Lançamento do livreto Negror e Bate-papo Cartografando Legitimidades

Selo Homens de Cor lança livreto “Negror”, obra que denuncia o genocídio da população negra no Brasil, no próximo dia 29 de setembro de 2018, no Sesc 24 de Maio…

 

 

 

A obra literária nasceu como uma peça teatral com mote central na denúncia do Genocídio da População Negra no Brasil, em particular o Genocídio da Juventude Negra.

O lançamento terá um bate papo intitulado “Cartografando legitimidades – o genocídio da juventude negra: denúncia, resistência e anunciação” na qual farão parte do bate-papo os seguintes debatedores:

  • Débora Maria da Silva – Ativistas dos direitos humanos e fundadora do movimento Mães de Maio.
  • Suely Carneiro – ativista pelos direitos das mulheres negras e fundadora do Geledés- Instituto da Mulher Negra.
  • Jesus dos Santos – ativista cultural.
  • Nabor Jr – jornalista e criador da revista O Menelick 2º Ato

 

O projeto
“Negror” aponta o dedo em direção a um problema crônico e reconhecido pela ONU e por diversos órgãos internacionais ligados aos Direitos Humanos. Sidney Santiago Kuanza, ator, pesquisador, militante e diretor de Teatro brasileiro criou o projeto dentro da prerrogativa do Teatro Fórum, sendo composto de espetáculo itinerante.
“Negror” é uma criação poética, mas acima de tudo a criação de um panfleto como uma linguagem dentro do objetivo de criar novos encontros. O espetáculo itinerante percorreu várias regiões de São Paulo, sempre na rua e com um contato direto com o público.

 

O Selo Homens de Cor
O Selo Homens de Cor é uma Zona autônoma – um agrupamento artístico que tem como norte pesquisar e produzir poéticas negras. Idealizado e dirigido pelo premiado ator e ativista Sidney Santiago Kuanza. Surgido em 2012, na Cidade de São Paulo, fruto de um grupo de estudos e discussões sobre Masculinidades Negras, o selo contou com os seguintes artistas em sua fundação: Rafael Ferro (ator, diretor e membro do Grupo de Teatro Redimunho), Diego Ganguçu (geógrafo, músico e militante do Movimento Negro Unificado), Sidney Santiago Kuanza (ator, produtor, co- fundador da Cia os Crespos e pesquisador do teatro negro brasileiro) e Pedrão Guimarães
(Historiador, Ator e Performer da Frente 3 de Fevereiro).

 

Antes do lançamento será exibido o vídeo “Negror em Paisagens”, que acompanha a passagem da peça por catorze periferias do Estado de São Paulo. Arte, política, desobediência civil e afeto são os temas desta jornada.
Direção: Cibele Apes e Edu Luz.
Com Larissa Nunes, Pedrão Guimarães e Adriano José.
Duração do vídeo: 25 minutos.

 

 

 

Lançamento do livreto Negror e Bate-papo Cartografando Legitimidades
O Genocídio da Juventude Negra – Denúncia, Resistência e Anunciação
Sesc 24 de Maio
Espaço de Tecnologias e Artes
Rua 24 de maio, 109, 4º andar (Estação Republica ou Anhangabaú do Metrô)
Infos: (11) 3350-6300
Sábado, 29 de setembro, das 18h às 21h
Grátis
Classificação: Livre

 

Debatedores

Débora Maria da Silva é mãe de Edson Rogério da Silva dos Santos, morto em maio de 2006, aos 29 anos, quando, em represália aos ataques da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), policiais e grupos paramilitares, com o aval da Secretaria de Segurança Pública paulista, iniciaram uma onda de perseguição e matança pelas periferias do estado de São Paulo. O episódio, doloroso, marcou uma grande mudança na vida da Mãe de Maio. De dona de casa e vendedora autônoma, Débora se transformou em uma brava militante de direitos humanos, direcionando sua indignação para uma atuação política. Hoje, ela coordena e é figura pública do grupo Mães de Maio, organização que reúne familiares de vítimas da violência estatal e policial no Brasil, e que tem como um de seus principais eixos a luta pela memória, verdade e justiça dos “Crimes de Maio”.

Sueli Carneiro é militante feminista e anti-racista, coordenadora executiva do Geledés Instituto da Mulher Negra e editora do Portal Geledés. Filósofa, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo; fellow da Ashoka Empreendedores Sociais. Foi durante sete anos articulista do jornal Correio Braziliense. É membro do conselho consultivo da Anistia Internacional Brasil e membro do conselho deliberativo do Fundo Baobá para a Equidade Racial. Autora de diversos artigos sobre as questões de gênero, raça e direitos humanos em publicações nacionais e internacionais.

Jesus dos Santos é produtor, gestor cultural e designer, soteropolitano, mora em São Paulo há dez anos e é residente na zona norte da cidade. Colabora com o coletivo Casa no Meio do Mundo que integra a Redes e Movimentos desenvolvendo no Jardim Brasil ações centradas nas questões de raça, gênero e sexualidade por meio do fazer artístico, entendendo a cultura como instrumento do despertar da consciência e da transformação local, além de fomentar e contribuir com projetos de comunicação e narrativa popular.
Eleito para o biênio 18/19 para o Conselho Participativo Municipal da regional Vila Maria, Guilherme e Medeiros e indicado ao Conselho Municipal de Política Urbana (posse 25 de agosto).

Nabor Jr. é fundador e diretor da revista O Menelick 2º Ato. Jornalista especializado em jornalismo cultural e fotógrafo, atua também como editor da revista “Legítima Defesa – Uma revista de Teatro Negro” e é membro do Núcleo de Comunicação do Museu Afro Brasil.

 

Foto: Divulgação

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