Beto Guedes volta ao palco do Teatro J. Safra

Em única apresentação no dia 11 de novembro, Beto Guedes e Banda “Canta seus Sucessos”…

 

 

O Teatro J. Safra receberá pela segunda vez o show do cantor e compositor Beto Guedes. O sucesso da primeira apresentação, que aconteceu em abril desse ano (2016), fez com que o músico voltasse aos palcos para uma performance que encantará seus fãs, no dia 11 de novembro. Além do repertório de sucessos consagrados como “Sol de Primavera”, “Amor de Índio”, “O Sal da Terra”, Feira Moderna” e “Vevecos Panelas e Canelas”, a plateia pode esperar canções surpresas e um show cheio de interatividade.

Beto Guedes garante contagiar e emocionar ao celebrar temas como a paz, a natureza e o amor e compartilha o palco com uma banda composta pelos músicos Esdra “Neném” Ferreira (bateria), Adriano Campagnani (baixo), Ian Guedes (guitarra) e Cláudio Faria (teclados).

 

Beto Guedes e Banda “Canta seus Sucessos”
Teatro J Safra
Rua Josef Kryss, 318 – Barra Funda – São Paulo – SP
Telefone: (11) 3611-3042
Capacidade: 627 lugares
Duração: 90 minutos
Sexta-feira, 11 de novembro, âs 21h30
Classificação indicativa: Livre
Ingressos:
Plateia Premium: R$150,00
Plateia Vip: R$ 100,00
Mezanino: R$ 60,00
Mezanino/visão parcialmente prejudicada: R$ 50,00

Vendas Online: Compre Ingressos
Aceita Todos os Cartões de Crédito.
Não aceita Cheques.
Abertura da Casa: 2 horas antes de cada horário de espetáculo, com serviço de lounge-bar no saguão do Teatro.
Acesso para deficientes físicos
Wi-fi grátis
Estacionamento:
Valet Service (Estacionamento próprio do Teatro) – R$ 25,00
Estacionamento conveniado com a MultiPark (Rua Josef Kryss, 120) – R$ 20,00

 

Beto Guedes

Para Beto Guedes o gosto pela música estava diretamente ligado aos Beatles. Em 1964, aos 12 anos, quando o quarteto de Liverpool já era febre no mundo inteiro, Beto, morando em Belo Horizonte, juntou-se aos vizinhos para formar o grupo, The Bevers (com repertório dedicado aos Beatles, obviamente). Os vizinhos, no caso, eram os irmãos Márcio, Yé e Lô Borges. A Beatlemania durou toda a adolescência e ainda incluiu um outro grupo, Brucutus, que animava festinhas durante as férias em Montes Claros.

Em 1969 Beto e Lô, quando foram ao Rio participar do Festival Internacional da Canção com a música “Feira Moderna”, bateram na porta do conterrâneo Milton Nascimento. A amizade e a admiração profissional mútua fizeram com que Milton convidasse Beto Guedes para participar do antológico LP “Clube da Esquina”, de 1971. Tocando baixo, guitarra, percussão e fazendo vocais, Beto começava a ganhar projeção junto com uma turma talentosa, que incluía nomes como Wagner Tiso, Ronaldo Bastos e Toninho Horta.

A safra de novos músicos mineiros era completada por Flávio Venturini, Sirlan, Vermelho, Tavinho Moura, entre outros, que Beto foi encontrar quando decidiu voltar a BH. As gravadoras passaram a abrir os olhos e em 1973 a Odeon resolveu bancar o LP “Beto Guedes/Danilo Caymmi/Novelli/Toninho Horta”. A Beto, coube um quarto do disco. Não era muito, mas para ele, era o suficiente.

Quatro anos depois, em 1977, ele finalmente levantou vôo, a bordo do LP “A Página do Relâmpago Elétrico”. O título foi sugestão do parceiro Ronaldo Bastos, depois que este viu no álbum de um colecionador de fotos de aviões da 2ª guerra, uma imagem do avião “Relâmpago Elétrico”. O disco, que tinha a colaboração de vários amigos mineiros, chamou a atenção por revelar seus dotes como cantor, já que até então, ele era conhecido apenas pela versatilidade de multiinstrumentista. O tímido sucesso das músicas “Lumiar” e “Maria Solidária” foi suficiente para que o disco chegasse às 21 mil cópias vendidas, três vezes mais do que calculava a gravadora.

Mal sabiam eles, que “Lumiar” viraria um dos hinos da juventude cabeluda paz-e-amor e pró-natureza. E que Beto seria um dos ídolos dessa geração, principalmente após o lançamento de seu segundo álbum, “Amor de Índio”. A faixa-título, dele e de Ronaldo Bastos, integrava o espírito de todo o disco.

Quando lançou seu terceiro disco, “Sol de Primavera”, em 1980, já tinha uma legião de fãs no eixo Rio-São Paulo. Mas nunca abandonou a mineirice que se tornara sua marca registrada.

E amadureciam tanto, que seus álbuns demoravam no mínimo dois anos para sair. O quinto deles, “Viagem das Mãos”, de 1984, foi um marco em sua carreira. Àquela altura, Beto Guedes já era um artista de primeira linha, com vendagens oscilando entre 50 e 60 mil cópias e uma marca sonora registrada. Mas este álbum trazia a canção que, junto com “Amor de Índio”, seria o maior sucesso de sua carreira: “Paisagem da Janela”, de Lô Borges e Fernando Brant. Ao mesmo tempo, representava o estouro nacional do compositor, que naquele momento superava o medo de voar e, pasmem, já cogitava pilotar um ultraleve construído por ele mesmo!

A viagem de Beto alcançara as alturas, e o ápice acabou sendo “Alma de Borracha”, que, lançado em 1986, finalmente lhe rendeu um Disco de Ouro e o reconhecimento no exterior. O título do disco (tradução de “Rubber Soul”) homenageava os Beatles, enquanto o repertório trazia uma grata surpresa: a faixa “Objetos Luminosos”, primeira parceria com seu mentor e padrinho musical Milton Nascimento.

Ao todo, foram cinco anos longe dos estúdios. Em 1991, Beto Guedes voltou a gravar. Com a meticulosidade de sempre, ele cuidou de cada detalhe de “Andaluz”, seu oitavo disco e último contrato com a EMI-Odeon.

No ano seguinte, era de se esperar que Beto caísse na estrada mais uma vez. Mas ele preferiu trocar o violão pelo macacão de mecânico e passou a dedicar cada vez mais à sua paixão por aviões, só que construindo um monomotor de verdade. Foram mais sete anos restritos a shows esporádicos e muita reflexão.

Até que, lá no alto, sobrevoando os céus de Minas, ele sentiu a sensação de quem venceu o medo de um desafio e se tornou dono de seu próprio destino. Olhou para o futuro e viu, no horizonte infinito, música. Os versos já estão escritos. Mineiramente, Beto Guedes está de volta.

Marcelo Janot

Fotos: Lívia Bastos

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