tempo em um mundo de fúria? Como dar visibilidade e voz ao que está invisível e silenciado?”. Esses são alguns dos questionamentos que Lia destaca como desencadeadores da obra.

A peça integra as pesquisas cênicas de Lia que passam pela questão da alteridade, da reinvenção de um corpo a partir de suas energias primitivas e da necessidade de engajamento no Brasil contemporâneo. “Esse título se refere tanto a uma violência que vem de fora, na forma de um ataque, quanto a uma necessidade de oposição, de luta”, diz a coreógrafa.

A obra de Lia também investiga relações de poder, evidenciando desde as dinâmicas do dominado e do dominador até questões raciais e de gênero. Para a artista, a fúria explorada em cena também remete diretamente à situação específica da favela da Maré, onde se dá sua produção artística das duas últimas décadas.

Ficha técnica – Fúria
Criação: Lia Rodrigues
Assistente de criação: Amália Lima
Dançado e criado em estreita colaboração com: Leonardo Nunes, Carolina Repetto, Valentina Fittipaldi, Andrey Silva, Larissa Lima, Ricardo Xavier, Joana Lima, David Abreu, Matheus Macena, Tiago Oliveira, Raquel Alexandre
Também criado por: Felipe Vian, Clara Cavalcante, Karoll Silva
Dramaturgia: Silvia Soter
Colaboração artística e imagens: Sammi Landweer
Criação de Luz: Nicolas Boudier
Operação de Luz: Jimmy Wong
Produção e difusão internacional: Colette de Turville
Produção e difusão Brasil: Gabi Gonçalves/ Corpo Rastreado
Secretária/administração: Glória Laureano
Professoras: Amália Lima, Sylvia Barreto
Coprodução: Chaillot – Théâtre national de la Danse, CENTQUATRE-Paris, Fondation d’entreprise Hermès dans le cadre de son programme New Settings, Festival d’Automne de Paris, MA scène- nationale, Pays de Montbéliard, Les Hivernales – CDNC (França); Künstlerhaus Mousonturm Frankfurt am Main, Festival Frankfurter Position 2019 –BHF-Bank-Stiftung, Theater Freiburg, Muffatwerk/Munique (Alemanha); Kunstenfestivaldesarts, Bruxelas (Bélgica); Teatro Municipal do Porto, Festival DDD – dias de dança (Portugal).

Uma realização da Lia Rodrigues Companhia de Danças com o apoio da Redes da Maré e do Centro de Artes da Maré.

Lia Rodrigues é uma artista associada ao Chaillot-Théâtre national de la Danse e ao Centquatre, França.

Agradecimentos: Zeca Assumpção, Inês Assumpção, Alexandre Seabra, Mendel Landweer, Jacques Segueilla , equipe do Centro de Artes da Maré e da Redes da Maré.

 

 

 

 

 

 

Fúria | Lia Rodrigues Companhia de Danças
Sesc Pinheiros
Teatro Paulo Autran
Rua Paes Leme, 195 – Pinheiros
Capacidade: 1010 lugares
Dias 14, 16 e 17 de abril de 2022
Quinta e sábado, às 21h
Domingo, às 18h
Ingressos:
R$ 40,00 (inteira)
R$ 20,00 (credencial plena/meia)
Duração: 70 minutos
Classificação: 16 anos

 

Sobre a Lia Rodrigues Companhia de Danças, o
Centro de Artes da Maré e a Escola Livre de Dança

A Lia Rodrigues Companhia de Danças foi fundada no Rio de Janeiro em 1990. Durante esses quase 30 anos de existência suas criações foram apresentadas por todas as regiões do Brasil, nas Américas do Sul e Norte, na Europa e na Ásia.

Desde 2004, o grupo, por meio da professora e dramaturgista Silvia Soter, desenvolve ações artísticas e pedagógicas na Maré, no Rio de Janeiro, em parceria com a Redes da Maré. A Redes é uma OSCIP criada e dirigida por moradores e ex-moradores da Maré, que tem como principal foco a realização de projetos dedicados a interferir na trajetória socioeducacional e cultural dos moradores de espaços populares. A Maré é uma das maiores favelas do Rio de Janeiro com mais de 140.000 habitantes.

Da parceria entre a Companhia e a Redes da Maré nasceram o Centro de Artes da Maré em 2010 e a Escola Livre de Dança da Maré em 2011. O Centro de Artes da Maré – também a sede da Lia Rodrigues Companhia de Danças – é um espaço direcionado para a formação, criação e difusão das artes, onde são realizados diversos projetos culturais e sociais. A Escola Livre de Dança da Maré realiza um trabalho continuado de atividades gratuitas, articulando dança, ações de formação e socioeducativas em torno de dois núcleos: Núcleo 1 que oferece oficinas e aulas diversas frequentadas por mais de 300 alunos por ano; e o Núcleo 2, de formação continuada em dança, que oferece a 20 jovens, selecionados por meio de audição, uma formação intensiva em dança, com aulas práticas e teóricas.

Desde 2004, ano que inaugura a parceria com a Redes da Maré, a companhia já criou Encarnado (2005), Contra Aqueles Difíceis de Agradar (2005), Pororoca (2009), Piracema (2011), Pindorama (2013), Para Que o Céu Não Caia (2016) e Fúria (2018). Com o Núcleo 2, criou Exercício M, de Movimento e de Maré (2013) e Exercício P, de Pororoca e Piracema (2017). Destacam-se ainda no repertório do grupo, fundado em 1991, as premiadas obras Ma (1993), Aquilo de que Somos Feitos (2000) e Formas Breves (2002)

 

Foto de Cena – Fúria: Sammi Landweer

 

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