Dança solo Olho D’água, do …AVOA! Núcleo Artístico, faz apresentações na capital e no interior de São Paulo

Performance é resultado de projeto criado por Luciana Bortoletto e representa o encontro da dançarina com três rios do Estado de São Paulo: Embu-Mirim, Pirajussara e Turvo, parte de suas memórias familiares…

 

 

 

 

 

Um percurso autobiográfico e familiar às margens de três rios desvela o momento presente, a infância e memórias de antepassados. A partir desta premissa, a dançarina e pesquisadora Luciana Bortoletto, do …AVOA! Núcleo Artístico, apresenta Olho D’água – dança solo, fruto de uma pesquisa acerca do encontro com três rios do Estado de São Paulo, suas memórias e das comunidades que habitam seus entornos. A performance Olho D’ água, depois de passar pela cidade de Bebedouro, se apresenta em São Paulo nos dias 10, 11 e 19 de maio e em Embú das Artes dias 11 e 12 de maio (veja serviço abaixo). A obra é resultado do Projeto Deságua, contemplado pelo PROAC Editais nº 03/2022 – Dança e Performance – Produção de espetáculo inédito.

Para elaborar Olho D’água, Luciana Bortoletto realizou pesquisas nos territórios nos quais estão localizados os rios: Embu-Mirim, rio Pirajussara e rio Turvo, situados respectivamente nos municípios de Embu das Artes, São Paulo – capital, no bairro Jardim Jussara e o último, em Bebedouro, no distrito de Turvínia. A escolha coloca em perspectiva memórias pessoais e também do encontro com outros habitantes, coletadas em cada uma das localidades por meio de uma escuta social e organizadas em inventários participativos, propondo uma interlocução com o campo da museologia social. “Foi muito interessante realizar esta escuta social, pois chegamos a um dissenso. Para cada pessoa uma coisa diferente devia ser preservada, por isso trago também para a dança estas narrativas não-oficiais. O que as pessoas consideram como memórias relevantes”, explica Luciana Bortoletto, dançarina e criadora do projeto.

Para compor o projeto, a dançarina realizou as experiências de caminhar, coletar, escutar pessoas e rios que cortam três cidades: o rio de atual morada da performer, o rio e o córrego localizados no lugar vivido na infância e o rio que originou o povoado onde sua avó materna nasceu. A dança, com base na linguagem de improvisação, estabelece a interação entre o corpo e elementos de cada território dispostos em cena, produzindo imagens, gestos, sonoridades, sentidos e elaborando composições em tempo real. “O processo é transdisciplinar. Quase tudo vira material para a improvisação. Poemas, gravuras, fotografias, coletas de elementos naturais e da flora de cada localidade, pesquisas sonoras e musicais, gestos observados e experimentados nas diferentes topografias, paisagens, contextos, margens de rios. As memórias sensíveis de cada local”, coloca.

 

Videodança e dossiê
Todo o processo e apresentações irão se transformar em uma videodança produzida em parceria com o videomaker Marcos Yoshi. No Museu da Pessoa, algumas histórias de vida de pessoas que deram seus depoimentos serão compartilhadas com o público, com o intuito de preservar suas memórias e ampliar o alcance de suas vozes.

Boa parte dos materiais produzidos e coletados também será retornada às comunidades, por meio de um dossiê e também das apresentações. Em uma parceria firmada com o Portal MUD – Museu da Dança, têm sido compartilhados textos produzidos ao longo do processo e o dossiê também ficará disponível para consulta.

Ficha Técnica – Projeto Deságua
Idealização, pesquisa e performance: Luciana Bortoletto / …Avoa! Núcleo Artístico
Dramaturgismo: Élder Sereni
Coreógrafa convidada: Vanessa Macedo
Figurino: Telumi Hellen
Aprendiz/Auxiliar de figurino: Thiemy Maria
Pesquisa de cantos de trabalho (domínio público): Luciana Bortoletto
Edição de trilha sonora e percussão: Luciana Bortoletto e Carlos Ávila
Consultoria de Inventários Participativos: Cecília Machado
Videodança: Marcos Yoshi
Fotografia: Silvia Machado
Produção: Júnior Cecon – Plural Produções Artísticas e Culturais
Produção de campo: Vitória Savini
Assistentes de Produção: Raissa Bagano
Designer Gráfico: Rafael Markhez
Comunicação Digital: Portal MUD
Assessoria de Imprensa: Márcia Marques – Canal Aberto
Articuladores locais: Rogério Carlos (Bebedouro-SP) e Marcel Moreno (Embu das Artes/SP)
Parcerias: ETEC de Artes/Parque da Juventude, Encena Companhia de Teatro, Parque Chácara do Jóquei
Apoios: Cooperativa Paulista de Dança, Templo Budista Zen Enkoji e Prefeitura de Embu das Artes
Agradecimentos: Suzana Aguiar e Rede Borborema de Agroecologia (PB), Otacílio Alacran, Kasulo Espaço de Arte, Cia Fragmento de Dança, Cláudia Huertas, Orias Elias e Walter Lins.
Projeto contemplado pelo PROAC Editais nº 03/2022 – Dança e Performance – Produção de espetáculo inédito – Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.

 

 

 

 

 

 

Olho D’água
Dança solo com Luciana Bortoletto
Classificação indicativa: Livre
Duração: 40 min

São Paulo/SP

Parque Chácara do Jockey
Av. Prof. Francisco Morato, 5300, Vila Sônia, São Paulo/ SP
10 e 11 de maio, às 15h
Apresentação aberta ao público

Sede da Encena Companhia de Teatro
Rua sargento Estanislau Custódio, 130 Jardim Jussara, Butantã
19 de maio, às 16h
Retirada de ingressos com até 30min de antecedência do início do espetáculo.

 

Embu das Artes/SP

Em frente ao Museu da Arte Sacra dos Jesuítas
Largo dos Jesuítas, 67 – Centro, Embu das Artes
11 de maio, às 10h
Apresentação aberta ao público

Centro Cultural Mestre Assis
Largo 21 de Abril, 29 – Centro, Embu das Artes
12 de maio, às 10h
Apresentação aberta ao público

 

Foto: Silvia Machado

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