Magma, da artista Lara Viana, entra em cartaz no Adelina Instituto

Destaque na cena internacional de arte contemporânea, a artista plástica Lara Viana estreia a mostra Magma no Adelina Instituto…

 

 

 

Lara Viana, que estudou artes e morou por anos em Londres, participou de coletivas com artistas como Andreas Eriksson e Melanie Smith, além de ter realizado mostras individuais em países como Alemanha, Holanda e Reino Unido. Magma é sua primeira mostra individual no Brasil.

A mostra Magma, da artista visual soteropolitana Lara Viana, terá abertura no Adelina Instituto dia 28 de setembro, sábado, às 13h. Com curadoria de Mario Gioia, a exposição faz parte do projeto Perímetros, idealizado pelo instituto que tem o objetivo de aproximar o circuito paulistano de artistas emergentes de produção consistente fora do eixo Rio-São Paulo – esses artistas integram a programação do instituto com exposições individuais e programação paralela composta por oficinas, palestras e bate-papo. Todas as atividades, incluindo visitação à mostra, são gratuitas.

O curador Mario Gioia conheceu Lara Viana em Salvador, na exposição coletiva Fragmentos de um discurso pictórico, na galeria Roberto Alban. Em Magma, a primeira individual no Brasil da artista baiana que teve formação artística no Reino Unido, a série de pinturas sobre madeira em pequena escala continua a explorar com muito rigor características como as relações entre figurativo e abstrato, construção e desmanche, unidade e fragmento, real e onírico, entre outras. “Lara voltou a morar em Salvador nos últimos anos e é possível perceber que esse retorno fez com que sua paleta de cores se tornasse mais solar e tropicalizada”, conta o curador.

Magma é composto por 15 obras, óleo sobre telas, de tamanhos variados (30×25, 40×35 e 43×41). “Lara trabalha em pequenas escalas e com a densidade do óleo para dispor sobre a superfície de madeira composições com atmosfera e constituição que lidam com o enigmático, mas que também são objetos de dedicadas sessões longas e seguidas a partir de procedimentos de trabalho como adição e retirada, sedimentação e agilidade, por exemplo, no âmbito da pintura”, conta Mario.

“Eu tento reconstruir a imagem explorando as possibilidades que ela oferece. As pinturas sugerem ‘ruínas’, decomposições ou experiências quase lembradas. Eu busco fazer com que a imagem deixe de ser o que era e se transforme em algo novo”, diz Lara sobre as obras expostas em Magma. Os trabalhos foram feitos de fevereiro em diante, o que resulta numa mostra de trabalhos muito recentes ao público.

O projeto Perímetros, responsável por trazer Magma ao Instituto, preza pela variedade de linguagens, origens e abordagens, porém sempre priorizando o ineditismo e verticalidade do que é exposto. A mostra que abriu o projeto foi Corpo-Trajeto, do brasiliense João Trevisan, que esteve em cartaz de maio a julho.

 

Sobre Lara Viana
Pintora, Lara Viana (1970) formou-se em 1995 na Falmouth School of Art como Bacharel em Artes, e em 2007, concluiu mestrado em artes pela Royal College of Art, em Londres. Atualmente, vive e trabalha em Salvador e Londres. Em 2011 realiza exposições individuais na Galerie De Expeditie Amsterdã, Holanda; Conrads Galerie Düsseldorf, Alemanha; Ruins e Permanent Gallery/The Regency Town House, Brighton, Reino Unido. No mesmo ano, publica ensaio de Laura McLean–Ferris, design de Alex Rich, e recebe o prêmio da Bienal de São Paulo. Em 2010 expõe na Domobaal Gallery, Londres.

Entre diversas exposições coletivas, destacam-se exposiçāo Form Regained, na i8 gallery, Reykjavik, com Alexandra Navratil e Erin Shireff (2015) e, em 2017, sua participação em Málverkasýning (Paintings), com Melanie Smith, Silke Otto-Knapp, Andreas Eriksson, James White e Mairead O’hEocha na mesma galeria. Participou ainda da Mail Art at the Memorial, curadoria de Pablo Ferretti na Galeria Progresso, Porto Alegre, Brasil, 2011. No ano de 2010, da Art Blitz na Transition gallery, Londres; Art Brussels Young Talent Domobaal Gallery, Londres. Em 2009, da The Manchester Contemporary, com Marcel Dinahet e Felicity Powell, convidada pelo Arts Council, Inglaterra; Whitechapel Gallery, EEA Multiple commission; East End Academy, The Painting Edition.

 

Sobre Mario Gioia
Curador independente, Mario Gioia (São Paulo, 1974) é graduado pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo). Integrou o grupo de críticos do Paço das Artes desde 2011, instituição na qual fez o acompanhamento crítico de Luz Vermelha (2015), de Fabio Flaks, Black Market (2012), de Paulo Almeida, e A Riscar (2011), de Daniela Seixas. Foi crítico convidado de 2013 a 2015 do Programa de Exposições do CCSP (Centro Cultural São Paulo) e fez, na mesma instituição, parte do grupo de críticos do Programa de Fotografia 2012. Em 2015, no CCSP, fez a curadoria de Ter lugar para ser, coletiva com 12 artistas sobre as relações entre arquitetura e artes visuais. Já fez a curadoria de exposições em cidades como Brasília (Decifrações, Espaço Ecco, 2014), Porto Alegre (Ao Sul, Paisagens, Bolsa de Arte, 2013), Salvador (Fragmentos de um discurso pictórico, Roberto Alban Galeria, 2017) e Rio de Janeiro (Arcádia, CGaleria, 2016), entre outras. Em 2016, a mostra Topofilias, com sua curadoria, no Margs (Museu de Arte do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre, foi contemplada com o 10º Prêmio Açorianos, categoria desenho. É colaborador de periódicos de artes como Select e foi repórter e redator de artes visuais e arquitetura da Folha de S.Paulo de 2005 a 2009. De 2011 a 2016, coordenou o projeto Zip’Up, na Zipper Galeria, destinado à exibição de novos artistas e projetos inéditos. Na feira ArtLima 2017 (Peru), assinou a curadoria da seção especial CAP Brasil, intitulada Sul-Sur, e fez o texto crítico de Territórios Forjados (Sketch Galería, 2016), em Bogotá (Colômbia). Em 2018, assinou a seção curatorial dedicada ao Brasil na feira Pinta (Miami, EUA) e a curadoria de Esquinas que me atravessam, de Rodrigo Sassi (CCBB-SP).

 

Sobre o Adelina Instituto
Em abril de 2017, o empresário Fabio Luchetti criou o projeto Adelina, no Bairro Perdizes. Com ampla atuação no circuito de arte e educação contemporâneas, o projeto promove a difusão, produção e compartilhamento de conhecimento, por meio de encontros, debates, oficinas, publicações, além de cursos interdisciplinares, exposições de artistas contemporâneos e ações extramuros. O objetivo do projeto é firmar-se como um espaço para a concepção, formação e difusão da arte. Em suas muitas ações, a ideia é atingir os mais diversos perfis, favorecendo o intercâmbios entre artistas, curadores e amantes da arte. Desde a sua fundação, a Adelina pretende aproximar a arte e educação, participando ativamente da formação livre de públicos variados, entre os quais estão professores da rede de ensino público, estudantes, crianças, adolescentes e idosos.

 

 

 

 

 

Projeto Perímetros – Magma (Lara Viana)
Adelina Instituto
Rua Cardoso de Almeida, 1285 – Perdizes
Tel.: +55 (11) 3868-0050
Abertura: sábado, 28 de setembro, a partir das 13h
Período: de 28 de setembro a 2 de novembro
Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 10h às 19h; e,
aos sábados, das 10h às 16h.
Entrada: gratuita
Estacionamento conveniado: 25% de desconto para visitantes – Rua Caiubi, 308

 

Foto: Divulgação

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