Teatro Flávio Império recebe Mostra de Repertório da Cia Mungunzá de Teatro

Depois de uma temporada no Teatro Arthur Azevedo, a Cia Mungunzá de Teatro apresenta sua mostra de repertório com os cinco espetáculos do grupo no Teatro Flávio Império. Com ingressos gratuitos, a mostra começa com Poema Suspenso para uma Cidade em Queda – dias 27 e 28 de julho –, sábado às 20h e domingo às 19h. Encenada em quatro torres de andaimes de cinco metros de altura e baseada em histórias e experiências pessoais dos atores, a montagem tem direção de Luiz Fernando Marques, integrante do Grupo XIX de Teatro…

 

 

 

Na sequência serão apresentados os espetáculos Epidemia Prata (de 9 a 11 de agosto, sexta-feira e sábado, às 20h e domingo, às 19h), Luis Antonio – Gabriela (de 16 a 18 de agosto, sexta-feira e sábado, às 20h e domingo, às 19h) e Porque a Criança Cozinha na Polenta (de 23 a 25 de agosto, sexta-feira e sábado, às 20h e domingo, às 19h). O infantil Era uma Era faz apresentações dias 27 e 28 de julho, sábado, às 18h e domingo, às 16 horas.

Poema Suspenso para uma Cidade em Queda é uma fábula contemporânea sobre a sensação de suspensão e paralisia geral do mundo moderno e mostra um pouco sobre o sentimento de imobilidade que atinge muitas pessoas nos dias de hoje. Uma pessoa cai do topo de um prédio e não chega ao chão. Os anos passam e este corpo não consuma a queda. A partir daí, a vida das pessoas nos apartamentos desse edifício fica presa numa espécie de buraco negro pessoal, onde cada um vive uma experiência que não finaliza. Cada personagem fica preso em sua metáfora, ignorando o conjunto à sua volta.

O diretor Luiz Fernando Marques conta como a peça foi construída: “a Mungunzá é uma companhia atípica, só de atores. O convite veio logo após o sucesso deles com Luís Antônio-Gabriela, espetáculo premiado e minha responsabilidade aumentou com isso. Primeiro, ouvi o que esses atores queriam contar com esse projeto. Essa é uma das características da minha direção: focar nos atores e trabalhar em conjunto com eles. Na primeira parte do trabalho, com os workshops para levantar a dramaturgia, atuei como um provocador desse processo que foi super orgânico”, explica.

 

 

 

 

 

Mostra de Repertório Cia Mungunzá de Teatro
Teatro Municipal do Cangaíba Flávio Império
Rua Professor Alves Pedroso, 600 – Cangaíba
Tel.: (11) 2621-2716
Capacidade: 50 lugares
Ingressos: Grátis (retirada de ingressos com uma hora de antecedência na bilheteria do teatro.)

 

Programação

Teatro adulto

Poema Suspenso para uma Cidade em Queda
Sábado, 27 de julho, às 20h
Domingo, 28 de julho, às 19h
Duração: 70 minutos
Recomendado para maiores de 14 anos

Encenada em quatro torres de andaimes de cinco metros de altura e baseada em histórias e experiências pessoais dos atores, Poema Suspenso para uma Cidade em Queda (2015) tem direção de Luiz Fernando Marques (integrante do Grupo XIX) e mostra um pouco sobre o sentimento de imobilidade que atinge muitas pessoas nos dias de hoje.

Poema Suspenso para uma Cidade em Queda é uma fábula contemporânea sobre a sensação de suspensão e paralisia geral do mundo moderno. Uma pessoa cai do topo de um prédio e não chega ao chão. Os anos passam e este corpo não consuma a queda. A partir daí, a vida das pessoas nos apartamentos desse edifício fica presa numa espécie de buraco negro pessoal, onde cada um vive uma experiência que não finaliza. Cada personagem fica preso em sua metáfora, ignorando o conjunto à sua volta.

O diretor Luiz Fernando Marques conta como a peça foi construída: “a Mungunzá é uma companhia atípica, só de atores. O convite veio logo após o sucesso deles com Luís Antônio-Gabriela, espetáculo super premiado e minha responsabilidade aumentou com isso. Primeiro, ouvi o que esses atores queriam contar com esse projeto. Essa é uma das características da minha direção: focar nos atores e trabalhar em conjunto com eles. Na primeira parte do trabalho, com os workshops para levantar a dramaturgia, atuei como um provocador desse processo que foi super orgânico”, explica.

Ficha Técnica
Elenco – Verônica Gentilin, Virginia Iglesias, Lucas Bêda, Marcos Felipe e Sandra Modesto. Direção – Luiz Fernando Marques. Finalização Dramatúrgica – Verônica Gentilin. Dramaturgia – Cia Mungunzá de Teatro e Luiz Fernando Marques. Argumento – Cia Mungunzá de Teatro. Técnicos Performances – Pedro Augusto e Leonardo Akio. Diretor Assistente –Paulo Arcuri. Trilha Sonora Composta – Gustavo Sarzi. Desenho de Luz – Pedro Augusto. Cenário – Cia Mungunzá de Teatro, Luiz Fernando Marques e Paulo Arcuri. Direção de Arte e Figurinos – Valentina Soares. Vídeo – Lucas Bêda. Produção Executiva – Sandra Modesto e Marcos Felipe. Produção Geral – Cia Mungunzá de Teatro. Fotografia e Registro do Processo – Mariana Bêda.

 

 

Epidemia Prata
Sexta-feira, 9 de agosto, às 20h
Sábado, 10 de agosto, às 20h
Domingo, 11 de agosto, às 19h
Duração: 60 minutos
Recomendado para maiores de 14 anos

Costura entre duas linhas narrativas: a visão pessoal dos atores sobre os personagens reais que conheceram em sua atual residência no Teatro de Contêiner – Centro de São Paulo, e o mito da medusa, que transforma pessoas em estátuas, Epidemia Prata (2018) é uma pequena gira teatral. Dura. Sólida. Nessa gira, a poesia é como um rato, deve se espremer pelos cantos para superar um céu de metal. Repleto de imagens e predominantemente performático e sinestésico, o universo prata, no espetáculo, assume uma infinidade de conotações que vão desconstruindo personagens estigmatizados pela sociedade e compartilhando a sensação de petrificação diante de tudo.

Apesar de levar à cena o endurecimento do ser humano e o fim da sutileza e da comunicação, Epidemia Prata, com texto autoral e supervisão dramatúrgica de Verônica Gentilin, não tem o objetivo de ser um espetáculo de denúncia e sim de alavancar a poesia. “Faço junto com a Cia Mungunzá um alerta desse endurecimento, do parafuso emperrado que não deixa o mundo girar como deveria, mas que também nos coloca como observadores dessa miséria”, conta a diretora Georgette Fadel.

Ficha Técnica
Argumento e Texto – Cia. Mungunzá de Teatro. Supervisão Dramatúrgica – Verônica Gentilin. Direção – Georgette Fadel. Codireção – Cris Rocha. Assistente de Direção – Victor Djalma Amaral. Preparação Corporal – Juliana Moraes. Direção Musical – Bruno Menegatti. Elenco – Gustavo Sarzi, Leonardo Akio, Lucas Beda, Marcos Felipe, Pedro Augusto, Verônica Gentilin e Virginia Iglesias. Vídeos – Flavio Barollo. Arquitetura Cênica – Leonardo Akio e Lucas Beda. Figurino – Sandra Modesto e Cris Rocha. Desenho de Luz – Pedro Augusto. Materiais Gráficos – Leonardo Akio. Fotos de Divulgação – Letícia Godoy e Mariana Beda. Produção Executiva – Lucas Beda, Marcos Felipe, Sandra Modesto e Virginia Iglesias. Produção Geral – Cia Mungunzá de Teatro. Coprodução – Cooperativa Paulista de Teatro.

 

 

Luis Antonio – Gabriela
Sexta-feira, 16 de agosto, às 20h
Sábado, 17 de agosto, às 20h
Domingo, 18 de agosto, às 19h
Duração: 88 minutos
Recomendado para maiores de 16 anos

Sucesso de público e crítica com mais de 400 apresentações e 40 mil espectadores em todo Brasil, Luis Antonio – Gabriela (2011) conta, desde 2018, com a atriz trans Fabia Mirassos no papel de Gabriela. No espetáculo, o diretor Nelson Baskerville coloca em cena sua própria história, onde o irmão mais velho, homossexual, Luis Antonio, desafia as regras de uma família conservadora dos anos 1960. O documentário cênico tem início no ano de 1953, com o nascimento de Luis Antonio, filho mais velho de cinco irmãos, que passou infância, adolescência e parte da juventude em Santos até ir embora para Espanha aos 30 anos, onde se transforma em Gabriela, e vai até 2006, data de sua morte.

Diferentes pontos de vista, como do irmão caçula que foi abusado sexualmente; da irmã que sai pelo mundo em busca do corpo de Gabriela; do pai que não reconhecia o filho travesti; e dos amigos e colegas de trabalho, que viam a figura da protagonista com uma mistura de admiração e estranhamento são usados na montagem para mostrar a transformação de Luis Antonio em Gabriela.

Ficha Técnica
A partir do argumento de Nelson Baskerville com intervenção dramatúrgica de Verônica Gentilin. Elenco – Fabia Mirassos, Marcos Felipe, Lucas Beda, Sandra Modesto, Verônica Gentilin, Virginia Iglesias e Day Porto. Direção – Nelson Baskerville. Diretora Assistente – Ondina Castilho. Assistente de Direção – Camila Murano. Direção Musical, Composição e Arranjo – Gustavo Sarzi. Preparador Vocal – Renato Spinosa. Trilha Sonora – Nelson Baskerville. Preparação de Atores – Ondina Castilho. Iluminação – Marcos Felipe e Nelson Baskerville. Cenário – Marcos Felipe e Nelson Baskerville. Figurinos – Camila Murano. Visagismo – Rapha Henry – Makeup Artist. Vídeos – Patrícia Alegre. Produção Executiva – Sandra Modesto e Marcos Felipe. Produção Geral – Cia Mungunzá de Teatro.

 

 

Porque a Criança Cozinha na Polenta
Sexta-feira, 23 de agosto, às 20h
Sábado, 24 de agosto, às 20h
Domingo, 25 de agosto, às 19h
Duração: 80 minutos
Recomendado para maiores de 16 anos

Com cinco temporadas em São Paulo e participações em festivais nacionais, entre eles o festival de Curitiba e Recife, Porque a Criança Cozinha na Polenta (2008) é o primeiro espetáculo da Cia Mungunzá de Teatro e conta a história de uma menina romena cujos pais são artistas circenses exilados de seu país. A mãe se pendura no trapézio pelos cabelos todas as noites e o pai é um palhaço que não acredita em Deus. Enquanto, em seu exílio, excursiona pela Europa Central, a menina, ao lado da irmã mais velha, é arremessada de encontro ao despedaçamento de todos os seus ideais, bem como o preço por cada um deles.

Baseado na obra da escritora romena Aglaja Veteranyi, a montagem foi adaptada por Nelson Baskerville, que também assina a direção. Narrado por uma adolescente que se defende da degradação pela ótica infantil, a peça é ao mesmo tempo lírica e cruel.

Ficha Técnica
Texto – Aglaja Veteranyi. Tradução – Fabiana Macchi. Direção e Adaptação – Nelson Baskerville. Elenco – Verônica Gentilin, Sandra Modesto, Virgínia Iglesias, Marcos Felipe e Lucas Beda. Músico – Gustavo Sarzi. Técnicos Performances – Leonardo Akio e Pedro Augusto. Diretora Assistente – Ondina Castilho. Direção Musical – Ricardo Monteiro. Preparação de Atores – Ondina Castilho e Flávia Lorenzi. Iluminação – Wagner Freire. Figurinos – Aurea Calcavecchia. Cenografia – Flávio Tolezani. Vídeos – Patrícia Alegre. Produção Geral – Cia Mungunzá de Teatro.
Foto: Bob Sousa

 

 

Teatro infantil

Era uma Era
Sábado, 27 de julho, às 18h
Domingo, 28 de julho, às 16h
Duração: 70 minutos
Recomendado para maiores de 6 anos (permitida a entrada de crianças de qualquer idade).

Espetáculo da Cia Mungunzá de Teatro voltado para o público infanto-juvenil, Era uma Era (2015) tem direção de Verônica Gentilin e conta as desventuras de um rei que tenta, a qualquer custo, fazer parte da história e, para tal, documenta toda a fundação do seu reino e seus feitos.

Inspirada no livro O Decreto da Alegria, de Rubem Alves, a montagem tem como temas centrais a memória e a tecnologia e é encenada em um andaime de cinco metros de altura. No espetáculo, os personagens que contam a história do Grande Reino Ainda Sem Nome surgem de uma caixa abandonada. Barba Rala, rei deste Reino deseja a todo custo entrar para a história dando um nome ao seu Reino.

A única forma que um Reino tem de ser reconhecido e entrar para a história, é completando 100 páginas no Grande Livro de Autos. Assim, o rei resolve registrar todo e qualquer passo nesse livro. Até que um dia, após um incêndio, o livro é destruído e os habitantes tem que recomeçar sua vida do zero. No entanto, nessa segunda parte da história, os tempos são outros e a tecnologia domina a vida das pessoas. A peça se repete, mas completamente contextualizada no caos da era digital. Novamente o Reino cresce e vai se preenchendo de memórias e registros e selfies até entrar em colapso de novo.

Ficha Técnica
Direção – Verônica Gentilin. Dramaturgia – Verônica Gentilin e Cia Mungunzá de Teatro. Atores criadores – Sandra Modesto, Virginia Iglesias, Leonardo Akio, Lucas Beda, Marcos Felipe e Pedro Augusto. Músicas e Trilha Sonora – Gustavo Sarzi. Narração – Gabriel Manetti. Desenho de Luz – Pedro Augusto. Cenário – Cia Mungunzá de Teatro. Cenário Áudio Visual – Lucas Schlosinski e Lucas Bêda. Adereços – PalhAssada Ateliê. Figurinos – Fausto Viana e Sandra Modesto. Direção de Vídeos – Lucas Beda. Animação 2d – Lucas Beda e Lucas Schlosinski. Animação 3d – Lucas Schlosinski Técnico de Projeção e Som – Leandro Siqueira. Técnico de Luz – Ghabriel Tiburcio. Projeto Visual – Leonardo Akio. Produção Executiva – Sandra Modesto e Marcos Felipe. Produção Geral – Cia Mungunzá de Teatro. Fotografia – Mariana Beda.

 

 

Foto Poema Suspenso Para uma Cidade em Queda|: Matheus José Maria

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