Camille & Rodin

De 3 a 13 de novembro, com sessões de quinta a domingo, no Auditório MASP Unilever, o espetáculo conta a trágica história de amor dos escultores franceses Auguste Rodin (1840-1917) e Camille Claudel (1864-1943)…

 

O diretor Elias Andreato foge da forma teatral tradicional de apresentar biografias. O que interessa para ele é o sentimento essencial que estes artistas trazem e que renova o olhar atual. A encenação é marcada pela expressão corporal dos atores, a partir das esculturas de Camille e Rodin e pelo acabamento da expressão vocal.

Esculturas de argila são feitas em cena pelo ator Leopoldo Pacheco e a trilha sonora foi criada com instrumentos de orquestra. O cenário reproduz o “Retiro Pagão”, uma casa alugada por Rodin, com portas e janelas que favorecem a iluminação alternando os ambientes do grande ateliê dos artistas e o asilo onde Duncan terminou seus dias.

Ao chegar à cidade de Paris, muito jovem, Camille Claudel se torna aluna, discípula e amante de Auguste Rodin. Tendo que combater o preconceito da sociedade como mulher e artista. Ao posar para ele, como sua assistente, fascina-o com sua personalidade. O diálogo amoroso se torna presente nas obras de ambos. A intuição criativa de Camille e o apuro conquistado em anos de estudo por Rodin tornaram suas obras muito próximas, a ponto de não se saber se mestre e aluna inspiraram-se ou se um copiou o outro, promovendo um embate de natureza artística entre eles.

Depois de quinze anos de tortuoso relacionamento, o rompimento definitivo marca a vida e a obra deles para sempre. Auguste Rodin se torna o maior escultor de todos os tempos. Camille Claudel, após longo período debatendo-se em dificuldades financeiras, lutando contra a rejeição da família e o preconceito da época por ser mulher, solteira e artista, entrega-se à solidão e à loucura. Por iniciativa de seu irmão, foi internada, aos 49 anos, à força em um manicômio, onde permanecera por trinta anos.

Encenada por Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore, estreou em 2012, na reabertura do auditório do MASP para teatro, onde ficou em cartaz durante um ano, em temporada popular. Foi apresentada em 17 cidades brasileiras, do Norte ao Sul do país, em teatros como o Theatro Amazonas (Manaus), Theatro da Paz (Belém), e Theatro São Pedro (Porto Alegre), com mais de 200 sessões e 120 mil espectadores. O retorno a São Paulo comemora os 4 anos de estrada.

Ficha Técnica
Direção: Elias Andreato
Dramaturgia: Franz Keppler
Elenco: Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore
Pesquisa: Melissa Vettore e Franz Keppler
Desenho de Luz: Wagner Freire
Cenografia: Marco Lima
Trilha sonora: Jonatan Harold
Figurino: Marichilene Artisevskis
Operador de Luz: Djalma Das
Operador de Som: Eder Soares
Preparação Vocal: Edi Montecchi
Desenho Gráfico: Simone
Drago. Mídia Digital e Video: Olhar Multimídia – Bel Gomes
Direção de Produção: Melissa Vettore e Bel Gomes
Produção Executiva: Keila Mégda Blascke
Realização: Melissa Vettore – Dramática Produções Artísticas
Idealização: Melissa Vettore e Leopoldo Pacheco
Apoio: Porto Seguro.

 

Camille & Rodin
Auditório MASP Unilever
Av. Paulista, 1578
Informações: (11) 3149 5959
Capacidade: 374 lugares
Duração: 75 minutos.
Temporada: De 3 a 13 de novembro
Quintas, sextas e sábados, às 21h
Domingos, às 19h30.

Ingressos:
R$ 40,00
R$ 20,00 (meia-entrada)
Obs.: O ingresso deste espetáculo dá 50% de desconto na compra do ingresso para a peça “Isadora” (apresentando o bilhete na bilheteria).
Classificação: 12 anos.

Vendas: Ingresso Rápido
Bilheteria: Terça a domingo: das 10h às 17h30. Quinta-feira: das 10h às 19h30. Em dias de espetáculo nos Auditórios, a bilheteria funcionará até o horário de início da apresentação. Aceita dinheiro, débito e crédito a vista.
Estacionamentos Conveniados:
Progress Park – Av. Paulista, 1636
Car Park – Al. Casa Branca, 41

 

Elias Andreato
Ator, diretor e autor brasileiro. Tem uma visão especial sobre o trabalho do ator e da dramaturgia autoral. Ganhou inúmeros prêmios como diretor e ator, em um extenso currículo onde se destaca Van Gohg, Artaud, Oscar Wilde, Édipo Rei. Dirigiu diversos espetáculos, entre eles, os mais recentes: Camille e Rodin, Rei Lear, Myrna Sou Eu, Eu Não Dava Praquilo, A Casa de Bernarda Alba, Florilégio Musical II – Nas Ondas do Rádio, Jocasta, Meu Deus, Elza & Fred e A Graça do Fim. Está em cartaz como ator na peça Dona Bete, de Fauzi Arap, e Esperando Godot, de Samuel Beckett.

 

Melissa Vettore
Tem uma trajetória no teatro que inclui drama e comédia. Formou-se no Indac, com formação do CPT de Antunes Filho. Completou sua formação em NY e Barcelona. Possui formação em dança e sua expressão corporal delicada é uma qualidade em seu trabalho. Trabalha em novelas e séries de televisão. Forma o casal protagonista do filme Entre Vales, lançado em 2016. Fez a novela Insensato Coração, Viver a Vida e os seriados Mothern (GNT), Maysa (TV Globo), Tapas e Beijos (TV Globo), 3 Terezas (GNT) e O Homem da sua Vida (HBO). Fez a preparação corporal de Juca de Oliveira em Rei Lear, e de Elias Andreato em Esperando Godot.

 

Leopoldo Pacheco
Ator, produtor, diretor, cenógrafo e figurinista, Leopoldo, formado em Artes Plásticas e Artes Dramáticas, construiu uma carreira pra lá de sólida, além de premiada. Estreou no teatro profissional, em 1985, na peça “Máscaras”, escrita e dirigida por Augusto Francisco, que lhe rendeu o Prêmio Governador do Estado de melhor ator e o de revelação pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), e não parou mais, acumulando mais de 40 personagens em atuações em novelas, minisséries, cinema e teatro. Tendo sido premiado em 2001, com o Prêmio Shell de Melhor Ator por seu trabalho em “Pólvora e Poesia”, de Alcides Nogueira, dirigido por Marcio Aurelio. Em 1990, faz sua primeira direção, na encenação de “Anjo”, de Wagner Salazar. Em 1997, em sua segunda direção, “O Pallácio Não Acorda”, com a Companhia Cênica Nau de Ícaros, ganha o Prêmio Mambembe.  Como figurinista, recebeu em 2001, o Prêmio Shell de melhor figurino por “Ópera do Malandro”, direção de Gabriel Villela e mais um Prêmio Shell de melhor figurino, por “A Mulher do Trem”, de Maurice Hennequin e George Mitchell, dirigido por Fernando Neves, pelo grupo Os Fofos Encenam, em 2003.

 

Fotos: Alexandre Catan
Fotos Elias Andreato, Melissa Vettore e Leopoldo Pacheco: reprodução facebook

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